Em 2021, o sistema de pagamento digital lançado pelo Banco Central, o Pix, chegou ao Brasil, e encontrou um cenário muito propício para se propagar no hábito e na vida dos brasileiros. O termo “mandar um Pix” virou até música, e facilitou a rotina de muita gente. Em tempos de compras online, a virtualização da moeda é um caminho sem volta. Até nos sinais é comum encontrar baleiros que aceitam Pix; grandes e pequenas empresas também aceitam. No final de 2021, já atingiu 117 milhões de usuários e mais de 9,5 bilhões de transações feitas – é uma unanimidade.
O sucesso do Pix, que favoreceu a familiarização dos brasileiros com transações eletrônicas, também incentivou o Banco Central a lançar mais uma novidade no intuito de modernizar a moeda brasileira, a criação do real digital, uma espécie de bitcoin oficial do Brasil.
O processo de criação da moeda virtual ainda é inicial.
O plano é que a partir de abril se iniciem os testes para analisar as possibilidades de uso.
O Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT Lab), mantido por meio de uma parceria com a Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central (Fenasbac), será uma peça fundamental para a realização desta etapa.
Pegando carona na moda do TikTok, de desafios de dança, o plano é propor às instituições financeiras uma espécie de desafio de desenvolvimento da nova moeda, que será chamado de LIFT Challenge.
Uma grande vantagem do real digital é a independência do usuário, já que não será necessário o intermédio de uma instituição financeira para fazer transações com o ativo – só precisará de um aplicativo de carteira instalado no celular.
Tecnologia
Outro grande trunfo da moeda virtual é se adaptar a quesitos tecnológicos de forma eficaz, como o real tradicional não é capaz.
Um exemplo disso é a internet das coisas (IoT); será possível que geladeiras inteligentes, por exemplo, possam comprar e pagar por itens que estão acabando, sem necessidade de interferência humana.
Além disso, é possível também colocar em prática o dinheiro direcionado, que consiste em programar para que transações financeiras sejam restritas a um determinado fim ou região geográfica.
Isso aumenta muito a segurança em casos de mães que podem restringir regiões ou locais onde os filhos podem comprar coisas, por exemplo.
Com tantas fraudes e ataques hackers por aí, é uma segurança a mais que a moeda tradicional não oferece.
Tendência
A expectativa é que o real digital possa ser implementado em dois ou três anos, seguindo uma tendência do mercado mundial.
Uma pesquisa do Banco de Compensações Internacionais (BIS), que reúne os bancos mundiais, aponta que 86% dos bancos centrais do mundo estão pesquisando ativamente o potencial das moedas digitais, enquanto 60% deles estão experimentando a tecnologia e 14% já estão rodando projetos-piloto.
O objetivo é que a moeda virtual seja absorvida no cotidiano da população brasileira, assim como foi o Pix, de forma segura, em compras cotidianas com passagens, supermercado, hospedagens e carros por assinatura.
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