Piero Motta fundou a Agência We com Fábio Rosinholi. Ao longo dos anos, a We cresceu de forma contínua e hoje ocupa a décima nona posição do ranking no mercado brasileiro. É a maior agência 100% nacional, independente, e trabalha exclusivamente com marcas e empresas do setor privado. A We não tem um discurso pronto, não se prende a um modelo. Não é uma agência offline e nem é uma agência online porque o trabalho criativo que gera resultados acontece em qualquer plataforma. À frente da gestão e do desenvolvimento de negócios, Piero vem contribuindo para um modelo colaborativo, coletivo e que se renova diariamente para gerar resultados e ajudar a construir o futuro da comunicação no país. “Nesses 15 anos de existência, a We possui cases muito bons, porém, o que chama mais minha atenção é o da OLX. Foi um desafio enorme ter que mudar o hábito do consumidor brasileiro, que não tem costume de revender as coisas que não quer mais. Não faz parte da nossa cultura. Criamos o “Desapega”, onde mostrávamos que aquilo que já não servia mais poderia virar uma renda extra. É muito gratificante ter conseguido emplacar a campanha não só como um case de sucesso para a marca, mas também como um bordão que foi inserido nas conversas até os dias de hoje”, afirma o publicitário que comanda a agência que tem como clientes as famosas EMS, Proibida, Taco Bell entre outras.
Piero, para onde você acredita que caminha a publicidade em nosso país?
A publicidade caminha para o digital. Uma tendência que virou realidade há mais de 20 anos, com o surgimento da internet comercial e as incríveis oportunidades que isso trouxe para as marcas.
A “guerra” entre agências e consultorias deve se acentuar ainda mais em 2018?
Acredito que sim. Porém, temos que entender que temos papéis diferentes. As consultorias ainda vão pelo lado do processo, métricas e otimização, esquecendo a questão da criatividade e do lado emocional, que é essencial para o nosso mercado.
Que erro pode ser fatal para uma agência de publicidade nos dias atuais?
O maior erro que uma agência pode cometer é não possuir o digital dentro da sua própria estrutura.
Poderia nos elencar os maiores desafios em dirigir uma agência como é o caso da We?
O maior desafio da We é ser uma agência 100% nacional e independente no meio de tantos players internacionais, que são muito capitalizados. É muito desafiador convencer o grande anunciante a tomar uma decisão da mudança.
Quais os ingredientes são necessários para uma campanha de marketing bem-sucedida?
Em primeiro lugar, um bom planejamento e ainda digo mais: uma criação ligada ao bom planejamento. Algo que valorizamos muito na We, desde o início, é a parte de mensuração. Vemos se os caminhos adotados estão no rumo certo, tendo sempre a agilidade para fazer correções o mais rápido possível.
O que seria um engajamento perfeito de uma marca em sua visão?
Acredito que o consumidor hoje precisa ser tratado como se fosse único. O parâmetro precisa estar em cima do comportamento do consumidor e não apenas numa análise de cadastro de compra. Assim temos que a possibilidade de cada vez mais ser assertiva com o direcionamento da mídia perante ao consumidor.
Qual o papel do boca a boca no meio digital?
O marketing boca a boca sempre foi um instrumento de marketing extremamente poderoso. Hoje em dia ainda mais com a internet. Cada consumidor, cada cliente tem um microfone na mão e a com a ascensão da mídia e da comunicação por meios digitais cada vez mais as mensagens são compartilhadas numa velocidade incontrolável.
A We é a maior agência 100% nacional independente. Como a empresa mantém o seu espírito e foco num mercado inundado por grandes agências internacionais?
Acredito que temos uma grande vantagem. Diferente dos grandes grupos internacionais, nascemos num cenário em que a tecnologia já estava inserida na nossa cultura o que determinou a maneira como a gente se organiza. Temos esse DNA e conseguimos entender bem os clientes, os quais eu gosto de chamar de “clientes da nova economia”, que não são necessariamente startups, mas sim anunciantes que precisam de uma comunicação inovadora e rápida. Foi assim que conseguimos criar cases para marcas como Catho, Proibida e Netshoes.
Qual case de sucesso da agência We é especial para você e por quê?
Nesses 15 anos de existência, a We possui cases muito bons, porém, o que chama mais minha atenção é o da OLX. Foi um desafio enorme ter que mudar o hábito do consumidor brasileiro, que não tem costume de revender as coisas que não quer mais. Não faz parte da nossa cultura. Criamos o “Desapega”, onde mostrávamos que aquilo que já não servia mais poderia virar uma renda extra. É muito gratificante ter conseguido emplacar a campanha não só como um case de sucesso para a marca, mas também como um bordão que foi inserido nas conversas até os dias de hoje.
Como a We pretende ser uma agência diferenciada, valorizada e o mesmo tempo, inovadora pelos próximos anos vindouros?
A We é uma agência viva que está em constante processo de transformação, sempre querendo melhorar, inovar e investir naquilo que acreditamos. Uma das maneiras que poderia citar, é a criação do Grupo We, composto pela agência We, pela agência LVL e pela We Live Marketing. Ouvimos de vários anunciantes o desejo de serem atendidos por uma agência que possua serviços integrados, a fim de facilitar e agilizar os processos. Abrimos o Grupo We exatamente pensando nessa oportunidade: ser um parceiro integrador de comunicação, sempre preservando a especialidade de cada profissional.
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