No mercado digital e da Inteligência Artificial, em um ambiente até então dominado majoritariamente por homens, destaca-se a crescente valorização das mulheres nas empresas do ramo de tecnologia, enfatizando a importância da inclusão e buscando romper com a tradicional predominância masculina nos cargos de liderança.
No Estado de São Paulo, empresas de TI têm reconhecido a importância de aumentar a diversidade de gênero em suas equipes, não apenas por uma questão de equidade, mas também por reconhecerem os benefícios da diversidade de pensamento e experiências.
Iniciativas que desencadeiam importantes efeitos no cenário de empregabilidade no Brasil, com ações que visam incentivar a contratação de mulheres para cargos de liderança e programas de novos talentos têm se destacado como um caminho para promover a equidade de oportunidades e criar ambientes de trabalho mais inclusivos e inovadores.
Segundo a Perspectiva Global da ONU News (Organização Mundial da Saúde – Notícias), divulgada no último mês, a presença feminina atualmente representa menos de um terço da força de trabalho global nos campos da Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM, em inglês). Este desequilíbrio de gênero não apenas reflete uma realidade presente, mas também demonstra o potencial econômico desperdiçado: estima-se que, se houvesse maior participação feminina nesses setores, a tecnologia poderia gerar um faturamento adicional de até US$1 trilhão em países de baixa e média renda, segundo a ONU News.
Nesse contexto, iniciativas que promovem a contratação e desenvolvimento de talentos femininos para cargos variados e de liderança têm se destacado como estratégias essenciais para impulsionar a diversidade e a inovação no ambiente corporativo.
Maria Gabriela Alves é CMO (Chief Marketing Officer – Diretora de Marketing) da empresa do segmento de tecnologia Performa_IT – especialista em desenvolvimento de soluções em estratégia digital, engenharia de software, e Inteligência Artificial – situada na cidade de Campinas – interior de São Paulo, e a busca pela equidade de gênero e a representatividade feminina na empresa são valores essenciais, destacando-se ao priorizar a inclusão de mulheres em programas de novos talentos.
Para muitas mulheres, a situação atual de vida pode representar um obstáculo para acessar oportunidades de emprego. Seja devido a questões de transição de carreira, idade, maternidade, gestação, a busca por um lugar no mercado de trabalho pode ser desafiadora. Diante desse panorama, o papel social de empresas e organizações torna-se fundamental para impulsionar a inclusão dessas mulheres e não esperar somente por ações do governo.
Ana Gabriela Marin, de 33 anos, com experiência em marketing e vendas, descobriu a gravidez enquanto estava em transição de trabalhos – negociou a saída na empresa onde estava e iniciou as entrevistas. Ana havia recebido uma carta proposta – um documento utilizado pelos Recursos Humanos de uma empresa para oferecer uma oportunidade profissional a um candidato – mas teve a oportunidade retirada porque contou da gravidez para a então CEO da empresa, antes de aceitar a proposta. Felizmente a trajetória profissional de Ana Gabriela não foi impedida por essa interrupção momentânea, ela continuou em busca de novas oportunidades no mercado de tecnologia, e é uma das mais novas integrantes da empresa Performa_IT, em um cargo de liderança – CSO (Chief Sales Officer – Diretora de Vendas), e foi contratada enquanto gestante de 4 meses. Ana compartilhou suas experiências e expectativas ao ingressar nesse novo capítulo de sua carreira e maternidade.
Ao ser questionada sobre como se sentiu ao conquistar um cargo de liderança estando grávida, Ana Gabriela expressa: “Me senti vista e respeitada – e também um pouco surpresa”. Ela destaca a importância do reconhecimento de suas habilidades e competências, independente de sua gestação, e ressalta o valor de sua contratação como um marco significativo na representatividade feminina na liderança do setor de tecnologia.
“Durante o processo de contratação, quando contei da minha gravidez, a receptividade do gestor da empresa foi como deveria ser: respeitosa e humana. O CEO me disse: ‘Ana, isso não muda nada. Estamos te contratando por sua competência, aliás, muda que você será uma excelente mãe’, relembra Ana das palavras. Ela também destaca o apoio e a visão inclusiva da empresa diante de sua maternidade, trazendo leveza e encorajamento a esse novo capítulo de sua jornada profissional.
Sobre a valorização feminina na empresa atual, Ana Gabriela destaca o contentamento em dividir o espaço com outras mulheres líderes, ressaltando a importância do reconhecimento e equilíbrio de gênero:
“Enxergo a inclusão de mulheres, gestantes e mães no ambiente de trabalho como uma força transformadora, e planejo contribuir para essa cultura de inclusão, inspirando outras empresas e mulheres a não desistirem frente aos desafios.
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