Oséias Gomes é empresário, gestor, consultor empresarial, fundador e CEO da Odonto Excellence Franchising, rede de franquias com 900 unidades espalhadas pelo Brasil e exterior com faturamento de R$ 300 milhões. O empresário também é palestrante e autor de sucesso com o lançamento do livro “Gestão Fácil”. Possui uma vasta e sólida carreira na área de Administração e Negócios. Em Telêmaco Borba (sua cidade natal no Paraná), sua prima arrumou um emprego para ele em um mercado como empacotador – ficou 3 meses e arrumou outro melhor em um posto de gasolina, como lavador de carros, onde ficou por quase 3 anos. Sempre estudando muito, aos 17 anos um cliente o indicou como office-boy no antigo Banco Bamerindus – em 3 anos se tornou gerente de negócios. “Nunca aceitei ‘a cadeira de balanço’, sempre saí da minha zona de conforto e já entrei querendo conquistar o banco. Nunca parei de estudar e, até hoje, leio durante 4 horas por dia. Tenho 47 anos e ainda tenho muito o que aprender”. Depois que saiu do banco, montou sua empresa de consultoria e conheceu a área de Odontologia com um amigo, doutor Fabiano, que o ajudou a montar uma clínica. Conhecendo o mercado e descobrindo as lacunas da área, se tornou hoje a maior franquia odontológica do Brasil. “Para chegar onde estamos hoje foi necessário muito trabalho e dedicação, mas fazer uma boa gestão, sem dúvida, fez toda a diferença”, afirma o empresário.
Oseias, o que ainda tem daquele Oseias que saiu da roça no homem bem-sucedido que se tornou?
Carrego várias características daquela época, como foco, perseverança e inquietação; o não conformismo me acompanha até hoje. Quero sempre crescer, tenho sede por inovar e ser um agente transformador de pessoas e negócios. Ganhei experiência e maturidade; estas questões só o tempo consegue imprimir nas pessoas. Se lá atrás eu não tivesse determinação e coragem, nada tinha acontecido. Então, sou muito grato pelo que eu fui e pelo que sou hoje. Carrego comigo a humildade e a valorização de coisas simples da vida como ir para o campo, tratar dos meus animais, das minhas plantações, pisar na grama, reunir os amigos; tudo isso me reconecta comigo mesmo e me projeta e energiza para seguir sempre ao encontro de novos desafios e conquistas.
A Odonto Excellence foi fundada em 2009. O que foi fundamental para a rede de franquias chegar a tal excelência?
Para chegar onde estamos hoje foi necessário muito trabalho e dedicação, mas fazer uma boa gestão, sem dúvida, fez toda a diferença. Na verdade, a gestão foi a receita do bolo, o caminho do sucesso, da diferença entre um negócio comum e uma empresa de grande sucesso, saudável financeiramente, com ritmo comercial acelerado, equipe engajada e muito ainda a entregar e realizar no futuro.
Inauguramos uma nova unidade a cada 72 horas. Mas, até o fim de 2020, voltaremos à 36h, com certeza. O meu livro “Gestão Fácil” traz tudo que fiz e indico para os empreendedores que querem vencer obstáculos e voar alto. São vários os ingredientes, mas posso destacar que entre os fatores de crescimento mais importantes na empresa estão: investimento em tecnologia, servir e valorizar nosso capital humano e inovar a forma de vender franquia de serviços odontológicos. Existem outras, mas estes pontos foram cruciais. E todos eles estão sob o guarda-chuva de uma boa gestão.
Quais os principais pilares da empresa?
A minha empresa possui quatro grandes pilares: pessoas, gestão, estratégia e estrutura.
O principal pilar são as pessoas que na Odonto são protagonistas dentro da companhia. Na empresa servimos os colaboradores para que eles se desenvolvam como profissionais, sem abrir mão de desafiá-los e cobrar responsabilidades. Eles são participativos, valorizados e isso os conecta profundamente ao nosso negócio. Investimos na capacitação dos nossos funcionários e acreditamos que as pessoas movem os negócios.
São esses pilares que norteiam a sua visão como empresário?
Sem dúvida, estes pilares e sempre o alerta a não vaidade e a não certeza absoluta. A vaidade paralisa e estar certo de tudo sem se questionar impede a disrupção e o incômodo e isso nos leva a estagnação que consequentemente não combina com um mercado dinâmico em que o novo se torna velho muito rapidamente.
Como você enxerga a atual conjuntura dos negócios circundada por uma pandemia?
Vejo que foi um desafio para o mercado como um todo. Empresas que não tiveram problemas comerciais, criaram um mecanismo de escala de produção mais rápida, por exemplo, isto significou para algumas investir em dois, três meses o que estava previsto em um projeto de 2 a 3 anos. Isto é provocativo e traz maturidade. Neste processo é inevitável erros e acertos, mas o que importa é o resultado.
Outras realmente pararam de vender, o varejo foi um dos mais afetados, e aí a resiliência e a inovação para reorganizar novas plataformas de negócio até o processo de organização de todo workflow da empresa foram definitivos para a sobrevivência de um negócio em detrimento do outro.
Vejo que a relação das pessoas com o trabalho, com as empresas, com a relação da empresa com seus clientes e a sociedade em geral também ganharam um contorno diferente em que a cultura organizacional, o propósito e o engajamento com o outro ganharam status de muito importantes. Foi e está sendo uma grande lição para toda a sociedade, não só em termos de negócios, mas também em termos de relacionamento humano. Nada mais será igual.
Que ferramentas são essenciais para uma empresa em momentos como esse?
Volto a falar de gestão e pessoas. É preciso combinar estes fatores. É necessário investir em boas ideias, em facilidades para colocá-las em prática, escalonar o negócio e ter pessoas envolvidas e apaixonadas pela empresa e pelo que fazem. Tecnologia e inovação precisam estar no topo das prioridades dos empresários. No meu livro, tento trazer isso de forma mais didática possível, claro que a prática é diferente, mas a essência está lá. Na crise, a gestão também é o coração da empresa que pode pulsar mais forte e assustado e depois se equilibrar ou não aguentar e parar. Tudo isso vai depender de quão fácil e eficiente será esta gestão.
Nesse instante uma gestão fácil faz a diferença?
Sim, 100% de diferença. Sem facilidade para gerir o negócio, tudo se torna mais difícil. Falei bastante sobre isso na pergunta acima… mas este é o tema da minha vida, portanto, vou me segurar aqui para não responder tudo de novo! (Risos.)
Você já disse que a ideia é melhor que o capital. Fale mais sobre isso.
É exatamente isso, ter uma boa ideia e não ter capital para investir é difícil, mas ter dinheiro e não saber onde e como investi-lo, pode se tornar uma armadilha.
As ideias geniais nascem das necessidades cotidianas, para isso é fundamental ser um bom observador, estar sempre atento ao novo, ao disruptivo. Nada se compara ao valor de uma ideia genial. Claro que ela precisa se sustentar como negócio depois, mas isto é outra história, a tal da gestão!
Um bom exemplo disso são os aplicativos que fizeram sucesso nos últimos anos, todos pegaram algo cotidiano da vida das pessoas e fizeram com que aquela experiência fosse vivida sem complicação. Estas empresas inovaram em algo simples, por exemplo, a forma de pedir comida, entre tantos outros exemplos, e hoje valem fortunas.
Em que momento você sentiu que a sua ideia era uma grande ideia?
Em uma conversa com um amigo dentista, descobri o universo da odontologia, me aprofundei nesse mercado e percebi que se tratava de uma carreira promissora para os negócios. Tive a ideia de criar a franquia de gestão em clínicas odontológicas, a Odonto Excellence, meu maior case de sucesso. No início, o mundo das franquias não era um plano, mas mudei de ideia quando me deparei com as oportunidades do setor. Foi então que decidi compartilhar minha visão de gestor a uma lacuna que encontrei nesse universo: a tal da ideia genial de fazer algo novo e disruptivo.
Uma grande ideia pode vir de uma acumulação de pequenas ideias?
Sem dúvida, não há regra, mas é preciso formatar o negócio para não haver caos. Se é uma grande ideia ou pequenas grandes ideias que devem se somar para se tornar um grande negócio, não importa. O formato do sucesso não é engessado… ele é dinâmico e pulsante!
Como vislumbra a Odonto Excellence no pós-Covid?
Temos quase 1000 franquias espalhadas pelo Brasil, Angola, Portugal e Paraguai (este com mais de 30 unidades), entre ativas e em triagem. Continuo vendendo em torno de 30 novas unidades ao mês, graças a tração que a empresa criou. Para o próximo ano, queremos continuar investindo na internacionalização da marca para outros países da América do Sul, além da China e Índia, seguindo assim com o nosso crescimento. Já penso em novidades. Como gestor, devo lançar meu segundo livro, seguir com as palestras e consultorias para passar toda a minha experiência adiante. Estou construindo um espaço de ecobussines que será gostoso e aconchegante, para tratar de negócios e criar startups. Tenho muito a fazer.
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