Categories: Economia

Stoque expande atuação no mercado financeiro

Compartilhe este conteúdo com seus amigos. Desde já obrigado!

A Stoque, empresa de soluções de automação digital para processos e documentos, anuncia sua nova estratégia de negócio para fortalecer a atuação na digitalização do mercado financeiro. A empresa, que faturou R$78 milhões em 2021, pretende triplicar de tamanho até 2025, e projeta investir mais de R$100 milhões em novas tecnologias e iniciativas de crescimento orgânico e também inorgânico, por meio de aquisições estratégicas nos próximos anos. O novo posicionamento, que também inclui rebrand e inauguração de nova sede, faz parte da estratégia de expansão da Stoque, que tem como objetivo ampliar a sua oferta de soluções de automação digital para o mercado, em especial o financeiro, no segmento de crédito – uma das principais verticais atendidas pela companhia. Atualmente, a empresa possui na carteira mais de 230 clientes, entre eles grandes bancos, tradicionais e digitais, além de outras instituições financeiras, empresas de educação e serviços. “A pandemia acelerou a transformação digital de vários setores. A Stoque, que já acompanhava esse movimento antes da crise, conseguiu oferecer aos seus clientes soluções tecnológicas capazes de impulsionar sua transformação e crescimento. Essas mudanças do cenário macro foram fundamentais para a revisão da nossa estratégia e projeções, combinando as necessidades do mercado e a nossa capacidade de gerar valor”, avalia Thiago de Assis, CEO da Stoque.

Thiago, como surgiu a Stoque?

A Stoque foi fundada em 2003, em Belo Horizonte (MG), por sócios que trabalhavam juntos na Xerox. A empresa nasceu quando o mercado de automação ainda andava a passos lentos e, na época, seu forte era o outsourcing de impressão. Com a demanda do serviço de digitalização aumentando, a Stoque desenvolveu um software próprio para o armazenamento de documentos, o Ábaris, hoje uma plataforma cloud de gestão de conteúdo (ECM) e que permite automatizar e gerenciar fluxos de trabalho (BPM).

Em 2017, criei a Kinase Investments, um fundo de investimentos search fund, com investidores do Brasil e do exterior. Após analisarmos mais de 400 empresas com grande potencial de crescimento, adquirimos a Stoque por R$ 74 milhões. Enxergamos a existência de diversas variáveis que foram decisivas para a aquisição, como contratos recorrentes de longo prazo, rentabilidade atrativa, histórico de crescimento e exposição a tendências favoráveis. Desde então, na Stoque investimos mais intensamente na área de gestão e cultura e no desenvolvimento de tecnologias de automação para atender as demandas do mercado.

Quais os grandes pilares da empresa?

Aqui na Stoque acreditamos que os principais pilares para garantir o crescimento sustentável e de longo prazo são nossos clientes, garantindo um bom relacionamento e entrega de resultado; nossas pessoas, estabelecendo uma cultura meritocrática que permita que todos atinjam o seu máximo potencial e sejam reconhecidos por isso; foco na gestão do negócio e no atingimento do lucro e constante superação de desempenho do negócio. Isso nos trouxe até aqui e, em conjunto com os valores corporativos, nos leva a saltos cada vez mais altos.

O que norteia a atuação da Stoque em seu mercado de atuação?

Acreditamos que simplificar é o caminho inevitável para a evolução, essa premissa norteia toda a tomada de decisão, desde o desenvolvimento de novas soluções e propostas para os clientes, até mesmo a revisão de processos internos da Stoque. Buscamos simplificar processos complexos dentro das organizações para torná-las mais eficientes, escaláveis e seguras. Assim, estabelecemos uma relação de parceria com os nossos clientes, fazendo com que a transformação digital seja o caminho para garantir os resultados desejados.

Como funciona o negócio, na prática?

A Stoque oferece soluções de automação para processos e documentos. Grandes empresas, como instituições financeiras, possuem atividades intensivas em documentos, geralmente em seu back office. Um exemplo é o processo de concessão de empréstimos a clientes, que envolve um número grande de documentos. Essas atividades são intensivas em mão de obra e, basicamente, o que fazemos é ajudar as empresas a reverem essas operações usando tecnologia, substituindo uma mão de obra humana por uma mão de obra digital. Assim, ajudamos o nosso cliente a melhorar a experiência do cliente dele, a aumentar a eficiência operacional e rentabilidade e a melhorar a segurança dos processos.

Oferecemos ao mercado de serviços que incluem Automação as a Service (AaaS), Business Process as a Service (BPaaS) e soluções de impressão digital; além de plataformas digitais, como o software Ábaris e as plataformas de crédito e de onboarding de clientes.

Uma das principais verticais que atendemos é o setor financeiro. No segmento de crédito, possuímos uma plataforma de automação de crédito, que digitaliza a esteira de análise e formalização dos pedidos de empréstimo. Com isso, somos responsáveis pela formalização de operações de crédito consignado e imobiliário de grandes bancos do país, ajudando nossos clientes a aumentarem a eficiência, reduzirem o tempo de análise e custos da operação.

A Stoque passou com êxito pela pandemia?

Antes da pandemia, grande parte das empresas ainda realizavam seus processos de forma muito manual e presencial. Com o distanciamento social, diversos departamentos dentro de uma companhia, desde o RH até o atendimento ao cliente, precisaram se adaptar rapidamente ao meio digital. A crise sanitária acelerou essa tendência, que já existia, mas ainda caminhava de forma lenta. A Stoque já vinha ajudando na transformação digital dos clientes e, com isso, conseguimos oferecer produtos, serviços e tecnologias que permitiram, do ponto de vista operacional, ajudar nossos clientes durante esse desafio.

O mercado financeiro, um dos principais de atuação da Stoque, foi altamente impactado e precisou dar um salto em termos de evolução tecnológica. Nossos clientes foram obrigados a fecharem as agências e muitos processos, como o de empréstimos, precisaram ser feitos por meio de canais digitais. Por termos as ferramentas adequadas, o que o banco demoraria para fazer, conseguimos colocar em funcionamento em poucas semanas. Com o aumento na demanda por automação e tecnologias capazes de atender ao consumidor com rapidez e segurança, os negócios da Stoque foram impactados de forma positiva.

E assim como os nossos clientes, os últimos dois anos foi um período de muitas transformações internas também. Mudamos a composição do time de executivos e de profissionais e implantamos novas tecnologias ligadas a hiperautomação e Inteligência Artificial.

Quais os maiores obstáculos que a empresa teve que superar para se estabelecer nesses seus 20 anos de existência?

A transformação definitivamente é o elemento chave para o nosso crescimento sustentável e de longo prazo. Aprender com as mudanças do mundo nos fez evoluir, de dentro para fora, da impressão e digitalização do papel até a criação de alta performance em nuvem.

Por que a empresa tem se voltado cada vez mais para o mercado financeiro?

A Stoque tem uma tradição de atender o segmento financeiro, com clientes que já estão conosco, há mais de 10 anos. Atualmente, temos na carteira mais de 230 clientes, entre grandes bancos tradicionais e digitais, mas também importantes empresas da área de serviços, educação e indústrias. As soluções de automação são muito agnósticas em relação a setores, porque é possível automatizar processos independentemente do ramo de atuação do cliente.

No entanto, comercialmente, um dos mercados que observamos como uma grande oportunidade é o de automação para crédito, que no Brasil é pouco penetrado e tem crescido muito rapidamente. De um lado temos os grandes players que precisam mudar seus modelos operacionais, e de outro temos um número grande de fintechs buscando ganhar mercado. As fintechs precisam de automação para serem capazes de escalar. Um banco que hoje está sofrendo com a perda de clientes para novos entrantes, não consegue mudar seu modelo operacional sem pensar em automação. Por isso, é um mercado que gostamos bastante e hoje os setores financeiro e de serviços são as nossas principais verticais.

O crescimento inorgânico foi fundamental para o crescimento da empresa?

Nos quase 20 anos de companhia, o crescimento da Stoque foi totalmente orgânico, através da evolução de nossas soluções e inserção em novos mercados, entretanto, não descartamos a possibilidade de investimentos em aquisições para atingirmos nossas ambições de crescimento do negócio de agora em diante.

Quanto uma empresa perde sem uma automação digital atualmente?

Perde em eficiência operacional, em redução de custos e na melhoria da segurança das informações, controle e compliance. A automação tem o papel de reduzir alguns desses problemas. No entanto, algumas empresas ainda têm uma cultura analógica muito forte, principalmente em grandes companhias de setores tradicionais. Um dos maiores desafios que as empresas enfrentam é a dificuldade de priorizar recursos e coordenar esforços para uma migração ao ambiente digital de forma mais consistente e estruturada. Para que uma empresa possa se transformar digitalmente e escalar seu negócio, ela precisa de suporte e apoio nessa mudança, com investimento na implementação de tecnologias para digitalizar e, consequentemente, otimizar seus processos.

Quais os processos de uma empresa devem ser automatizados “sem pensar?”.

Processos intensos em documentos e em atividades repetitivas. Pode ser desde o uso de RPA (Automação de Processos Robóticos), que consiste em colocar um robô para substituir tarefas humanas repetitivas e de baixo valor agregado, até soluções cognitivas, onde conseguimos substituir algumas das atividades que tradicionalmente são realizadas por humanos, por exemplo, a extração de informação de um sistema para outro, a validação de uma determinada atividade. Atualmente, com a hiperautomação, estamos entrando num terceiro grupo de atividades, que começamos a prover ao cliente informações que ajudam ele na tomada de decisões estratégicas.

O que a Stoque vislumbra para os próximos meses de 2022?

A demanda por digitalização e automação de processos segue em uma escala de forte crescimento em 2022, estimulando o desenvolvimento acelerado das tecnologias e trazendo grandes benefícios para as empresas usuárias. Para a Stoque, as perspectivas são muito positivas. Por isso, vamos dar continuidade ao que já estávamos fazendo com relação ao desenvolvimento de tecnologia, de atração de pessoas e, principalmente, investimento em crescimento orgânico.

Por outro lado, observamos que o mercado brasileiro ainda é pouco consolidado quando olhamos para automação digital. Existem players bastante qualificados que podem oferecer soluções complementares às nossas para reforçar o nosso portfólio e pretendemos realizar algumas aquisições de modo a completar até 2025 o nosso objetivo que é mais que triplicar de faturamento.


Compartilhe este conteúdo com seus amigos. Desde já obrigado!
Espaço Publicitário:

Recent Posts

As 15 maiores orgias de toda história mundial

Ao longo da história, as celebrações e eventos excessivos refletem os costumes e valores de…

2 minutos ago

O estado do Mato Grosso está à venda?

Nos últimos anos, o Mato Grosso tem despertado a atenção de investidores e especialistas em…

8 horas ago

Latininho: o grande escorregão de Faustão

A década de 1990 foi um marco na televisão brasileira. A disputa pela audiência entre…

16 horas ago

Patrizia Reggiani: Gucci e sangue nas mãos

No cenário do luxo e da alta moda italiana, poucos nomes carregam tanto peso e…

1 dia ago

A vida inconvencional do criador do sanduíche

A figura de John Montagu, o 4º Conde de Sandwich, é mais associada à invenção…

1 dia ago

Os pilares da chamada sororidade feminina

A sororidade é um termo relativamente recente, que surgiu do crescente movimento feminista e busca…

2 dias ago