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A Sara Nossa Terra do bispo Robson Rodovalho

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Nascido em Anápolis Goiás, Robson Lemos Rodovalho é ex-deputado Federal e um dos principais líderes evangélicos do país. Junto com a sua esposa Maria Lúcia Rodovalho, é fundador e bispo da Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra. Seu propósito fundamental como costuma dizer, é acolher os seguidores, levar para o caminho de Deus e semear o bem e a prosperidade. Assim, a Sara é apontada como uma das igrejas mais progressistas entre as neopentecostais. Em 1 de outubro de 2006 foi eleito deputado Federal, representando o Distrito Federal, pelo Partido da Frente Liberal (PFL), hoje Democratas (DEM). Em 1 de maio de 2008 assumiu a Secretaria de Trabalho do Governo do Distrito Federal. No dia 30 de setembro de 2009 saiu do partido Democratas e se filou ao Partido Progressista (PP). É autor de diversos livros, entre eles o famoso “Ciência e Fé”. “Já encontrei pessoas que acham que se alguém está pobre, é porque está em pecado. Isso é um absurdo, uma arrogância. Por outro lado, Deus não criou a pobreza. Ela é resultado da distorção da administração humana. Mesmo em Israel, quando o Senhor dividiu à terra prometida, todos ganharam espaços proporcionais ao seu povo. (…) Acho que as prerrogativas de um líder são várias, mas a base é ter um caráter fundado na confiabilidade. Ele é o alicerce em que as demais pessoas e seus sistemas vão se apoiar”, afirma o líder evangélico.  

Bispo, o senhor além de pregador da palavra de Deus, também é filósofo e físico. Como é caminhar entre a ciência natural e a fé que é algo sobrenatural?

Sinto como algo natural, porque são dois universos que se complementam. Enquanto a ciência responde sobre “como” o universo funciona, a fé aponta para o propósito da existência. Eles se complementam e isto torna a jornada mais emocionante.

Quais são as principais tentações que um líder religioso sofre quando tem a missão de orientar os seus fiéis da forma mais correta possível?

As nossas tentações neste mundo são sempre as mesmas. São aquelas que Jesus vivenciou quando foi tentado pelo Diabo, na “concupiscência dos olhos, na concupiscência da carne e no saber da vida”. A diferença de um líder para as demais pessoas, quando surge uma situação assim, é que a consequência de uma queda tem um estrago bem maior para o caso dele, porque atinge milhares de pessoas.

O senhor fala muito sobre liderança. Nos diga o que uma pessoa que quer ser um líder tanto no âmbito espiritual, como no âmbito empresarial e político, precisa ter para se tornar um e ter êxito na sua jornada.

Acho que as prerrogativas de um líder são várias, mas a base é ter um caráter fundado na confiabilidade. Ele é o alicerce em que as demais pessoas e seus sistemas vão se apoiar. Além do caráter, é preciso ter visão de futuro, ter carisma para motivar e apoiar as pessoas por aquele propósito que está pregando e transmitindo.

Em uma entrevista, o senhor afirmou que a origem do dinheiro se deu entre anjos e Lúcifer. Alguns leitores na época não entenderam muito o que quis dizer. Então se puder, nos explique melhor sobre esse tema.

Eu me baseio no texto de Ezequiel 28:3-15, que é um texto profético e atemporal, embora tenha seu contexto literal e óbvio, como as escrituras do Velho Testamento. E neste texto o Senhor diz, que a sabedoria e o conhecimento de Lúcifer trouxeram sua riqueza e seus tesouros, e eles corromperam seu coração. Então este conceito de acumulação de riquezas precede a história humana.

Quem olha “do lado de fora”, vê as igrejas evangélicas de certa forma muito desunidas. Não acredita que se houvesse mais união entre as mesmas, a nação se converteria de uma forma ainda mais rápida e abrangente?

É claro! Até porque Jesus nos diz, em Jó 17:2, que quando amamos uns aos outros, a partir disso, o mundo o conhecerá.

Qual a visão do senhor sobre a Teologia da Prosperidade?

Depende do conceito do que seja a Teologia da Prosperidade. Por exemplo, eu já encontrei pessoas que acham que se alguém está pobre, é porque está em pecado. Isso é um absurdo, uma arrogância. Por outro lado, Deus não criou a pobreza. Ela é resultado da distorção da administração humana. Mesmo em Israel, quando o Senhor dividiu à terra prometida, todos ganharam espaços proporcionais ao seu povo. Ou seja, todos tiveram o mesmo direito e o mesmo privilégio. Deus criou o homem no Éden, o jardim da plenitude e não no jardim da necessidade. No entanto, Paulo nos diz: “Sei estar contente em qualquer situação, tanto na abundância, quanto na necessidade”. É preciso sabermos viver sob essas duas condições.

Em 1992, junto com sua esposa Maria Lúcia Rodovalho, o senhor criou a Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra. Como foi o começo da igreja, até contar com os mais de 750.000 membros que têm hoje?

Sempre é muito difícil o início. Mas a cada passo e cada projeto implantado, avançamos para um estágio maior e mais impactante. Precisamos ter muita firmeza de propósito, porque os obstáculos a superar são imensos.

No ano 2000, sua igreja teve grande atenção da mídia, principalmente pelo número de famosos que frequentavam os templos. Alguns disseram que isso se dava porquê a Sara era tolerante na área dos costumes. Como viu esse fato?

Eu achei normal. Até porque as pessoas que entram na igreja em busca de Deus, vêm como estão. A transformação de suas vidas é uma consequência a posteriori. A Sara é uma igreja com valores e princípios cristãos muito sólidos e estabelecidos, apenas não é uma igreja legalista. Também acompanhamos o mundo em que vivemos, com a Palavra de Deus, com toda sua essência e sabedoria resguardadas, refletidas à luz do mundo que nos cerca.

Como vê a utilização dos meios de comunicações pelas igrejas evangélicas como um todo?

É muito importante e necessário. Estamos em um mundo midiático, e a mídia, na nossa sociedade, é um dos fatores que mais influenciam as pessoas. Se nós não ocuparmos esse canal, certamente o mal o fará. E fará isso com o seu propósito de destruição e morte.

Como enxerga o momento atual da política em nosso país, já que foi deputado Federal pelo PFL hoje Democratas?

Eu deixei o Democratas ainda quando deputado, fato esse que fez o partido pedir meu mandato. Graças a Deus não conseguiram, terminei bem. Não quis me candidatar novamente, embora esteja sempre muito bem colocado nas pesquisas eleitorais. E não quis por acreditar que o sistema político atual não responde mais aos anseios da sociedade. Precisamos de uma profunda reforma política, mas não vejo interesse dos partidos políticos para se mover nesta direção. Por isso não tenho interesse em me candidatar. Precisamos ter a coragem de fazer uma profunda mudança estrutural na política atual.

Para encerrar, eu gostaria que o senhor falasse de algo que ocorreu em sua vida e que fez crer que o caminho que estava seguindo era o correto.

Meu Deus! A cada dia tenho sinais que apontam a presença deste mundo invisível e espiritual que nos cerca. Essa demonstração tem me acompanhado ao longo da vida. A certeza da Palavra de Deus, da importância da igreja e da pregação do evangelho, tudo isso me ajuda a ter força para lutar, tanto pela nossa geração quanto por aqueles que nos sucederão.

Última atualização da matéria foi há 2 anos


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