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REAG faz potencial parceria com a Temenos

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A segunda maior administradora independente de fundos de investimento do Brasil, a REAG Investimentos, anunciou uma parceria com a Temenos, líder em tecnologia bancária, para alavancar seus planos de modernização. A empresa de investimentos, que atualmente administra cerca de R$75 bilhões (US$14,5 bilhões) em mais de 350 fundos, irá adotar a plataforma da Temenos para oferecer a clientes e colaboradores um serviço mais ágil, eficiente e preciso. O projeto de modernização permitirá que a REAG consolide os sistemas legados, agilize as operações e alcance um time-to-market mais rápido, o que a empresa considera fundamental para expandir para novos mercados e alcançar novos investidores, tanto dentro quanto fora do Brasil. REAG e a Temenos acreditam que essa parceria ajudará a gestora e administradora independente de fundos de investimentos – que atualmente administra cerca de R$75 bilhões (US$14,5 bilhões) distribuídos em cerca de mais de 350 fundos que analisa diariamente – a aumentar sua eficiência em 30%, ao mesmo tempo, em que oferece a seus clientes, colaboradores e novos investidores um serviço ao nível mundial. Karen Skarski, Temenos Head of Sales Latam, explica: “Ao adotar a Temenos Multifonds, a REAG diminuirá a carga de sua equipe e aumentará seu alcance para beneficiar mais famílias, empresas e investidores”. Ela acrescenta: “estamos muito satisfeitos que a REAG tenha escolhido a nossa plataforma”.

Como a tecnologia bancária evoluiu em nosso país?

Para alguns, melhor do que o esperado. Houve muitas iniciativas do regulador, bem como do setor privado. Iniciativas como o PIX ganharam as manchetes por um crescimento notável, e muitos bancos digitais agora são maiores que os bancos tradicionais. Não esqueçamos também da iniciativa Open Finance, já considerada por muitos como um dos projetos de open banking mais ambiciosos do mundo. Tudo isso é possível graças à tecnologia aplicada nos últimos anos.

Quais os principais fundamentos que são os pilares dessa evolução?

Certamente, os pilares são parcialmente impulsionados pelos próprios clientes bancários. O consumidor médio brasileiro é bastante sofisticado, está sempre em busca de inovação, experiências integradas e melhores serviços. A fidelidade à marca está diminuindo por conta dos consumidores trocando de fornecedores e se esforçando para encontrar os melhores produtos e serviços.

A concorrência também é um dos principais impulsionadores – desde fintechs e bancos digitais, até big techs. O crédito ao Banco Central é devido por liderar muitas novas regulamentações que facilitaram a entrada de novos players e aumentaram a concorrência. Isso levou a mais investimentos dos bancos para modernizar sua tecnologia, a fim de aumentar a eficiência e redistribuir os gastos em pesquisa e desenvolvimento.

As principais prioridades da tecnologia bancária em 2022 passaram por quais fatores?

Nota-se que existe um interesse geral na transformação do canal do que é visível do core bancário para o que ocorre por trás, ou seja, as operações que acontecem no seu background. Logo, o interessante é que as prioridades que ouvimos dos bancos, hoje, não são necessariamente impulsionadas por temas relacionados à sua regulamentação, como anteriormente. Em vez disso, os bancos procuram lançar novos produtos e serviços, além do que oferecem atualmente. Portanto, mesmo que antes se concentrassem em operações ou nichos de mercado, agora estão tentando alcançar novos locais, onde não operavam antes.

Também vemos essa expansão com o Banking as a Service (BaaS), que vem amadurecendo rapidamente. É aqui que os bancos colaboram com não bancos, permitindo que ainda mais participantes forneçam serviços financeiros, mesmo que não tenham experiência anterior no setor. Alguns bancos estão tentando colher as receitas desse mercado inexplorado. Não é uma tarefa fácil, pois, exige tecnologia mais recente, como APIs abertas e uma solução de core banking baseada em dados.

O que deve ser agregado a essa tecnologia em 2023?

Do back office ao front office, veremos mais low code e autoparametrização sendo exigidos por executivos de TI e de negócios. A pandemia abriu os olhos e as fronteiras para profissionais de TI e programadores brasileiros buscarem trabalhos remotos, onde possam ser pagos em uma moeda mais forte como o dólar ou o euro. Isso colocou muita pressão no já difícil mercado de contratação e retenção de talentos dentro dos bancos. Logo, os bancos estão começando a perceber que uma solução de baixo código/sem código facilita o design e o lançamento de produtos e serviços, podendo ajudar a diminuir o risco de uma forte dependência de engenheiros de software e programadores de TI.

Quais são as principais tendências para o próximo ano?

2023 será o ano em que bancos e empresas descobrirão como ganhar dinheiro com o Open Finance. Após a diminuição do investimento de capitalistas de risco em fintechs, também veremos a consolidação entre os bancos digitais, principalmente por meio de iniciativas de fusão e aquisição. Essas decisões de negócios afetarão a estratégia de tecnologia e também exigirão a consolidação de TI. Os bancos precisarão escolher o melhor fornecedor entre duas ou três operações diferentes, pois, várias marcas e pilhas de tecnologia se combinam entre elas para formar um banco maior.

Como a Inteligência Artificial impactou esse negócio?

Estamos vendo casos de uso de IA em áreas como mitigação de crimes financeiros. Essa tendência parece aumentar, à medida que as fraudes e os golpes se tornam mais sofisticados, tornando mais difícil identificar e combater as atividades. Também veremos uma maior adoção em áreas como gestão de patrimônio, que é um negócio pesado, bem como negócios bancários corporativos. Os bancos mais bem-sucedidos combinarão o poder da tecnologia com um toque humano, o que chamamos de abordagem híbrida.

Isso influenciou a experiência do cliente em que sentido concreto?

Os bancos que implementaram a IA viram a possibilidade de oferecer empréstimos a clientes que antes não seriam aprovados, mas, com a IA, os bancos têm mais confiança para identificar o próximo melhor produto. Ele analisa o comportamento da pessoa para decidir qual produto do banco seria mais adequado às suas necessidades e estilo de vida. Isso significa que você não precisa confiar na capacidade de um gerente de contas para ligar para as pessoas uma a uma, ou para executar campanhas de marketing em massa que podem não ser relevantes para os destinatários. Nessa nova abordagem, você permite que a IA decida qual produto é mais adequado e tem mais chances de ser adotado pela pessoa e pelo perfil certo.

Em última análise, notamos uma abordagem mais centrada no cliente, impulsionada por dados e análises, como o Temenos CEO Navigator. Os clientes se beneficiam de riscos reduzidos sem a inconveniência de muitos obstáculos para proteger suas contas. Eles recebem informações, produtos e serviços que os ajudam a viver melhor suas vidas, sem serem sobrecarregados por informações irrelevantes. E sua experiência é rápida, contínua e personalizada.

O que pode ser melhorado ao falar dessa experiência?

Temos casos recentes de clientes no Brasil, na América Latina e em todo o mundo que estão se beneficiando da tecnologia de Inteligência Artificial usada amplamente pela Temenos em suas soluções. Um excelente exemplo disso é a REAG Investimentos, a segunda maior administradora independente de fundos de investimentos do Brasil, que escolheu a plataforma Temenos Multifonds para substituir sua atual infraestrutura na área operacional de fundos de investimento. A plataforma oferece uma base de dados mais robusta e acessível, com capacidade de integrar via APIs com plataformas e produtos de terceiros, uma Inteligência Artificial Explicável (XAI), um workflow integrado que entrega qualidade e padronização, enquanto oferece completas e extensas trilhas de auditoria para as operações do dia a dia. Com isso, chegaremos a uma capacidade de atingir 30% de ganhos em eficiência, por meio de uma visão abrangente do negócio e um maior controle e transparência da informação. A infraestrutura aberta e recursos localizados irão entregar à REAG segurança e confiabilidade, assim como a oportunidade de oferecer novos e melhores serviços a seus clientes no futuro próximo.

O Open Finance seria uma oportunidade de maior abrangência dentro do ecossistema financeiro?

Sim, mas não apenas para o ecossistema financeiro, pois, esperamos ver isso sendo adotado por outros setores, como seguros e até saúde. No entanto, o setor financeiro está liderando o caminho. O Open Finance não será limitado por informações de transações, mas cobrirá outros produtos, como empréstimos e investimentos. É por isso que muitas empresas de investimento estão se antecipando e modernizando seus sistemas de TI com o objetivo de se preparar para explorar um mercado totalmente novo e aberto.

A parceria da Temenos com a REAG Investimentos contempla esse propósito?

A parceria tem como objetivo principal dar à REAG a capacidade de entregar serviços de forma mais eficiente, para conseguir melhorar a experiência de seus clientes e colaboradores. Com uma base de dados mais robusta e acessível e a capacidade de se integrar via APIs com plataformas e produtos de terceiros, a plataforma da Temenos permitirá um acesso mais direto ao ecossistema financeiro para a companhia e seus clientes. Como a plataforma da Temenos é utilizada por 9 dos 15 maiores gestores mundiais de fundos, isso significa que agora a REAG terá acesso à mesma experiência e tecnologia desses líderes globais, trazendo novos padrões ao mercado brasileiro.

O que mais pode ser dito sobre essa parceria?

A Temenos iniciou seu investimento de localização da plataforma Temenos Multifonds para o Brasil há alguns anos. Adicionamos funcionalidade para atender aos fundos locais de acordo com as regras da CVM 555 e com os métodos de precificação dos instrumentos financeiros locais, como, por exemplo, a renda fixa brasileira. Adicionalmente, incluímos um jogo completo de relatórios regulatórios para a CVM, ANBIMA e Bacen, incorporando a cobertura de tributação de IR e IOF. Com todos esses investimentos e através da parceria com a REAG, estamos entregando uma solução pronta para o mercado brasileiro. A Temenos Multifonds é a única plataforma ativa no Brasil projetada para gerenciar estruturas complexas de fundos com várias classes e subclasses, o que nos posiciona muito bem frente às mudanças regulatórias a serem aplicadas à CVM 555, dentro dos próximos meses. Com a implantação da Temenos Multifonds, a REAG diminuirá a carga de trabalho de sua equipe, aumentando seu alcance para transformar os seus negócios, acelerar o seu crescimento e oferecer as melhores soluções aos seus clientes.

*Com participação do Senior Sales Executive da Temenos, Victor Pego.


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