Paranaense de Imbituva, Roque Sponholz é conhecido por ser um crítico visceral do Governo do ex-presidente Lula e do Partido do Trabalhadores. Com a presidente Dilma Rousseff não tem sido diferente. Sponholz é arquiteto e urbanista formado na Universidade Federal do Paraná. Atualmente é professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa, onde leciona Planejamento Urbano e Desenho Técnico, talvez a atividade que lhe dê mais prazer. Para o famoso chargista Bira, o que Sponholz faz não é charge e sim uma baixaria pela baixaria, dizendo que falta discurso do opositor. Para os seus admiradores, ele é um gênio, sendo um dos poucos artistas que não se venderam ao Governo liderado pelo PT. “Este governinho salafrário que entupiu e ainda entope nossas artérias de automóveis, é pródigo em criar rótulos novos para velhos problemas como essa “mobilidade urbana”, substituindo o que sempre chamamos de “circulação” que nada mais é do que o “ir e vir”. O que esses pilantras querem é faturar em cima de concorrências fajutas para fajutos trens-balas, veículos leves sobre trilhos e outras picaretagens do gênero. (…) A política exercida com ética e com objetivo de atender aos justos anseios de um povo é nobre. Tudo que for ao contrário disto, é pobre. (…) Sem dúvida! A preocupação do partido corrupto que nos governa em querer controlá-la [imprensa] é prova disso”, afirma o chargista.
Como o senhor enxerga o planejamento urbano das cidades brasileiras de uma forma geral?
Infelizmente planos diretores viraram instrumentos politiqueiros quando deveriam ser essencialmente e unicamente técnicos. As boas soluções para os problemas urbanos estão jogadas e esquecidas dentro de gavetas.
O senhor sempre se mostrou favorável ao transporte público eficiente, mas como criar essa consciência em um país onde ter um carro mesmo que seja em 48 prestações se tornou uma verdadeira obsessão?
Só com um Governo sério e competente. Com o Governo que temos, não criaremos essa consciência nunca.
Quando os políticos brasileiros dizem de boca cheia sobre problemas de mobilidade urbana, eles realmente sabem do que estão falando?
Este governinho salafrário que entupiu e ainda entope nossas artérias de automóveis, é pródigo em criar rótulos novos para velhos problemas como essa “mobilidade urbana”, substituindo o que sempre chamamos de “circulação” que nada mais é do que o “ir e vir”. O que esses pilantras querem é faturar em cima de concorrências fajutas para fajutos trens-balas, veículos leves sobre trilhos e outras picaretagens do gênero.
Como está vendo a polêmica do banheiro público transparente do Conservatório de Música de sua cidade, que está tendo uma grande repercussão internacional pelo alto valor que foi investido, além da excentricidade notória da obra?
Visivelmente uma prova do dinheiro público indo para o ralo, para a cloaca.
A política é mais feia do que se parece quando está “lá dentro”, ou ela é realmente o que se mostra para o público em geral, já que teve uma experiência como vereador?
A política exercida com ética e com objetivo de atender aos justos anseios de um povo é nobre. Tudo que for ao contrário disto, é pobre.
Você disse que era lamentável um país ter como presidente um senhor que não sabia dirigir ao menos um carrinho de pipocas. Lula foi uma péssima escolha para o país?
Seus oito anos de “Governo” só vieram provar que eu estava certo. A sua marionete vai completar o serviço quebrando o carrinho.
Dilma Rousseff é mesmo um poste como muitos a descrevem, ou o senhor encontra alguma qualidade na atual presidente da República?
Ela é uma simples marionete.
Como vê a oposição do país neste momento?
Vergonhosamente ajoelhando-se cada vez mais a este desgoverno. Lamentável.
Em sua visão, a imprensa é mesmo o quarto poder?
Sem dúvida! A preocupação do partido corrupto que nos governa em querer controlá-la [imprensa] é prova disso.
O senhor afirma que uma charge sem crítica não é charge, ou seja, tornou-se piada de salão em seu modo de ver. Existem muitas piadas de salão nas publicações nacionais?
Existe, principalmente naquelas que sobrevivem graças a verbas publicitárias do Governo.
Em uma certa ocasião, alguém lhe perguntou se o Brasil era um rascunho ou uma arte final. O senhor respondeu sem titubear que era um garrancho. O Brasil ainda é um garrancho?
Um enorme garrancho cada vez mais difícil de apagar.
O diálogo que tem com seus alunos sobre Planejamento Urbano, ainda é o trabalho mais prazeroso para o senhor como disse em uma certa ocasião?
Infelizmente estou deixando esse convívio prazeroso e profícuo. Este ano solicito minha aposentadoria.
Pretende ser criativo, criador de brigas e confusões, não fugindo delas, até quando?
Até quando a saúde me permitir.
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