Categories: Economia

Vellore Ventures mostra força no ramo das matcons

Compartilhe este conteúdo com seus amigos. Desde já obrigado!

O Grupo Vellore, paranaense dos segmentos de iluminação e ferramentas para construção civil e jardinagem, lançou uma venture builder voltada para o varejo e mercado de construção B2B em conjunto com a FCJ Venture Builder, baseada em Belo Horizonte. A Vellore Ventures tem como objetivo desenvolver negócios do setor de materiais de construção até atingirem rodadas de investimento série B ou C. À frente do projeto está Patrícia Zanlorenci, CEO do braço de inovação do grupo. Segundo a executiva, o segmento-alvo da companhia é o segundo mais atrasado no Brasil, logo atrás da mineração. No longo prazo, a meta da venture builder é alcançar um portfólio de 30 startups em cinco anos, com o valor de mercado de R$ 60 milhões cada, totalizando R$ 1,8 bilhão. “O maior desafio é mudar o mindset do mercado e encontrar 30 startups realmente comprometidas em sanar as nossas dores. Identificar startups que, de fato, resolvam as dores do mercado e convençam os futuros clientes a consumirem o produto”, analisa a executiva. Com sede em Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, o Grupo Vellore foi fundado em 1997 e é composto pelas marcas Foxlux, do segmento de iluminação, ferramentas, materiais elétricos e utilidades, e Famastil, de ferramentas para construção civil e jardinagem. A companhia começou apenas como Foxlux, evoluindo para Grupo Foxlux diante do objetivo de expandir a presença em outros segmentos.

Patrícia, como o mercado matcon tem desenvolvido em nosso país?

O mercado de matcon cresce constantemente. De acordo com um levantamento realizado pela Associação Nacional de Comerciantes de Materiais de Construção (Anamaco) em parceria com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), o varejo da construção civil cresceu significativamente no ano de 2021, em torno de 16%, chegando a R$221,5 bilhões. Em 2019, foram 11% de aumento.

Para 2022, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) projeta aumento de 13,5%, estimativa maior que a do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma das riquezas produzidas pelo país. Além disso, hoje o segmento emprega 692,2 mil pessoas.

Quais os grandes pontos de sustentação desse mercado?

O otimismo vem também em decorrência de mais dinheiro em circulação por conta do Auxílio Brasil; do saque aniversário do FGTS; do pagamento do 13º salário (nos âmbitos federal, estadual e municipal), entre outros.

A retomada de projetos de grandes empresas que paralisaram em razão da pandemia também é uma das principais razões pelo crescimento deste mercado.

Como ele [mercado] passou pela fase mais aguda da pandemia?

Na contramão do que aconteceu em outros setores da economia, o setor de matcon cresceu. As pessoas, ao ficarem mais restritas a suas casas, perceberam a necessidade de pequenas reformas, seja para ter um home office ou mesmo melhorar o próprio lar que antes talvez não tivesse tanta atenção.

Quais são os caminhos para atingir a liderança desse mercado?

Como em qualquer mercado, existem alguns pontos que são indispensáveis para assumir a liderança. Dentre eles:

A definição de diretrizes e metas para saber onde se quer chegar. Em paralelo, desenvolver OKR´s e KPIs e acompanhá-los com frequência para fazer os ajustes necessários na rota;

Desenvolver uma comunicação efetiva para engajar colaboradores, clientes e demais stakeholders envolvidos no processo. Isso envolve também um processo de transparência, clareza e objetividade;

Ter uma excelente estratégia de marketing não apenas para adquirir novos clientes, mas também para aumentar o lifetime value dos já presentes com estratégias de customer success;

Investir em inovação e tecnologia tanto nos processos internos para ganhar escala e recorrência, bem como no desenvolvimento de novos produtos que trazem economia e também conscientização do uso de recursos, visando já olhar cauteloso para a questão ESG que vem crescendo no mercado e nos consumidores.

Depois dessa liderança atingida, como manter?

Um bom planejamento estratégico é acompanhado de métricas e plano de ação de acompanhamento do processo. Através deste acompanhamento é possível saber como está a evolução da liderança e quais são as ações necessárias para manter e continuar crescendo.

Foi com essas premissas que a Vellore se estabeleceu?

A Vellore Ventures nasceu com o propósito de revolucionar o mercado com Inovação e tecnologia. Para isso, desenvolvemos um planejamento estratégico robusto que envolve uma série de metas e indicadores para acompanharmos a evolução de nosso negócio. A comunicação entre a nossa equipe, com nossos investidores, conselho e startups é clara e transparente. Inclusive utilizamos de alguns sistemas internos que permitem que tanto o Grupo Vellore acompanhar nosso negócio de perto, assim como disponibilizamos a nossas startups o mesmo modelo de gestão. Desenvolvemos um planejamento de marketing extremamente minucioso focando tanto em trazer startups para se cadastrar em nosso site como para atrair investidores para nosso negócio. A prova disso foram os resultados recentes que percebemos do mercado. Já fomos procurados para parceria com a Endeavor, a revista Forbes nos procurou para conhecer mais sobre o que estamos construindo para 2023 e, inclusive, fomos convidados por outras Venture Builders para explicarmos como estamos desenvolvendo nosso Planejamento Estratégico e de Marketing.

Quais são os principais pilares da Vellore?

Nossos principais pilares na Vellore Ventures são:

Transparência na Comunicação; Responsabilidade; Valorizar quem faz a nossa empresa; Inovação e paixão pelo segmento.

Por que esses pilares são tão importantes para a manutenção do negócio?

Esses pilares são os que guiam cada decisão, conversa e ação por parte de nossa equipe. Através destes pilares bem estabelecidos, nosso planejamento estratégico estará sendo cumprido e poderemos trazer os resultados esperados pelos nossos investidores.

O crescimento das matcons também é explicado com a ressignificação do morar?

Sim, o crescimento de matcon é também explicado pela ressignificação do morar, conforme comentado anteriormente. As pessoas passaram a ficar mais em casa, o estilo de trabalho mudou e, por isso, também, o setor de matcon vem em uma crescente constante.

Essa ressignificação é algo duradouro e que veio para ficar?

Com a mudança no mercado de trabalho, posições híbridas e vagas em home office, acredito que seja um movimento sem volta.


Compartilhe este conteúdo com seus amigos. Desde já obrigado!
Espaço Publicitário:

Recent Posts

Arquimedes: sua alavanca moveu o mundo?

O conceito de alavanca, que remonta à Grécia Antiga, é frequentemente associado ao matemático e…

3 horas ago

Stephen King: e se não fosse ‘santa’ Tabitha?

Stephen King é uma das figuras mais reconhecidas da literatura contemporânea, autor de best-sellers e…

9 horas ago

Oportunidade para adquirir Cervejaria Malta

A Cervejaria Malta, localizada em Assis, interior de São Paulo, foi uma das pioneiras no…

15 horas ago

Elize Matsunaga: Yoki, caça e um esquartejo

A história de Elize Matsunaga é uma das mais chocantes do Brasil, envolvendo traição, luxúria,…

21 horas ago

Tipos de sonhos e significados: o que seu subconsciente diz?

Os sonhos sempre intrigaram a humanidade. Ao longo dos séculos, eles têm sido vistos como…

1 dia ago

Keith Haring: talento nato e um fim prematuro

Keith Haring foi um dos artistas mais icônicos da década de 1980. Seu trabalho, vibrante…

1 dia ago