A startup Resultados Digitais previu o crescimento do mercado de marketing digital no Brasil e dominou o cenário com o software RD Station e o fórum RD Summit. Atualmente com 12 mil clientes e 600 funcionários, a empresa segue em expansão e pretende transformar seu principal produto em uma plataforma conectada a uma grande central de dados. Entre os seus fundadores está o empreendedor André Siqueira. Administrador pela Universidade Federal de Santa Catarina, foi professor de pós-graduação na disciplina de marketing em redes sociais e é cofundador e Head de Marketing da Resultados Digitais, empresa líder em automação de Marketing na América Latina. “É fundamental conhecer profundamente o cliente e conseguir alinhar a comunicação com os hábitos e necessidades dele, mas também é importante pensar na sustentabilidade das ações no longo prazo (garantir que as promessas possam ser cumpridas e os clientes estejam satisfeitos) e na lucratividade (medir claramente o custo de aquisição de clientes e se certificar que a conta fecha). Quando um deles falha, os problemas aparecem. (…) Para qualquer e-mail, o ponto principal é garantir que de fato há autorização e segmentar a mensagem, certificando-se que o que cada pessoa recebe de fato é do interesse dela. O problema existe quando a gente enviar o que a empresa quer enviar e não o que o cliente, quer receber”, afirma.
André, quando o mundo digital começou a lhe chamar a atenção?
Sempre fui muito ligado à tecnologia, desde criança. No entanto, foi quando trabalhava com vendas, batendo de porta em porta, que comecei a pensar mais na importância do Marketing e no quanto facilitaria se a organização que eu representava fosse mais conhecida antes de chegar na abordagem a esses clientes. E nisso o Marketing Digital apareceu como um ótimo caminho, mais acessível e mais alinhado com o novo comportamento de quem compra. Comecei a estudar mais e fui me apaixonando pelo tema.
Em que momento a ideia dos Resultados Digitais se tornou real?
Em 2008 e 2009 eu fazia Inbound Marketing na então empresa do Eric, meu sócio. Ali a ideia começou a amadurecer e ficou claro que era algo interessante também para outros negócios, mas que eles não tinham nem metodologia e nem tecnologia para colocar na prática. Em 2010 criamos o blog e começamos a andar mais fundo na ideia. Em 2011 de fato criamos a empresa e alugamos uma sala. Em 2012 fizemos o lançamento público do RD Station.
O que você considera ser uma estratégia digital bem realizada?
Acho que há alguns pilares. É fundamental conhecer profundamente o cliente e conseguir alinhar a comunicação com os hábitos e necessidades dele, mas também é importante pensar na sustentabilidade das ações no longo prazo (garantir que as promessas possam ser cumpridas e os clientes estejam satisfeitos) e na lucratividade (medir claramente o custo de aquisição de clientes e se certificar que a conta fecha). Quando um deles falha, os problemas aparecem.
Gostaria que falasse um pouco sobre o conceito de Inbound Marketing.
Inbound Marketing tem a ver com ser encontrado ao invés de procurar. Vivemos um período de abundância de informação, em contraposição à escassez que tínhamos antes. Não queremos ser interrompidos e forçados a prestar atenção em um anúncio quando temos a chance de escolher e acessar o que queremos a qualquer momento. O Inbound Marketing prega que a gente crie um conteúdo de muita qualidade no mercado em que atuamos, para assim aparecermos como opção natural para quem procura saber mais sobre esse assunto. E a partir desse momento em que somos encontrados e viramos uma fonte de informação, traçamos um processo para transformar esses visitantes em clientes.
Como as empresas podem tirar proveito do Inbound Marketing para alavancar os seus negócios?
O Inbound Marketing vai permitir que a empresa se posicione como autoridade, crie uma audiência e então um processo de venda para transformar essa audiência em clientes. A base disso vai ser a produção de conteúdo, usando SEO e compra de mídia para atração, Landing Pages para conversão e e-mail marketing com automação para o relacionamento e qualificação para vendas. É preciso avaliar se para executar essas atividades a empresa vai ter alguém in-house ou uma agência.
Muitas empresas se esqueceram das técnicas de SEO. Como vê essas técnicas no ecossistema atual?
SEO tem cada vez menos a ver com truques e ajustes pontuais e cada vez mais a ver com estratégia e qualidade do que sua empresa produz. Ainda é (e vai continuar sendo) um canal muito valioso, com tráfego de qualidade, gratuito, e com alto potencial de volume, mas só vai funcionar para quem investe em criar conteúdo interessante, para quem trouxer informações relevantes, variações de formato e entrega de valor.
Como ter uma newsletter eficiente?
Para qualquer e-mail, o ponto principal é garantir que de fato há autorização e segmentar a mensagem, certificando-se que o que cada pessoa recebe de fato é do interesse dela. O problema existe quando a gente enviar o que a empresa quer enviar e não o que o cliente, quer receber.
Ainda existe uma certa dificuldade em dizer o que é marketing digital para algumas empresas do Brasil?
É um cenário de evolução. Quando começamos a RD e fazíamos nossos eventos, tínhamos que explicar o que era o marketing digital e como ele podia ajudar. Hoje a conversa já está muito mais focada em como fazer e como evoluir as práticas. Claro que há empresas que estão atrás, mas vemos claramente o mercado amadurecendo.
O que você considera ser o presente e o futuro do marketing digital?
Ainda vivemos um momento de transformação e de muitas empresas ainda se adaptando ao conceito de entregar conteúdo de qualidade, que é uma primeira fase. Essa é a prioridade para o hoje: como produzo um conteúdo muito valioso e consigo criar uma audiência com isso, me posicionando como referência. O que tende a vir no futuro é uma maior integração entre os sistemas e fluidez na transmissão de informações. Com isso, podemos usar big data e inteligência artificial para conseguir entregar experiências cada vez mais personalizadas aos clientes.
Sua empresa é apontada como uma das dez organizações que podem se tornar unicórnios. O que muda quando uma empresa fica com uma expectativa dessa magnitude?
Isso nos ajuda a atrair mais pessoas qualificadas e que sonham esse mesmo sonho com a gente, o que se reflete em um melhor produto e atendimento para nossos clientes. O fato de assumirmos a liderança de mercado também é muito útil para nossos clientes porque atraímos mais parceiros de integração, além de eles conseguirem encontrar mais pessoas capacitadas para operar nossa ferramenta.
Quais as expectativas para RD Summit 2018?
Essa vai ser a 6ª edição do RD Summit e em todas as 5 primeiras sempre melhoramos as notas na pesquisa de satisfação de um ano para o outro. A expectativa é de manter a tendência. Sempre colhemos os aprendizados, fazemos ajustes e investimos pesado para que nosso público aprenda muito com as grandes referências de mercado, faça negócios na nossa feira e conheça mais gente no meio. Nesse ano serão mais de 10.000 circulando pelos três dias e com grandes nomes confirmados.
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