A Watch Brasil é um marketplace agregador de conteúdos e que oferece os aplicativos Noggin (da Viacom) e conteúdos exclusivos da AwesomenessTV e proporciona aos provedores de internet (ISPs) soluções em SVOD (Subscribed Video on Demand), TVOD (Transational Video on Demand) entre outros. A solução oferece catálogos de vídeos de estúdios de Hollywood e trabalha com tecnologia de ponta (tem Akamai e Kaltura como parceiros tecnológicos) e análise de dados (Big Data e Business Analytics) para prover conteúdo aos assinantes. Também fornece aos ISPs conteúdos em séries e filmes por catálogo (SVOD) e lançamentos de filmes em locação de 48h (TVOD) para que os provedores de internet ofereçam o serviço aos seus clientes. Os títulos oferecidos são da Sony Pictures, Paramount +, BBC e Noggin (Nick Jr.). Com mais de 100 mil assinantes, a startup oferece mais de 3.000 horas de episódios de séries, filmes, títulos de estúdios independentes, infantis e lançamentos para locação e possui mais de 160 provedores de internet como clientes. A iniciativa é de dois empreendedores brasileiros, Aryldo Zocante Cardoso (um conferencista da área tributária) e de Maurício de Almeida (ex-sócio do ISP Nova Telecom). “Os dados brasileiros são imprecisos, mas podemos ver pela demanda sobre nosso produto que é algo que veio para ficar. Ainda temos muito a fazer”, afirma Maurício Almeida.
Maurício, o conteúdo ainda é o rei da comunicação no século XXI?
Mais que o conteúdo, o contexto que é criado. Temos vários exemplos de ótimos conteúdos que não fazem sucesso, mas se a comunicação em torno de determinado conteúdo for bem feita ele tem mais chance de fazer sucesso. Por conta dos algoritmos de sugestão, o conteúdo mediano que atende a maioria tem mais chances que outros.
Já foi dito que estamos vivendo no século das incertezas e do caos. Como o conteúdo será o grande regimentador de todo esse caos, principalmente nas plataformas digitais?
Creio que é o contrário, todo mundo tem muita certeza de muita coisa, principalmente dentro de suas bolhas, isto é o caos organizado, dentro de sua bolha tudo parece perfeito, mas há muita intolerância entre as bolhas. A questão é transpor as barreiras, e há muito conteúdo que consegue, e os antagônicos creem que determinado conteúdo é dele ou do outro (como discussões se o Nazismo é de direita ou de esquerda).
Como surgiu a ideia da Watch Brasil?
Eu era gestor de um provedor de acesso no interior do Paraná e há alguns anos buscava algo além da banda larga para oferecer aos nossos clientes. O que era óbvio na ocasião seria telefonia fixa e TV a cabo, a telefonia já estava com os dias contados e a TV a cabo muito caro para projetos com menos de 100.000 assinantes. Foi então que nas minhas viagens às feiras e congressos encontrei a indústria de Vídeo sob Demanda nascendo e vi ali um grande potencial. Pouco tempo após vender minha participação no provedor, achei que seria o momento ideal para me lançar nesse projeto.
Quais os pilares que moldam a visão da plataforma?
Experiência do usuário e conteúdo relevante. Para isso TI é muito importante. Você começa assistindo um conteúdo no mobile dentro do metro e acaba de assistir em sua casa numa TV de tela grande. Temos que ter todo o ecossistema resolvido, a maioria de devices integrados dando uma experiência única. Soma-se a isso conhecer cada vez mais e entender o consumo dos nossos Watchers (observadores) para sugerir conteúdos cada vez mais relevantes para eles.
Qual o grande diferencial da plataforma que você poderia destacar?
Integração. Temos certo que em pouco tempo com a oferta cada vez maior de aplicativos de vídeo os usuários vão querer encontrar e gerenciar tudo num único lugar, como senhas, pagamentos, etc.
Quais os números globais do mercado de Vídeos sob Demanda no mundo?
A receita no segmento de Video on Demand foi de mais de 32 bilhões de dólares em 2019.
Como o Brasil está inserido neste mercado?
Os dados brasileiros são imprecisos, mas podemos ver pela demanda sobre nosso produto que é algo que veio para ficar. Ainda temos muito a fazer. Conversamos com os estúdios e todos dizem que o Brasil está entre os maiores mercados para eles…
O que podemos esperar do VOD em 2020?
Muitos lançamentos de plataformas e de grandes players entrando no mercado.
Como o Big Data ajuda no refinamento do conteúdo da Watch Brasil?
Ajuda muito. Temos que ter isso em mente, a relevância do que sugerimos aos nossos assinantes estão no refinamento das informações que recebemos deles. É de extrema importância!
A Watch Brasil tem a ambição de superar os grandes players do mercado ou sua forma de atuar será diferente em algum ponto no que diz respeito aos resultados esperados?
Não fazemos vendas diretas somente através de ISPs. Hoje estas empresas juntas somam mais de 22 milhões de assinantes no Brasil, então nosso potencial é muito grande. Como não temos acesso aos números dos nossos concorrentes não consigo dizer se podemos ultrapassá-los.
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