A história da música brasileira está repleta de bandas e artistas que marcaram época, mas poucos conseguiram atingir o status de ícones como o RPM. Com uma trajetória marcada por sucessos estrondosos, controvérsias, e infelizmente, o drama das drogas, o RPM foi muito mais do que uma simples banda de rock. Neste texto, vamos explorar a ascensão meteórica do grupo, suas lutas internas, os momentos de glória e os desafios enfrentados, inclusive os relacionados ao abuso de substâncias.
O RPM, sigla para Revoluções Por Minuto, foi formado em 1983, na cidade de São Paulo, por Paulo Ricardo, Luiz Schiavon (1958 – 2023), Fernando Deluqui e P.A. Pagni (1958 – 2019). Com uma mistura única de rock, new wave e pop, o grupo rapidamente ganhou destaque no cenário musical brasileiro. Seu álbum de estreia, “Revoluções Por Minuto”, lançado em 1985, foi um sucesso instantâneo, catapultando a banda para o estrelato. Músicas como “Rádio Pirata” e “Louras Geladas” se tornaram hinos de toda uma geração.
Com o sucesso avassalador do álbum de estreia (com a orientação do grande empresário Manoel Poladian), o RPM alcançou um patamar de fama que poucos artistas brasileiros haviam experimentado até então. Shows lotados, prêmios e reconhecimento da crítica se tornaram rotina para a banda. No entanto, com a fama vieram também as pressões do estrelato. Os membros do RPM se viram submersos em uma rotina exaustiva de turnês, gravações e compromissos promocionais, o que começou a cobrar seu preço tanto na vida pessoal quanto na saúde mental dos integrantes.
Infelizmente, o sucesso do RPM também foi acompanhado por uma sombra obscura: o abuso de substâncias. Nos bastidores, enquanto o público aplaudia, os membros da banda enfrentavam seus próprios demônios. O consumo de drogas, especialmente cocaína, começou a minar a estabilidade do grupo. Conflitos internos, desavenças e tensões surgiram, colocando em xeque o futuro do RPM.
A carreira do RPM foi marcada por altos e baixos. Enquanto lançavam álbuns de sucesso e lotavam estádios, os problemas nos bastidores ameaçavam constantemente desestabilizar o grupo. Em meio a isso, mudanças na formação da banda também ocorreram, com saídas e entradas de membros. Momentos de euforia eram seguidos por períodos de incerteza e dificuldades, deixando os fãs e os próprios integrantes em suspense sobre o que viria a seguir.
Apesar dos desafios enfrentados, o RPM não se deixou abater. Em meio a crises e controvérsias, a banda buscou constantemente se reinventar musicalmente. Novos álbuns foram lançados, explorando diferentes sonoridades e abordagens artísticas. A busca pela redenção era constante, tanto perante o público quanto entre os próprios membros do grupo, que lutavam para superar os obstáculos do passado e retomar o rumo.
Apesar das controvérsias e dos percalços ao longo da carreira, o RPM deixou um legado musical na cultura brasileira. Suas músicas continuam sendo ouvidas e admiradas por diversas gerações, e sua influência pode ser sentida em inúmeros artistas contemporâneos. O grupo abriu caminho para uma nova era na música brasileira, provando que era possível fazer rock com letras em português e conquistar o coração do público nacional.
A trajetória do RPM é uma saga épica que encapsula os altos e baixos do mundo da música. Do sucesso estrondoso às lutas internas, das drogas aos momentos de redenção, a banda atravessou um verdadeiro turbilhão de emoções ao longo de sua jornada. No entanto, seu legado perdura, lembrando-nos do poder transformador da música e da resiliência humana diante das adversidades. O RPM pode ter tido vários fins, mas sua música continua ecoando, inspirando e emocionando gerações.
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