Mineiro, natural de Belo Horizonte, Diogo Dias Gonçalves é graduado em Comunicação Social (com ênfase em Publicidade e Propaganda), com MBA em Finanças Corporativas, Administração de Empresas e pós-graduação em Finanças Pessoais. Diogo possui vasto conhecimento em gestão de diversas áreas de uma corporação, como planejamento financeiro, finanças, contabilidade, economia, tributária, trabalhista, meio ambiente, legislativo, jurídico e outros. Ampliando seu campo de atuação e vivências, pode-se mencionar as notórias experiências internacionais, entre elas, a Conferência Steel & Mining Credit Suisse, em Londres/ING e a Conferência Anual NIRI – Nacional Investor Relations Institute, Orlando/EUA, além do reconhecimento da Institucional Investor entre os melhores executivos de Relações com Investidores da América Latina na categoria Siderurgia e Mineração. Dentre as funções desempenhadas destacam-se: a Superintendência de Defesa da Indústria da FIEMG (2018 a 2021); a Presidência do Conselho Deliberativo da Mais Previdência (2018 a 2021); a Gestão de Planejamento Financeiro e de Relações com Investidores na LOG CP, empresa do grupo MRV (2017 a 2018), e a Gerência de Relações com Investidores na Usiminas (2004 a 2016). Atualmente é presidente da rádio Itatiaia. “A rádio Itatiaia tem uma tríade muito poderosa de jornalismo, esporte e entretenimento, mas tudo passa pela prestação de serviço”, afirma.
Diogo, você é um profissional oriundo da área de finanças. Como essa experiência tem lhe dado visão para condução da Itatiaia?
Acredito muito no trabalho pautado pelo planejamento, estratégia e organização. Isso é a base de um negócio forte e com resultados duradouros. Aqui na Itatiaia herdamos uma história grandiosa, com um legado vindo de uma gestão familiar que trouxe enormes ganhos. Agora estamos num novo momento da história da empresa, atuando com o olhar no futuro do negócio. Um dos meus desafios é profissionalizar mais a gestão e atuar com base nos princípios da governança corporativa, com processos ágeis, claros e descomplicados. Temos uma equipe extremamente competente. Aposto muito no senso coletivo e na intencionalidade de um plano de negócio estruturado e de longo prazo.
O que é essencial quando se está à frente de uma rádio tão tradicional?
Como disse, assumi um legado riquíssimo e uma história que precisa ser honrada todos os dias. Vejo que a força construída ao longo dos anos na Itatiaia vai servir como ponte para projetos criativos, inovadores e que serão construídos a partir de processos claros e seguros. Tenho ouvido muito as pessoas e percebo que há um enorme espírito de equipe e muita dedicação dos colaboradores à empresa. Quero valorizar isso ainda mais.
Como enxerga o papel do rádio num novo momento da comunicação em todo o mundo?
O meio rádio foi, é e será importante. A meu ver, para o resto da vida. O rádio tem a capacidade de transmitir a informação mais rápida que qualquer outro meio de comunicação. O tempo está passando muito rápido e, a cada dia que passa, precisamos ser mais produtivos. O rádio é o meio mais forte de comunicação. O que está mudando é a entrega de conteúdo. Estamos nos adaptando, expandindo nossa plataforma digital, justamente para entregar conteúdos para as pessoas da forma que elas desejam. Hoje a busca é por conteúdo. A Itatiaia é uma rede de conteúdo. Ela pode transpor tudo isso.
Mantemos a rádio, que é importantíssima, mas também estamos no digital, através do site, do aplicativo, das redes sociais. Com cada linguagem adequada ao público da plataforma. Essa é a adaptação que vejo que o meio rádio tem que fazer. Sobre a esfera comercial, por exemplo, eu acredito que sempre vai existir o comercial de 30 segundos, mas acredito também que muitas empresas precisam sanar uma dor, resolver um problema. A comunicação ajuda a resolver esse problema e ela precisa ser melhor embalada para entregar isso. Hoje temos o apoio da nossa área de marketing, que atua para envelopar os nossos produtos, deixando-os customizados, de acordo com aquilo que o cliente quer.
Muitos afirmam que o rádio é um “Highlander”, afinal o meio nunca morre. Concorda com essa afirmação?
O rádio nunca vai morrer. Aqui na Itatiaia, por exemplo, estamos trabalhando fortemente na inovação. Criamos uma diretoria nessa área e temos atuado para fortalecer o posicionamento da emissora em todas as plataformas. Se o público jovem não usa mais o radinho, vamos entregar a programação da Itatiaia na plataforma que ele usa e gosta. E já iniciamos esse processo, conforme citei anteriormente. Vejo nosso futuro com muito otimismo e pé no chão. É um desafio grande, mas que está sendo encarado com muita seriedade, dedicação e ousadia.
Um dos pilares da Itatiaia é dar voz à sociedade. Como essa interação fortalece os meios de comunicação?
Esse apelido que ganhamos e que hoje é nosso slogan: “Rádio de Minas” existe em razão dessa humanização, desse cuidado com o próximo. A rádio Itatiaia tem uma tríade muito poderosa de jornalismo, esporte e entretenimento, mas tudo passa pela prestação de serviço. Temos prestação de serviço na área do esporte, no jornalismo, no entretenimento. Ajudamos o cidadão. Temos como essência essa proximidade com o mineiro. É uma rádio nossa, do mineiro. E vamos ter todo cuidado para manter isso.
O jornalismo sério é primordial para combater as fake news. Como a Itatiaia enxerga esse ponto?
É a manutenção do legado do Emanuel Carneiro, pautado em isenção, ouvindo um lado e o outro. Ponto e contraponto. Essa é a nossa pauta. E nós somos uma rádio pró-Belo Horizonte, pró-Minas Gerais, pró-Brasil. Com isso eu quero dizer que nós temos um dever como meio de comunicação sério e isento que é o de levar a informação correta, de averiguar, de fazer os crosschekings antes de publicar para evitar as fake news. Nós não temos partido, não temos time de futebol, nós somos a Itatiaia, a rádio que os mineiros confiam. Nosso compromisso é levar informação correta e bem apurada às pessoas.
Qual o maior desafio da rádio na era digital?
A identificação do público. É entender quem está em cada local digital. É levar o máximo de informação que tivermos para o maior número de pessoas. Eu preciso gerar o conteúdo para o público que deseja ouvir aquela informação. No mundo tecnológico e digital em que vivemos é uma busca cada vez maior por essa busca de conteúdo. Entendemos que esse é o maior desafio: identificar o público de cada plataforma, de cada meio digital e entregar o que ele quer.
Plataformas como YouTube, Facebook e Google são um complemento para superar esses desafios?
São todas plataformas complementares. Temos um olhar para a área digital como uma unidade de negócio da empresa. No passado disseram que eram meios concorrentes, mas entendemos exatamente o oposto. O rádio está cada vez mais forte, cada vez mais valorizado e em sinergia com as plataformas digitais. Em agosto, batemos recordes em todas as métricas das redes sociais.
Investimentos em recursos de infraestrutura são primordiais para uma digitalização total?
São no que diz respeito a servidor e infraestrutura de website e das plataformas digitais.
Qual a importância das pessoas nesse sentido?
Primordial. São elas que humanizam o processo, enriquecem a construção.
Quais os próximos passos da Itatiaia e que farão a empresa se destacar ainda mais neste competitivo mercado?
Já somos maiores em termos de Ibope nacional. Somos a maior rádio do Brasil em termos proporcionais ao tamanho do Estado. Somos a segunda em números absolutos. Vamos evoluir muito no digital, entregando conteúdos diferentes nas plataformas que nós temos. Uma outra fonte de crescimento nosso é o ITASAT. Nós temos hoje quatro pessoas dedicadas ao ITASAT. Antes tínhamos apenas uma. Queremos expandir nossa rede das atuais 46 emissoras (mais as cinco próprias) para um número acima de cem rádios afiliadas à Itatiaia.
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