No ano passado, as empresas que fazem parte do World Gold Council produziram mais de 1.5 milhões de onças de ouro no Brasil, de acordo com o novo relatório da WGC, o Contribuição Social e Econômica da Mineração do Ouro – gerando benefícios diretos e indiretos na economia. Este novo relatório também ressalta o papel da indústria da mineração do ouro em contribuir para o desenvolvimento socioeconômico em países de todo o mundo, incluindo números que evidenciam o impacto dessa indústria no Brasil. As empresas do WGC pagaram coletivamente 1.06 bilhões de dólares a fornecedores locais, o que alimentou significativamente uma atividade econômica fora de suas operações diretas.
Geração direta e indireta de empregos
Os membros do WGC que operam no Brasil empregam diretamente 10.000 trabalhadores, com um salário médio anual de mais de 21.458 dólares – quase quatro vezes a média nacional. O relatório também estima que as operações da indústria da mineração do ouro contribuem dando emprego ao triplo desse número de trabalhadores, os quais fazem parte de uma cadeia de suprimentos mais ampla.
A indústria aportou 353 milhões de dólares em impostos em 2020. A contribuição do valor agregado total das companhias membro do WGC equivale a 0.1% do PIB, e as contribuições em impostos dessas empresas representam 0.4% da receita tributária do país – números que poderiam crescer nos próximos anos.
Terry Heymann, Diretor Financeiro e Chefe de Iniciativas ESG do World Gold Council, disse: “Estes números mostram o cenário de uma indústria de mineração do ouro próspera e crescente no Brasil, com significativas contribuições positivas para a economia em geral, em termos de criação de empregos bem remunerados para a população local, receita tributária e crescimento dos negócios em toda a cadeia de suprimentos. Quando empreendida de jeito responsável, a mineração do ouro pode contribuir significativamente para o desenvolvimento econômico e social de países e comunidades. Tudo isso é o que observamos no Brasil neste momento”.
“Este relatório traz transparência sobre as contribuições feitas por um setor da mineração de ouro responsável. Essa transparência é fundamental, pois nossos membros procuram desempenhar papéis positivos e proativos nas economias em que atuam, bem como avançar no progresso para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU”.
Contexto global
O relatório Contribuição Social e Econômica da Mineração do Ouro revelou que, a nível global, em 2020, as empresas membro do WGC contribuíram 37.9 bilhões de dólares para as nações anfitriãs, através de impostos, salários e pagamentos a fornecedores. A quantidade representou 63% da receita total que receberam das vendas de ouro e equivale a cerca de US$1.100 em valor agregado local por cada onça de ouro produzida.
As empresas membro do WGC empregavam 200.000 pessoas diretamente em todo o mundo, e garantiam 1,2 milhões de empregos adicionais através de fornecedores locais. Vale destacar que os salários nas empresas membro do WGC são, em média, seis vezes mais altos do que as respectivas médias nacionais. Além disso, para cada dólar gasto em importações, foram gastos cerca de cinco dólares em compras dentro dos países anfitriões.
O relatório Contribuição Social e Econômica da Mineração do Ouro baseia-se em dados fornecidos por 31 empresas membro do World Gold Council. O WGC colaborou com um parceiro de pesquisa, Steward Redqueen, que usou um modelo econométrico Input-Output. Ele quantifica os fluxos financeiros entre setores econômicos, para calcular o impacto indireto da indústria e o valor agregado geral. A análise combinou dados financeiros dos membros do WGC com estatísticas macroeconômicas e de emprego dos países, disponíveis publicamente em conjunto de dados.
O relatório completo pode ser acessado aqui.
Sobre a metodologia
O relatório sobre a Contribuição Social e Econômica da Mineração do Ouro fornece insights quantitativos sobre como a mineração em larga escala, e especificamente as minas operadas pelas empresas membro do World Gold Council (WGC), contribuem para o avanço econômico e melhoram os meios de vida das comunidades locais, nacionais e globais.
O relatório baseia-se em dados de 2020 obtidos de 122 operações e 81 locais não operacionais de empresas membro do WGC em 38 países. 31 dos 33 membros do WGC apresentaram dados para este relatório.
Cada empresa forneceu informações por país sobre pagamentos a governos, funcionários, empreiteiros, fornecedores e comunidades. Os pagamentos correspondem tanto a operações de produção quanto a operações não de produção, tais como atividades de exploração, desenvolvimento pré-operacional, fechamento de minas e escritórios corporativos.
Os dados foram fornecidos numa base atribuível – ou seja, incluindo apenas dados para a parte da operação de que eles são proprietários. Isto garante que não houvesse dupla contagem no caso de joint-ventures, mas isso significa que os números totais subrepresentam a contribuição total de operações incluídas que são parcialmente geridas por empresas ou outras entidades que não participaram do estudo. Ao enviar os dados, foi solicitado às empresas que seguissem a Nota de Orientação sobre Definições de Despesas, desenvolvida pelo World Gold Council.
Uma vez recebidos, os dados foram analisados por um parceiro de pesquisa independente, Steward Redqueen.
A Seward Redqueen utilizou o modelo Input-Output (I-O) para quantificar o impacto socioeconômico das operações de mineração de ouro. O método combina dados financeiros dos membros do WGC com estatísticas macroeconômicas e de emprego. O modelo I-O traça os gastos locais de procurement dos membros do WGC em todas as economias nacionais em que operam. Isto permite quantificar o valor agregado e os empregos sustentado pelos membros do WGC e suas cadeias produtivas locais.
O ingrediente principal da abordagem de modelagem I-O é a Matriz de Contabilidade Social (SAM). A SAM é um diagrama da economia nacional e quantifica os fluxos financeiros entre os setores econômicos. É uma representação estatística e estática da estrutura econômica e social da economia local. Mais informações sobre a metodologia podem ser encontradas no relatório, Anexo 1.
Sobre o World Gold Council:
O World Gold Council é a organização de desenvolvimento de mercado para a indústria do ouro. Nosso objetivo é estimular e sustentar a demanda por ouro, atuar como liderança na indústria e ser a autoridade global no mercado de ouro.
Desenvolvemos soluções, serviços e produtos lastreados em ouro, com base em uma visão fundamentada sobre o mercado e trabalhamos com uma série de parceiros para colocar nossas ideias em ação. Como resultado, criamos mudanças estruturais na demanda de ouro em setores-chave do mercado. Fornecemos insights sobre os mercados internacionais de ouro, ajudando as pessoas a compreender as qualidades de preservação da riqueza do ouro e seu papel em atender às necessidades sociais e ambientais da sociedade.
Os participantes do Conselho Mundial do Ouro incluem as empresas de mineração de ouro líderes e mais progressistas do mundo.
*Com participação do jornalista Miguel Piñeiro Rodríguez.
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