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As interessantes ideias de Maryana Rodrigues

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Maryana Rodrigues é fundadora da HumorLab. Trabalhou como instrutora recreativa na Disney e foi estudar mais sobre Stand-up Comedy para entender como roteirizar o humor, com conteúdo, e levar para as empresas. Especializou-se no tema de inteligência emocional (Vale do Silício, Califórnia). O laboratório do humor (HumorLab) trabalha temas como autoconhecimento, comunicação, criatividade e liderança (influência positiva). Um estudo da Robert Half descobriu que 91% dos executivos acreditam que o humor é importante para o avanço na carreira, assim como 84% acreditam que, em nível organizacional, as empresas estão aderindo ao que elas próprias chamam de “a vantagem do humor”. “É preciso que a empresa dê a cutucada inicial para que se abra um ambiente confortável e seguro para falar se si mesmo, para errar rápido, para deixar a curiosidade sempre ativa para os colaboradores imaginarem o não óbvio, para entregarem resultados, mas rápido e de uma maneira mais saudável. Para melhorar o mercado, atingir o cliente, primeiro, a marca deve ser capaz de atingir com leveza a pessoa que a desenvolve. Nutrir para, assim, estimular o colaborador a trazer a personalidade dele de domingo na segunda também, sem personagem ou fantasia. Pessoas de verdade criam marcas e geram impactos verdadeiros para o mundo”, afirma a CEO da HumorLab para o portal Panorama Mercantil.

Maryana, o foco em pessoas torna-se urgente para as empresas no século XXI?

Sim, a ansiedade endereça o nosso cérebro ao futuro, criando perspectivas e levando a cenários que muitas vezes não existirão. De acordo com a OMS, o Brasil é o maior, no mundo inteiro, com 9,3% de pessoas que sofrem com algum tipo de transtornos de ansiedade, e o quinto com 5,8% de diagnosticados com casos de depressão. Esse número é apenas os que procuram ajuda, fora o que não sabemos. Dito isso, vejo uma urgência em trazer as pessoas para viverem o presente, aqui e agora.

Por que esse foco ainda é mais nos resultados e menos nas pessoas?

Vivemos uma realidade capitalista, ainda temos muitos boletos para pagar se quisermos saúde e educação de qualidade. Como escrevi num artigo recente, para melhorar o mercado e atingir o cliente, primeiro, a marca deve ser capaz de atingir a pessoa para, depois, pensar em resultado. Se essa inversão acontecer, os resultados virão naturalmente, assim como o engajamento com a empresa, com os seus pares e líderes. Funcionários são, antes, pessoas. A personalidade deles de domingo deve ser a mesma na segunda, sem personagem ou fantasia. Pessoas de verdade criam marcas e geram impactos verdadeiros para o mundo. Então, não acredito que deixaremos de falar de resultados tão cedo.

Isso vem mudando?

Aos sorrisos alcançados, posso dizer que está mudando sim e para melhor. No ano passado impactamos cerca de 25 mil pessoas, com zero feedback negativo. Vejo a mudança na saúde das equipes, o que a torna mais unida e saudável.

Como as empresas podem ajudar as pessoas para sua autorrealização pessoal?

Possibilitando ambientes que recebem bem os erros, isto gera uma sensação de segurança. Quando temos um ambiente seguro para errar, estamos mais sujeitos a sermos de verdade, não criando personagens que pesam para carregar por muito tempo. Além de gerar uma sensação de pertencimento, gera inovação, pois, quanto mais rápido você erra, mais rápido acertará.

É possível conciliar amor e competitividade num ambiente de trabalho de alto desempenho?

Sim! Quando se gera um pertencimento a organização, geramos um incentivo comunitário. Antes de um time, existe um único grupo que compete com o mercado.

Qual a importância dos líderes para esse ecossistema?

São o espelho da equipe, más condutas são espelhadas assim como parceria, gentileza e celebração também. Precisamos incentivar os líderes a se mostrarem vulneráveis, para gerar mais empatia com o grupo. E criar essa licença poética ao erro.

Quando uma liderança se torna frágil nesse ambiente?

Todos passaremos por momentos frágeis, é preciso reconhecer e aceitar estes momentos. Se o grupo está alinhado e pertencente ao objetivo comum do líder, esses liderados auxiliam nessa retomada a estabilidade.

Essa fragilidade pode esconder falhas de autoconhecimento?

Não acredito que seja falha de autoconhecimento, todos podemos ser frágeis. O que vejo é a ausência de consciência diante dessa fragilidade. Se temos um potente autoconhecimento de nós mesmos, reconhecemos a fragilidade, acolhemos aquele momento e já endereçamos uma atitude. Quando não temos autoconhecimento e consciência de nós mesmos, quando a fragilidade vem, não sabemos como e para quem endereçar, assim há uma estagnação, perpetuando a fragilidade por mais tempo. Marshall Rosenberg, o pai da comunicação não-violenta diz: “Que não somos conscientes das nossas necessidades, tomamos atitudes violentas. O que pode afastar a equipe. Então é preciso estar consciente de todos os sentimentos, para mudarmos de atitude quanto antes”.

Você já afirmou que não tivemos formação emocional e social nem na escola e muito menos nas universidades. Como podemos obter essa formação social e emocional sem atropelos?

Dar o play, começar, ler, estudar, se conscientizar. Sei que quando não estamos sofrendo, não buscamos este tipo de informação. Só vamos buscar quando dói, então se está doendo, vá buscar apoio. Primeiro de um profissional como terapeutas e psiquiatras. Em paralelo busque ler sobre autoconhecimento e buscar o exercício que funcione para a sua cura. Não há fórmulas ou caminho iguais a todos.

Quais pilares norteiam a atuação da consultoria HumorLab no mercado?

Bem-estar, consciência e leveza para os conteúdos de: Autoconhecimento, Comunicação, Criatividade e Liderança. Estamos registrando a palavra Humorologista para a minha entrega, pois, diferente do humorista, que entrega a piada pronta, o humorologista eleva a sensação de bem-estar da sua audiência. O público não precisa rir necessariamente para estar com a sensação de bem-estar elevada.

O que a consultoria espera realizar no ano de 2020?

Queremos impactar cada vez mais pessoas, para que elas vivenciem que dá pra “falar sério sem ser sério”, e apliquem no dia a dia delas. Para 2020, além de já começarmos a levar este conteúdo para professores em escolas, estamos planejando ações sociais, para um público periférico que não acessa este tipo de conteúdo de autoconhecimento.

Última atualização da matéria foi há 2 anos


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