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Rodrigo Suricato fala de multiplicidade na música

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Rodrigo Suricato é cantor, poeta, multi-instrumentista, produtor e compositor. Já lançou 3 discos solo, entre eles “Sol-te” vencedor do Grammy Latino em 2015. À frente do projeto que leva seu sobrenome “Suricato”, foi destaque em festivais como Rock in Rio e Lollapalooza, além de finalista do programa Superstar da Rede Globo, conduzindo o projeto a ser uma das principais referências brasileiras do folk-pop. Em 2015 foi o representante da nova safra no celebrado projeto Viva Rock Brasil, destacando-se no palco ao lado de Nando Reis, Paula Toller, Paralamas do Sucesso, Liminha, Dado Villa-Lobos entre outros, tocando e cantando para plateias de até 200.000 pessoas. Apontado como um dos mais talentosos guitarristas do país, já gravou com incontáveis artistas como Ana Carolina, Paulinho Moska, Zélia Duncan, Tiago Iorc, Fito Paez, além de fazer parte da banda da primeira edição do The Voice Brasil. Sua habilidade no instrumento já lhe rendeu o prêmio de melhor guitarrista brasileiro pela Gibson USA e revista Guitar Player no disputado Gibson Contest 2007. Sem abrir mão de sua carreira solo, em 2017 é convidado para uma das mais icônicas bandas do país, o Barão Vermelho, sucedendo Roberto Frejat nos vocais e guitarras, somando forças também como compositor na nova fase da banda que já teve Cazuza como vocalista. Atualmente o músico trabalha o seu disco “Na Mão as Flores”.

Rodrigo, como você encara o desafio em seu ofício?

Oscilando entre confiança e hesitação, sentindo-me uma farsa e uma luz na escuridão, descendo um corrimão na contra mão. Por aí.

Um músico deve sempre se reinventar em sua visão?

No meu caso, a arte me melhora. Quanto mais exercito coisas diferentes mais fico interessado na vida. A música me esculpe.

Em que momento de sua carreira essa reinvenção se fez mais presente?

Hoje eu tenho mais consciência disso que antes. Nunca pulei um degrau sequer nessa profissão. Sempre quis compor e cantar do jeito que faço hoje, sempre desejei tocar no meu disco tão bem quanto já fiz no disco alheio e consegui ser assertivo comigo mesmo como um produtor de fora. Estou pontualmente no meu caminho.

Como o autoconhecimento entra nessa “trilha?”.

Amo ser meu objeto de pesquisa, tenho enorme interesse pelas questões humanas. Eu realmente luto para evoluir como pessoa, pois, assim sou melhor pro mundo, nessa ordem. A análise me curou.

O que não pode faltar em suas canções?

Preciso acreditar no que canto e de instrumento bem tocado.

Uma frase sua: “um rei em potencial é um rei inútil”. Você já se sentiu assim?

Já. Conheço muitos “gênios” que se boicotam. Têm consciência do próprio talento, mas não tem coragem para lutar pelo que acreditam. Já me senti o torcedor amargurado da arquibancada, maldizendo o trabalho alheio até que um dia decidi ser o que gostaria de ver no mundo. Você é o que batalha para se tornar e é o que procuro fazer hoje.

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Em que momento acredita que se tornou um “rei útil?”.

Me tornei rei de mim mesmo quando assumi as responsabilidades do meu trabalho e parei de me vitimizar ou terceirizar insucessos. E principalmente quando disse não às relações que me puxavam pra baixo. Faço a música que consigo fazer e tudo que está ao meu alcance para viver de arte.

Você disse que está num momento muito significativo. Quais foram as bases para ter chegado a esse momento?

Não planejei, aconteceu dos caminhos se abrirem de alguma forma para o trabalho que realizo. Se eu soubesse a fórmula teria evitado enorme sofrimento. Mas em retrospecto, não tiraria uma churrascaria que toquei no meu início de carreira. Toda aquela humilhação e desvalorização me fez curtir mais o que tenho hoje e principalmente ser capaz de entrar pra cantar na banda que já cantou Cazuza com a maior segurança.

O que tem em “Na Mão as Flores” que só você vê e que gostaria que outros também pudessem apreciar?

Com modéstia e sinceridade, acho um baita disco folk-pop, com enorme complexidade instrumental, letras diretas e interessantes, contemporâneo na medida certa. Nada soa como ele por aqui. Tenho muito orgulho, valeu a pena ter quase enlouquecido durante as gravações.

Tocar guitarra nos discos de Zélia Duncan e Ana Carolina, fazer direção de show para Paulinho Moska e ser vocalista do Barão Vermelho, foram experiências que trouxeram quais pilares para o seu DNA artístico?

Liberdade. Ser pequeno, grande, inteiro e verdadeiro. Coadjuvante e estrela principal. Se eu fosse o artista mais bem pago do país ainda gostaria de fazer as mesmas coisas. Não dá pra ser uma coisa só em pleno 2019. A multiplicidade é um privilégio.

Última atualização da matéria foi há 2 anos


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