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O crescimento do Mabu Thermas Grand Resort

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O portal Panorama Mercantil teve o privilégio de realizar uma entrevista exclusiva com Luciano Motta, CEO do renomado Mabu Thermas Grand Resort. Em um diálogo revelador, Motta compartilhou os bastidores do notável sucesso alcançado pelo resort em ultrapassar as expectativas de receita para o ano de 2023. O êxito extraordinário do Mabu Thermas Grand Resort em superar as metas de receita foi atribuído à consolidação da marca Mabu como um dos melhores resorts do Brasil. Motta destacou o papel crucial desempenhado pela dedicada equipe de vendas, marketing e operações, cujo esforço resultou em eventos que representaram 40% do faturamento anual. A integração da Inteligência Artificial (IA) emergiu como um pilar fundamental para a geração de receita adicional e a digitalização da experiência do cliente no Grupo Mabu. Motta ressaltou como a IA impulsionou a velocidade nas campanhas de marketing, melhorou a comunicação com os clientes e contribuiu para um aumento significativo nas vendas diretas. Ao abordar a governança corporativa, Motta destacou que a implementação há 13 anos trouxe estratégia e capacitação, permitindo ao grupo alcançar metas antecipadamente e posicionar-se como líder e formador de opinião. No que diz respeito aos investimentos futuros em tecnologia, Motta compartilhou os planos do Grupo Mabu, incluindo inovações como a parceria com startups.

Luciano, que fatores você atribui ao notável sucesso do Mabu Thermas Grand Resort em ultrapassar as expectativas de receita para o ano de 2023?

O resultado que obtivemos neste ano, ultrapassando as expectativas de receita em 2023 se deu pela consolidação da marca Mabu dentro do cenário nacional, como um dos melhores resorts do Brasil. Tudo isso, fruto de um grande trabalho realizado pela equipe de vendas, marketing e operações. A equipe de vendas realizou um excelente trabalho na geração de eventos, que correspondeu a 40% do nosso faturamento anual, com uma devolutiva do cliente sensacional. Muitas empresas, grandes eventos e todos muito satisfeitos com a diversidade de serviços que geramos, como, por exemplo, o fechamento de um evento numa praia em Foz do Iguaçu, toda a área verde que temos e todo o movimento com águas termais, enfim, o volume de apartamentos que temos, foi a somatória para que chegássemos nesse resultado em setembro de 2023 atingimento superior a 120% do resultado do ano e hoje, em novembro, já
está chegando a 135% do resultado do ano.

Qual foi o papel da Inteligência Artificial na geração de receita adicional para os negócios do Grupo Mabu e na digitalização da experiência dos clientes?

Com a implantação da Inteligência Artificial ganhamos velocidade e agilidade para as nossas campanhas de marketing e para a experiência interna do cliente. A nossa comunicação com o cliente ficou muito mais assertiva. Com a IA, para qualquer demanda que o cliente gere hoje nas unidades, ele tem um acesso muito rápido de uma das pessoas da nossa operação, cuidando de todas as necessidades desse cliente. Juntamente com isso e a velocidade com as campanhas de marketing, uma abrangência maior no nosso canal de venda direto. O Grupo Mabu cresceu praticamente 50% na venda do nosso canal direto, o que é ótimo para a rentabilidade do negócio. Então, o impacto da Inteligência Artificial hoje, ela é fundamental. Tendemos a crescer muito mais aí. Já visto que temos implantado em três negócios do grupo: o parque aquático, a economia compartilhada e hotelaria.

Como a mudança para a governança corporativa impactou positivamente o Grupo Mabu e suas operações?

A governança corporativa do Grupo Mabu foi instituída há quase 13 anos e trouxe muito mais estratégia para o grupo e capacitação para que, a longo prazo, possamos alcançar as estratégias mensuradas. Com a governança estamos alcançando as metas antes do prazo, sempre conquistando o objetivo com anos de antecedência e também sendo um grupo que é líder e formador de opinião. Inauguramos um parque aquático, criamos um empreendimento de economia compartilhada antes de muitas empresas no Brasil e hoje a estamos surfando esse sucesso. Todo esse sucesso e crescimento do patrimônio do Grupo Mabu se deu após a criação e implantação da Governança Corporativa e a efetivação de toda a malha criada para que pudéssemos trabalhar e vestir a camisa da empresa.

Quais são os principais investimentos em tecnologia e inovação que o Grupo Mabu planeja realizar nos próximos anos?

O Grupo Mabu vai continuar a incentivar a inovação aberta, com as parcerias junto a startups, reestruturando a infraestrutura de servidores e serviços na nuvem. Continuaremos o processo de rollout do wi-fi para o wi-fi 6, fazendo o upgrade de todas as fechaduras para RFID no MTR e melhoraremos a experiência digital aos hóspedes com novos sites, aplicativos e continuaremos o processo de transformação digital de todas as empresas do grupo.

Por que o Grupo Mabu optou por diversificar seus negócios, incluindo a criação do Blue Park e o conceito de economia compartilhada com o My Mabu?

Diversificamos os negócios, pois, desejávamos criar um ecossistema, onde um empreendimento retroalimentasse o outro, de forma que todas as empresas do grupo se beneficiassem. Com isso temos o parque aquático que agrega valor na diária média do resort, que agrega valor para o parque ao mesmo tempo gera clientes para o My Mabu.

Quais foram os principais desafios enfrentados durante o processo de transição de foco do Grupo Mabu, de eventos para turismo e lazer?

Na verdade, não houve uma transição de foco. O que aconteceu foi, com o investimento em um parque aquático houve uma inclinação ao lazer e turismo, ou seja, hoje 40% da procura é para evento enquanto 60% é para turismo e lazer.

Por que o Grupo Mabu escolheu a assistente virtual Mia como uma ferramenta de atendimento ao cliente, e qual impacto financeiro ela teve nas operações?

Queríamos trazer uma experiência real e impactante aos hóspedes usando IA como pilar da nossa assistente, encurtando a distância gerando informação rápida e eficaz. Mas já pensando em como utilizar a plataforma para trazer resultados financeiros. E assim fizemos o Investimento ROI foi em 4 meses e hoje a MIA já gerou 2 milhões em receita em todas suas plataformas Reservas, Room Service, Ingressos. O Mabu hoje tem como seu principal canal de venda o Digital nos colocando em vantagem e diminuindo os custos de comissão as Otas.

Quais são as expectativas de faturamento e investimentos futuros do Grupo Mabu para os próximos 5 a 8 anos?

O Grupo continua em atualização do planejamento estratégico para os próximos 4 a 8 anos, com isso não possuímos ainda como mensurar, nem nossas expectativas de faturamento, nem mesmo os investimentos futuros. Mas garantimos que teremos muitas novidades futuras.

Por que o Grupo Mabu decidiu dividir a posição de CEO entre você e Raimundo Pimenta, e como essa mudança afeta a estrutura administrativa da empresa?

A divisão das posições de CEO entre mim e o Raimundo Pimenta, CEO My Mabu, foi devido à estratégia da empresa com foco na expansão que ainda estar por vir. O segmento de economia compartilhada, por exemplo, exigia um executivo exclusivo para isso, para pensar e executar estratégias de como esse negócio terá uma relevância pujante dentro do grupo. Por isso, nada mais correto e estratégico do que ter um CEO para essa unidade de negócios, como é comum em muitas empresas onde se tem dois presidentes para duas unidades de negócios. No nosso caso, um para o Blue Park e para a hotelaria e o outro para a economia compartilhada, pois, são empreendimentos que necessitam de uma dedicação de um executivo.

Quais são os principais desafios e oportunidades que você enxerga no setor hoteleiro do Brasil em relação à adoção de tecnologia de ponta?

Ainda vemos a Hotelaria em sua maioria ainda muito tradicional no que se diz respeito a implementar Tecnologias visando a Transformação Digital de forma efetiva e com resultados estratégicos. Hoje são poucos os grupos hoteleiros e familiares que investem e colocam tecnologia como pilar estratégico. Costuma ir conforme a onda do mercado sem estratégia a longo prazo. O Grupo Mabu já tem isso em seu DNA e nos últimos 3 anos investimos muito com resultados excelentes nos colocando como referência na área.

Como você vê o futuro do Grupo Mabu nos próximos anos e quais são os principais objetivos de crescimento para o sucesso?

Recentemente passamos por três dias de imersão em reunião de plano estratégico das três companhias, o My Mabu (nosso negócio de economia compartilhada), o Blue Park e o Mabu Termas. Enxergamos um crescimento muito rápido dentro dos próximos quatro anos. Sejam em novos brinquedos e atrações para fomentar cada vez mais o Blue Park como um atrativo de Foz do Iguaçu, como um ponto de parada obrigatório em uma das cidades mais visitadas do Brasil. Vamos criar esse destino Blue Park dentro do destino da cidade de Foz do Iguaçu. Com isso, vamos consolidar a cada ano com a chegada de um novo brinquedo. Os investimentos estão na ordem de 10 a 15 milhões em cada ano. Vamos passar por um retrofit geral no Mabu Termas Grand Resort. Um produto com 25 anos, e com isso teremos um grande investimento para repaginar esse produto, e entregar para o cliente cada vez mais uma experiência melhor. E com isso, obviamente, tendo um cliente satisfeito dentro do Blue Park, dentro do Mabu Termas, pretendemos alavancar toda essa força que a economia compartilhada possui dentro do negócio do grupo. Isso vai fazer com que tenhamos um incremento no número de clientes, um crescimento expressivo, inclusive com mais prédios.


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