A Populos é especialista e líder na América Latina em soluções de end-user computing, infraestrutura e cloud. É a parceira mais premiada pela Citrix por 3 anos consecutivos. Foi eleita Latin America & Caribbean Partner of the Year, Brazil Partner of the Year e Workspace & Cloud Partner of the Year em 2019. As soluções da empresa permitem que os dados e aplicações estejam disponíveis e acessíveis de uma forma simples, segura e unificada, ajudando empresas e pessoas a revolucionar o trabalho. Para o Panorama Mercantil, o CEO da Populos, Paulo Asano, fala sobre o Metaverso: “Todas as áreas sentirão mudanças profundas com a chegada do Metaverso. Segundo previsão da consultoria Gartner, divulgada em fevereiro deste ano, até 2026, 25% das pessoas no mundo passarão pelo menos uma hora no Metaverso. Essa tecnologia abrirá inúmeras oportunidades de inclusão ao meio colaborativo. As pessoas perceberam que não haverá mais restrição física para execução de determinada atividade, sentiremos as mudanças em nossas relações virtuais, como jogos, compras, entretenimento e nas dinâmicas corporativas”. Ele ainda diz: “O Metaverso será o caminho natural para engajamento, networking e gestão de pessoas por descomplicar a execução de atividades remotas, ampliando as funcionalidades de ferramentas colaborativas e permitindo, por exemplo, projetar gráficos e imagens em salas de reuniões virtuais, ou interagir com computadores”.
Paulo, o Metaverso é a grande revolução digital do século vigente?
Podemos considerar que sim, apesar de não estarmos falando de uma tecnologia recente, pois, Realidade Virtual (RV) e Realidade Aumentada (RA) já são conceitos conhecidos e discutidos no dia a dia. A maioria das pessoas de certa forma já utiliza algumas dessas tecnologias sem se dar conta, mas o Metaverso representa sim uma revolução na maneira como nos relacionamos com a internet.
Quais mudanças profundas você acredita que as pessoas sentirão com o Metaverso ao longo do tempo?
Todas as áreas sentirão mudanças profundas com a chegada do Metaverso. Segundo previsão da consultoria Gartner, divulgada em fevereiro deste ano, até 2026, 25% das pessoas no mundo passarão pelo menos uma hora no Metaverso. Essa tecnologia abrirá inúmeras oportunidades de inclusão ao meio colaborativo. As pessoas perceberam que não haverá mais restrição física para execução de determinada atividade, sentiremos as mudanças em nossas relações virtuais, como jogos, compras, entretenimento e nas dinâmicas corporativas.
Os modelos de trabalho serão remodelados com esse novo espaço coletivo digital?
Sim, os modelos de trabalho atuais serão impactados por essa nova tecnologia. A pandemia acelerou o processo de “Work From Anywhere”, e o Metaverso revolucionará ainda mais a experiência de trabalho, possibilitando, por exemplo, reuniões tridimensionais, onde um par de óculos de Realidade Virtual transporta pessoas em home office para uma sala de conferência, permitindo a interação com outras pessoas como se todos estivessem presencialmente num mesmo local.
Alguns modelos serão extintos?
Com a potencialização da vivência em ambiente digital, o modelo de trabalho presencial tende a ficar mais escasso, entretanto, ainda é preciso valorizar o contato social para diversas atividades e, para isso, o RH das empresas terá de desenvolver novas políticas de trabalho para consolidar essa Realidade Virtual com o mundo real. Esses são alguns dos desafios que o RH ainda terá de enfrentar nesse processo de consolidação de novos modelos de trabalho.
Qual o papel da pandemia para essa percepção e aceleração?
A pandemia da Covid-19 impulsionou a transformação digital, afetando as áreas social, ambiental e econômica, que precisaram se adequar ao momento e potencializar a cultura da digitalização. Por conta do distanciamento, pessoas passaram a consumir informações em tempo real e o contato passou a acontecer, sobretudo, por meio das plataformas de videochamadas, obrigando as organizações a se adequarem em um novo formato de trabalho empregando novas tecnologias conectadas.
Por que você acredita que o Metaverso será o caminho natural para o engajamento?
O Metaverso será o caminho natural para engajamento, networking e gestão de pessoas por descomplicar a execução de atividades remotas, ampliando as funcionalidades de ferramentas colaborativas e permitindo, por exemplo, projetar gráficos e imagens em salas de reuniões virtuais, ou interagir com computadores e colaboradores à distância.
Com o 5G isso se tornará ainda mais perceptivo?
Sem dúvida, o 5G foi apontado como fator decisivo para o bom funcionamento do Metaverso. Isso devido à baixa latência e alta velocidade de transferência de dados, que são indispensáveis para a estabilidade das automatizações dos processos e das interações. O 5G permitirá uma gestão eficiente dos objetos conectados, como impressoras, projetores e outros periféricos, com aplicações mais eficientes e responsivas.
Quais os maiores desafios na área de cibersegurança com a popularização do Metaverso?
Quanto mais conectadas e descentralizadas se tornarem as operações, maiores os riscos de ataques e invasões. Nesse sentido, a popularização do Metaverso chama a atenção para a possibilidade de golpes como “roubo de identidades”, engenharia social, exposição de dados e, até mesmo fraudes em cadeias de Blockchain, tecnologias que garantem a validação colaborativa de dados. Será necessário reforçar camadas de segurança ponta a ponta, do banco de dados aos terminais de acesso e hoje, as empresas dispõem de tecnologias de proteção e monitoramento de dados, além de backups e gestão de incidentes.
Enxerga algum problema ético que pode surgir no mercado de trabalho durante essa transição?
A ética é uma questão mais associada à conduta e comportamento humanos e ao compliance do que à tecnologia propriamente dita. Não conseguimos identificar um colaborador mal-intencionado de imediato, mas com ferramentas adequadas de monitoramento é possível rastrear os passos percorridos dentro da rede e perceber ações suspeitas ou incongruentes com a cultura organizacional.
O ESG pode corrigir essa rota?
O conceito de ESG é associado à conduta empresarial e à forma como direciona suas equipes em busca das melhores práticas sociais, de governança e de sustentabilidade. Nesse caso, o Metaverso poderá ser um grande aliado na disseminação da cultura corporativa e compliance, agilizando a oferta de conhecimentos e o compartilhamento de informações. Como já dissemos acima, o Metaverso é uma ferramenta que favorece a colaboração e a integração não só dos times, como de toda cadeia produtiva, que envolve clientes, fornecedores e outros stakeholders.
Como está vendo o movimento das marcas nesse sentido?
Grandes companhias globais apostaram no Metaverso e já atuam no ambiente virtual, tanto para impulsionar a visibilidade da marca, como para reforçar o posicionamento de inovação. Algumas empresas também já investem nos NFTs (Non-Fungible Token), transformando “bens digitais” em artigos desejados por consumidores que nunca os tocarão diretamente. Hoje, obras de arte e outros itens chegam a valer milhões no Metaverso.
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