Planeta Terra pode aquecer 2,9°C até 2100

O aquecimento global é uma realidade inescapável, e as mais recentes previsões indicam um cenário alarmante. De acordo com o relatório “Keeping the promise – annual report 2023” do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a Terra está no caminho para um aquecimento entre 2,5°C e 2,9°C até o final deste século. Esse cenário é muito além das metas estabelecidas pelo Acordo de Paris, que visa limitar o aumento da temperatura global a menos de 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais. O relatório destaca a necessidade urgente de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 42% até 2030 para evitar as consequências mais severas das mudanças climáticas.

Aumento das emissões globais

O relatório do PNUMA aponta um aumento preocupante nas emissões globais de gases de efeito estufa. Entre 2021 e 2022, as emissões subiram 1,2%, alcançando um recorde de 57,4 gigatoneladas de dióxido de carbono. Cada gigatonelada representa um bilhão de toneladas de CO2, um volume imenso que contribui diretamente para o aquecimento global. Esse aumento nas emissões reflete a continuidade das atividades industriais e de transporte que dependem de combustíveis fósseis, assim como o desmatamento e outras práticas agrícolas insustentáveis.

Urgência nas ações de mitigação

A Organização das Nações Unidas (ONU) enfatiza a urgência de ações de mitigação para transformar a economia global em uma de baixo carbono. Sem uma mudança drástica e imediata nas políticas e práticas atuais, o mundo continuará a caminhar para temperaturas muito acima dos níveis pré-industriais. A ONU destaca que todos os setores da sociedade, incluindo governos, corporações e indivíduos, precisam assumir compromissos firmes para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Essas ações são essenciais não apenas para mitigar o aquecimento global, mas também para melhorar a saúde pública, a qualidade do ar e a sustentabilidade a longo prazo.

Compromisso do setor empresarial

Daniel Maximilian Da Costa, fundador e principal executivo do Latin American Quality Institute (LAQI), sublinha que as ações de preservação ambiental têm impactos positivos significativos nas mudanças climáticas, saúde pública, qualidade do ar, sustentabilidade, resiliência e inovação. Segundo ele, todos os setores, especialmente o empresarial, devem assumir a responsabilidade pelas ações de preservação ambiental. Iniciativas como o Quality Festival 2024, que ocorrerá de 19 a 21 de novembro em Manaus, têm o objetivo de despertar ideias e incentivar o uso de diferentes meios para encontrar soluções ambientais. Eventos como este são fundamentais para promover a conscientização e a ação em prol da sustentabilidade.

Impactos das mudanças climáticas

As consequências do aquecimento global já são visíveis e estão se intensificando. A elevação das temperaturas médias globais está causando o derretimento das calotas polares e geleiras, elevando o nível do mar e provocando eventos climáticos extremos, como ondas de calor, secas, tempestades e inundações. Esses fenômenos têm impactos devastadores na agricultura, na disponibilidade de água potável, na biodiversidade e nas economias locais. Comunidades vulneráveis, especialmente em regiões costeiras e países em desenvolvimento, são as mais afetadas, enfrentando desafios crescentes para se adaptar às mudanças.

Necessidade de inovação e sustentabilidade

Para enfrentar os desafios das mudanças climáticas, é imperativo investir em inovação e sustentabilidade. Tecnologias limpas e energias renováveis são fundamentais para reduzir a dependência de combustíveis fósseis e diminuir as emissões de gases de efeito estufa. Além disso, práticas agrícolas sustentáveis, gestão eficiente de recursos hídricos e preservação de florestas são essenciais para mitigar os efeitos do aquecimento global. A promoção de uma economia circular, onde os resíduos são minimizados e os recursos são reutilizados, também desempenha um papel crucial na construção de um futuro mais sustentável.