O Chimichurri do Norba destaca-se no mercado por ser o único da categoria produzido artesanalmente, com ingredientes frescos e sem conservantes. Disponível em quatro versões: tradicional, dijon, jalapeño e hortelã, vêm conquistando cada vez mais o paladar brasileiro. A receita leva salsa, alho e especiarias e é utilizada para marinar ou com assados, churrascos, peixes, hambúrgueres, brushettas, vegetais, tortas, saladas, aperitivos, queijos e onde mais a criatividade do cliente levar. A marca surgiu no Brasil em 2013 quando Daniel Goliger decidiu comercializar a receita de família de seu pai, o uruguaio Norberto Goliger Slepian (no Brasil desde 1975). O chimichurri é preparado da mesma forma há mais de 50 anos e a iguaria não pode faltar nos encontros familiares e nas parrilladas entre amigos. Como o próprio Daniel gosta de dizer: “Uma receita tradicional uruguaia com mais de 50 anos de história, 100% artesanal, feita com ervas frescas selecionadas da nossa família para a mesa do cliente”. O Chimi do Norba, como é conhecido, se posiciona no mercado baseado em quatro pilares: receita tradicional de família uruguaia, ingredientes frescos rigorosamente selecionados, produto sem conservantes industrializados e quatro opções, que permite uso mais amplo no dia a dia, realçando o sabor da comida. E ele ainda diz mais: “Acredito que ter um negócio novo e original é mais desafiador”.
Daniel, quais os principais ensinamentos que você obteve do seu pai Norberto Goliger e que pratica tanto em sua vida pessoal como profissional?
O meu pai sempre foi um exemplo para mim. Ele me ensinou que temos que fazer as coisas com amor, honestidade e transparência. Eu pratico esses ensinamentos na minha casa e no meu negócio. Desde pequeno vejo meu pai lutando para conquistar seus objetivos, sempre atuando de forma correta, superando as diversidades da vida e seguindo em frente. Isso é muito da cultura uruguaia. Ele é minha inspiração de lealdade e integridade.
Em que momento a ideia de ter a marca no Brasil se fez mais presente?
Em 2013 passamos por algumas dificuldades financeiras e, neste momento, eu e minha esposa pensamos em transformar uma receita familiar em negócio. A ideia sempre foi fazer algo que eu gostasse e que tivesse algum propósito. Foi aí que surgiu a ideia de levar para outras famílias brasileiras o tempero e o sabor do Chimichurri do Norba, o tempero que meu pai fez a vida toda agora poderia ser apreciado por milhares de pessoas.
Quais os maiores desafios que foram transpostos para a consolidação do negócio?
A ideia de levar o tempero e o sabor do Chimichurri do Norba para milhares de pessoas têm seus desafios. O mais importante sempre foi manter a qualidade do produto, para que mesmo que o chimichurri fosse produzido em grande escala, o consumidor tivesse a experiência de provar um tempero que fosse idêntico ao que meu pai preparava em casa. Foi preciso fazer muitos testes com a receita, sempre utilizando ingredientes selecionados e frescos. E, como a receita exige refrigeração, ainda temos o desafio de “brigar” por um espaço nas geladeiras das boutiques de carnes e dos supermercados.
Outro desafio é levar a cultura do consumo do chimichurri, que é tão popular no Uruguai e na Argentina, para a mesa brasileira, não apenas como acompanhamento para churrasco, mas também no dia a dia para marinar carnes, em assados, peixes, hambúrgueres, brusqueta, tortas, saladas e onde mais a criatividade permitir.
Como foi convencer os brasileiros que uma receita uruguaia poderia também estar presente em seu paladar?
Os brasileiros, assim como os uruguaios, são apaixonados por churrasco. Na verdade, foram os brasileiros que nos convenceram a produzir o chimichurri. Sempre que meus amigos me convidavam para um churrasco me pediam para levar o chimichurri feito pelo meu pai. Eu chegava no churrasco com o tempero num pote de sorvete, e no fim do churrasco não sobrava nada do chimichurri. Mesmo quem nunca tinha experimentado o tempero se apaixonava na hora.
Os amigos começaram a me pedir para fazer o chimichurri e vender para eles. Os pedidos aumentavam, vindo das redes sociais e pelo WhatsApp. A partir daí comecei a pensar que poderia ser um bom negócio e iniciamos o trabalho de produção em escala, mantendo a característica artesanal de sempre.
Fazer uma receita que tem 50 anos sempre com mesma qualidade, requer talento ou treinamento?
Uma receita de mais de 50 anos requer tradição, muito amor e carinho. A receita do meu pai é nosso “segredo de família”. Prezamos pela seleção cuidadosa dos ingredientes, pela preparação e acompanhamos a distribuição para que chegue na casa do consumidor com o sabor perfeito. Este é um grande desafio e nós prezamos muito por isso. Mantemos a tradição até hoje em casa. Minha mãe prepara diversos pratos usando o chimichurri, como frango com batatas marinados ao forno.
Quando a ideia de diversificação através da “receita mãe” começou a instigar a empresa?
Em 2016 sentimos a necessidade ampliar nosso portfólio. Os consumidores estavam em busca de um tempero mais apimentado. Fizemos alguns testes com diversas pimentas e criamos o chimichurri com pimenta Jalapeño.
Depois disso, descobrimos que um de nossos clientes, dono de uma hamburgueria, usava o chimichurri com hortelã no hambúrguer de cordeiro e chimichurri com mostarda dijon para o hot dog. Foi aí que criamos o Chimichurri Hortelã para harmonizar com carne de cordeiro e carne de porco e o chimichurri Dijon para acompanhar diversos pratos.
Quais os principais pilares para o sucesso do Chimichurri do Norba em sua visão?
O Chimi do Norba, como é conhecido, se posiciona no mercado baseado em quatro pilares: receita tradicional de família uruguaia 100% artesanal, ingredientes frescos rigorosamente selecionados com muito amor e carinho, produto sem conservantes industrializados e quatro opções de sabores, que permitem uso mais amplo no dia a dia.
Ter um negócio original é mais “fácil” em momentos de dificuldades externas?
Acredito que ter um negócio novo e original é mais desafiador. Um novo negócio precisa romper barreiras e criar (ou fazer o consumidor descobrir) novas necessidades. Para o Chimi do Norba o desafio é apresentar as diversas formas de consumo do chimichurri que pode ir muito além do churrasco. Muitas pessoas ainda não conhecem esse tempero que é tão popular no Uruguai e na Argentina.
Existiu alguma dificuldade externa no caminho da empresa nesses anos de existência?
Claro! A primeira foi (e ainda é) enfrentar o desconhecimento do tempero e das inúmeras formas que pode ser consumido para deixar realçar o sabores da comida. Além disso, não podemos deixar de lado a crise e desconfiança do consumidor com uma economia instável. O chimichurri não é um produto de primeira necessidade e por isso, o consumo pode ser reduzido em alguns momentos. Outra dificuldade, que pode ser considerada um desafio, é conquistar espaço no ponto de venda. Por ser um produto 100% fresco, é imprescindível que fique exposto na área resfriada e alguns estabelecimentos não têm disponibilidade para tal.
Até o presente momento, 2018 tem sido um bom ano para os negócios que envolvem a sua empresa?
Sim! Estamos crescendo com abertura de novos pontos de venda no segmento de carnes, mercados e supermercados. Com a ascensão do consumo de carne, abrimos novos mercados. Chegamos em lugares distantes como Manaus, Amapá e Acre. Nunca imaginei que a receita do meu pai chegaria tão longe. Fico muito surpreso e feliz em saber que quando um negócio do segmento de carnes está planejando a abertura, o empresário rapidamente nos reconhece como item referência em molhos para churrasco.
Quais os próximos passos para uma empresa que já está em 23 estados brasileiros?
Quero levar a receita que meu pai fez a vida toda para o maior número de brasileiros, aumentado a distribuição nas cidades que ainda não estamos presentes. O objetivo é fazer com que o consumidor tenha como o Chimichurri do Norba item imprescindível no churrasco aos finais de semana e consuma também no seu dia a dia. Experimentem o sabor do chimichurri e comprovem o quão mais saborosos seus pratos podem ficar quando usam com o Chimi do Norba.
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