A NewAge, empresa originária de Denver, nos Estados Unidos e presente em mais de 80 países no mundo, se uniu a ARIXX para a criação de uma empresa global líder em saúde e bem-estar, com receita estimada em mais de 500 milhões de dólares com uma margem bruta combinada de aproximadamente 70% e um EBITDA ajustado de mais de 30 milhões de dólares para 2020. Em 2016, a NewAge era uma empresa de 2 milhões de dólares. Em abril de 2020 saltou para 260 milhões de dólares. Com a fusão foi para 500 milhões de dólares, com meta de chegar em 2023 com 2,4 bilhões de dólares de faturamento global. A NewAge chegou ao Brasil com produtos voltados para saúde e qualidade de vida da população. Neste momento em que a pandemia do coronavírus invadiu o mundo, a empresa traz aos brasileiros que perderam seus empregos ou que querem obter uma renda extra oportunidades de negócios lucrativos. Até 2023, a previsão do volume de negócios é chegar em 133 milhões de dólares e conquistar aproximadamente 140 mil consultores no país. A equipe, apoiada pela matriz, encontrou soluções para manter o entusiasmo mesmo sem poder fazer um evento tradicional e conseguiu um resultado ainda maior. “Nossa meta que era conquistar 280 consultores, se concretizou em mil, ou seja, quadruplicamos o resultado”, conta Mauricio Patrocinio, diretor-geral da operação no Brasil.
Mauricio, como se encontra o seu setor de atuação num dos momentos mais complexos da nossa história?
O mercado de vendas diretas sempre foi um mercado interessante em momentos de crises econômicas. Normalmente nos períodos de crise nos quais aumenta o desemprego as pessoas buscam oportunidades de trabalho e a venda direta sempre foi uma forma rápida de dar uma atividade àqueles que haviam perdido seus trabalhos. Neste momento não é diferente, no entanto, algo que sem dúvida afetou foi o isolamento social. Aquelas empresas que dependiam muito do contato pessoal para demonstração dos seus produtos e entrega dos pedidos sem dúvida acabaram sofrendo. Neste momento há duas alternativas: acelerar a modernização das vendas diretas ou fracassar.
A NewAge começou a operar no Brasil em meio a pandemia. Foi o seu teste de fogo?
Sim! Sem dúvida foi um teste de fogo. Tínhamos um evento marcado para dia 21 de março no hotel Renaissance com a presença de dois grandes executivos de nossa matriz, nos Estados Unidos. No início de março tudo começou a mudar e tivemos que ser rápidos, tanto para rever o evento como, especialmente, a estratégia de lançamento. Me reuni com a equipe e coloquei o desafio de buscarmos os motivos para que a empresa não desistisse de investir no Brasil, mesmo com uma eminente pandemia que sabíamos que seria grave, mas ainda não tínhamos dimensão. Eu não gosto de desistir, tenho por característica buscar soluções criativas para contornar todo e qualquer desafio, seja qual for o tamanho dele. E conseguimos, lançamos a empresa com sucesso dia 06 de junho em meio à toda essa pandemia e incertezas.
Quais os pilares primordiais da empresa que fazem a diferença no atual momento?
O primeiro deles é que um de nossos maiores pilares é trazer alternativas saudáveis para o planeta. Neste momento aqueles que já estavam preocupados em viver melhor, intensificaram e todos os demais começaram a pensar nisso e buscar soluções. O segundo é que já vínhamos desenvolvendo um modelo comercial que seria a evolução das vendas diretas, no qual o relacionamento é a base do negócio e a empresa faria o trabalho logístico para nossos consultores independentes, isso tudo somado a um modelo de assinaturas conectado às vendas diretas e operado 100% online. O mais importante, no entanto, é a nossa missão de inspirar e elevar o espírito humano, trazendo conteúdo de qualidade para que as pessoas assumam o controle de suas vidas e de sua saúde. Desde 30 de março realizamos os Elevate Talks, eventos gratuitos e patrocinados pela empresa, hoje 100% online, com o objetivo de levar conhecimento, informação, experiências de vida voltadas ao desenvolvimento pessoal, qualidade de vida e bem-estar.
Como a NewAge vislumbrou as oportunidades de negócio no Brasil?
A NewAge estava presente em mais de 60 países e ainda não estava no Brasil. O Brasil, além de uma das maiores economias do mundo, é o 6º. colocado no mercado de vendas diretas, o primeiro em cosméticos e produtos de beleza e um mercado em franco crescimento em produtos funcionais e suplementos. Não havia como deixar o Brasil para trás com o objetivo da empresa de chegar à 1 bilhão de dólares em faturamento no mundo todo.
A empresa mudou a sua estratégia inicial. Isso foi feito devido à pandemia?
Houve sim uma mudança, mas não tão significativa, apenas aceleramos algumas atividades que já vislumbrávamos antes. O modelo comercial, no entanto, já estava direcionado ao digital e ao modelo de assinaturas. A pandemia apenas acelerou algumas das mudanças futuras que vislumbrávamos.
Essa “rota” traçada anteriormente, se diferenciava muito da estratégia que está presente agora?
Sobretudo os eventos presenciais, viagens programadas nos principais mercados foram cancelados e convertidos em eventos online. Além disso, postergamos a abertura de nossa sede local para 2021, após tudo isso passar. O importante é que nos permitiu colocar energia no que desejávamos construir e da forma que queríamos. Desde o início queríamos ser uma ruptura no modelo antigo das vendas diretas, antes conhecido como porta-porta. Para mim, a venda direta é relacionamento e a forma deles está mudando há anos com a chegada da internet e das mídias sociais. Não foi um choque, foi uma aceleração da nossa implantação e no final foi muito mais eficiente do ponto de vista de resultados e custos.
Como a NewAge está vendo o impacto da digitalização acelerada?
Estamos muito felizes porque este sempre foi o nosso foco. Trabalhamos para sermos o futuro das vendas diretas trazendo oportunidades para todos independentemente de onde estejam e de seu histórico profissional. Queremos democratizar as oportunidades dentro do empreendedorismo e com isso impactar vidas por todos os cantos do Brasil e do mundo.
Fale um pouco sobre o modelo comercial da empresa.
Lançamos inicialmente 6 soluções para nossos consumidores voltadas à disposição, qualidade do sono, saúde da pele e rejuvenescimento, emagrecimento, músculos e imunidade. Nossos consultores se conectam com pessoas e identificam quais soluções fazem mais sentido para eles e em quais quantidades definindo então um consumo mensal para que estes tenham melhor qualidade de vida. O interessante é que essa conexão não precisa ser pessoalmente, pode ser por FaceTime, WhatsApp, Zoom ou qualquer outra ferramenta. Uma vez decididos os produtos pelo consumidor é feito um cadastro online e a partir daí os consumidores passam a receber os seus produtos em casa. A principal diferença deste modelo e as demais empresas de vendas diretas é que normalmente o que se faz é 100% presencial desde a apresentação dos produtos até a entrega dos pedidos. Aqui você pode fazer 100% online e ainda assim manter a experiência dos consumidores.
Esse modelo também teve alguma adaptação?
Não, o modelo já era previsto desde o início, porém, anteriormente acreditávamos que a mudança seria gradual para uma venda direta 100% online. O que ocorreu aqui foi uma aceleração desta implantação e surgimos em um novo mundo com uma nova maneira de fazer vendas diretas que irá prevalecer daqui pra frente.
A fusão da NewAge e da ARIIX veio em um bom momento?
Certamente sim. As duas empresas se fortaleceram de maneira importante se tornando mais fortes que anteriormente somando talentos, produtos e expertise nos negócios. Para nós no Brasil está sendo muito benéfico também uma vez que a ARIIX não tinha presença no Brasil e fortalece ainda mais a importância do nosso mercado para o grupo, aumentando investimentos e suporte da matriz ainda mais.
Como essa fusão fortalecerá a organização num mundo pós-pandemia?
Apesar da NewAge no Brasil começar 100% online, nos demais países muito ainda era feito de maneira presencial. A ARIIX vem com um modelo muito semelhante ao que criamos no Brasil, desta forma pelo mundo inteiro esta fusão acelera o processo de modernização do grupo pelos, hoje, mais de 80 países combinados.
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