Quando o assunto é jornada de compra, é inegável o quanto a pandemia resultou em uma aceleração nas mudanças de comportamento do consumidor, que passou a ansiar por uma maior praticidade e segurança no momento de ir às compras. Diante desse contexto, as chamadas retailtechs tiveram um aquecimento no mercado. As startups que utilizam a tecnologia para levar inovação ao segmento de Varejo receberam aporte de US$527 milhões somente no primeiro trimestre de 2021, o equivalente a 75% dos US$721 milhões investidos em todo 2020, segundo o estudo Inside RetailTech Report realizado pelo ecossistema de inovação Distrito. Gustavo Almeida, CEO da Take, retailtech que atua no mercado de conveniência autônomo por meio de cervejeiras, acredita no potencial da Inteligência Artificial (IA) para esse fim. “Atualmente, o recurso que tem o objetivo de se assemelhar ao comportamento humano pode ser considerado um dos pilares da transformação digital porque otimiza o gerenciamento do negócio e a experiência do consumidor”, afirma o executivo. A partir da IA é possível captar dados em tempo real do consumo e gerenciar atividades como reabastecimento do estoque, além de cruzar e analisar comportamentos a fim de desenhar uma jornada personalizada ao cliente. Almeida também aposta na eficiência do conceito grab and go. “Nesta iniciativa, a proposta é simples: pegou, levou”, finaliza o CEO.
Quais são os maiores desafios do segmento de retailtech na atual conjuntura?
Penso que o desafio é manter esse ritmo conquistado durante a crise pandêmica e buscar sempre novas tecnologias que facilitem a experiência tais como evolução de aplicativos e proximidade maior com usuários, compreendendo cada vez mais os seus comportamentos, necessidades e desejos.
Como a transformação digital se tornou o grande pilar dessas startups?
Transformação digital pressupõe quebra de paradigmas, ritmo de crescimento acelerado e desenvolvimento de novas tecnologias. Por esses motivos, ela está diretamente associada às startups e se tornou um dos grandes pilares. Esse tipo de organização está conectada com novas ideias, soluções e principalmente tecnologias de ponta.
Além da tecnologia, quais outros pilares fazem a junção desse mercado em sua visão?
Potencial de atingir grandes mercados com uma estrutura enxuta, alcançar milhões de consumidores com baixo capital inicial, flexibilidade nos processos para rápida adequação e o trabalho em equipe, ou seja, sinergia e multidisciplinaridade.
Qual seria o potencial da Inteligência Artificial para esse mercado?
Gigantesco, afinal estamos falando de um segmento totalmente ligado à inovação e soluções facilitadoras da vida das pessoas, ou seja, Inteligência Artificial é imprescindível no desenvolvimento desse mercado.
A otimização de um negócio do setor passa pela Inteligência Artificial?
Na Take, com certeza. Não só para otimizar nossos fluxos, mas também nossa relação com os consumidores. A Inteligência Artificial pode ser desenvolvida e aplicada tanto para atender uma demanda de usuários do aplicativo, quanto para funcionalidades do nosso produto.
Como a Take está alocada no setor?
A Take é uma startup de tecnologia, portanto, totalmente inserida no setor. Desenvolvemos uma Inteligência Artificial como uma solução que casou totalmente com a necessidade do mercado que é a “hiper conveniência”. Levamos “hiper conveniência” aos seus condomínios e diversos negócios como academias, coworkings, universidades, hotéis e muito mais.
O que norteia a operação da empresa?
A operação da Take, desde o seu surgimento, busca facilitar a vida das pessoas, levar “hiper conveniência” para a experiência de consumo, e é nesse caminho que seguiremos, nos adaptando, nos transformando, buscando e desenvolvendo novas tecnologias para atendermos as demandas do mercado com inovação, praticidade, facilidade e excelência, sempre.
Quais as características que podemos citar como únicas no mercado de atuação da Take?
Temos tecnologia própria, construída dentro de casa de ponta a ponta, e isso nos permite alto grau de adaptação e flexibilidade. Com nossa inteligência podemos oferecer ao consumidor desde bebidas à congelados, sorvetes e até mesmo produtos fora do mercado AB (alimentos e bebidas), como calçados, óculos, ferramentas, etc, se identificarmos essa demanda.
Por que você é um grande entusiasta do conceito grab and go?
Pela facilidade de pegar e levar produtos rápida e facilmente, sem necessidade de encarar filas ou declarar o consumo e fazer pagamento em caixas ou, maquininhas, não ter que se deslocar, enfrentar trânsito e outras situações, isso é incrível. Vivemos em tempos onde tudo precisa ser rápido e conveniente, as informações viajam rapidamente, nossas rotinas acompanham isso e ter esse tipo de serviço disponível representa não somente o agora, mas também o futuro batendo às nossas portas.
Quais as grandes vantagens de um serviço grab and go?
O grande destaque da nossa tecnologia está na identificação automática dos itens comprados pelo cliente, oferecendo ao consumidor uma experiência única de consumo. Com as inúmeras complicações que já temos no dia a dia, queremos que algumas coisas aconteçam de forma simples, rápida e prática, e um serviço grab and go é um grande facilitador disso.
Esse conceito traz oportunidades exponenciais de crescimento?
Com certeza. As oportunidades estão em diversos setores e somos uma companhia que já nasceu pensando no processo de escalabilidade. Estamos sempre atentos a situações de consumo que podem ser melhoradas e evoluídas.
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