O cineasta brasileiro Daniel Bydlowski é membro do Directors Guild of America (guilda de entretenimento que representa os interesses dos diretores de cinema e televisão na indústria cinematográfica dos Estados Unidos e no exterior) e artista de realidade virtual. Faz parte do júri de festivais internacionais de cinema e pesquisa temas relacionados às novas tecnologias de mídia, como a realidade virtual e o futuro do cinema. Daniel também tenta conscientizar as pessoas com questões sociais ligadas à saúde, educação e bullying nas escolas. É mestre pela University of Southern California (USC), considerada a melhor faculdade de cinema dos Estados Unidos. Atualmente, cursa doutorado na University of California, em Santa Barbara, nos Estados Unidos. Recentemente, seu filme “Bullies” foi premiado em NewPort Beach como melhor curta infantil. No Comic-Con recebeu 2 prêmios: melhor filme fantasia e prêmio especial do júri. O “Ticket for Success”, também do cineasta, foi selecionado no Animamundi e ganhou de melhor curta internacional pelo Moondance International Film Festival. “Ainda não há consenso do melhor modo de contar histórias em realidade virtual e então a maior parte dos projetos que lidam com cinema apenas mostram paisagens bonitas. A edição, que é trazida pelo cinema, ainda será mantida durante um bom tempo”, afirma o homem de cinema de reconhecimento internacional.
Daniel, o que significa ser um cineasta em sua visão pessoal?
Significa ser um contador de histórias emocionantes e capazes de trazer a plateia para um novo universo.
O que mais lhe move em seu ofício?
O que me move é divertir e gerar emoções no público e, ao mesmo tempo, conseguir fazer com que pessoas consigam ver o mundo de forma diferente, pelos olhos de outros personagens.
Como o senso de propósito faz parte das suas criações?
Sempre quero que o público veja meus personagens, aprenda e mude com eles. É com este propósito que sempre começo um novo projeto.
Em que pontos a realidade virtual está mudando a forma do cinema como conhecemos hoje?
Com o computador e smartphones, o cinema foi ficando cada vez menor e com menos imersão. A realidade virtual traz a imersão de volta.
Quais pontos do cinema atual ainda serão mantidos num futuro próximo?
Ainda não há consenso do melhor modo de contar histórias em realidade virtual e então a maior parte dos projetos que lidam com cinema apenas mostram paisagens bonitas. A edição, que é trazida pelo cinema, ainda será mantida durante um bom tempo.
Ser um cineasta num mundo tão complexo como o atual se torna desafiador em que pontos?
É preciso saber um pouco de todas as áreas do cinema, mesmo que sejam altamente especializadas.
“Bullies” foi intensamente falado na mídia. Como as observações externas lhe ajudaram nesse trabalho?
Antes de receber prêmios pelo filme, não sabia que teria uma recepção tão positiva. Isto me ajudou a ver como o público sente falta de filmes assim.
As reflexões internas também são importantes quando se está mergulhado num roteiro como foi desse curta?
As reflexões internas são mais importantes do que as externas. Somente quando há um entendimento interno do roteiro se é capaz de dar vida ao projeto de forma autêntica.
O cinema deve ter algum papel social?
Todo filme tem um papel social, já que fazem parte da sociedade. E todos tem uma personalidade diferente. Não existe uma mensagem melhor do que outra. Tem espaço para todas.
Como será a convivência das grandes telas com as plataformas de streaming daqui em diante?
A convivência será de dependência. Acredito que as plataformas de streaming ganharam um lugar de destaque.
Existirá cooperação entre esses dois modos de ver e fazer cinema?
Sim, o mundo está conectado e também as suas mídias.
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