Crescimento econômico surpreende o mercado
O primeiro trimestre do ano surpreendeu positivamente os economistas e analistas do mercado. Depois de recuar no último trimestre do ano passado, -0,1%, o Produto Interno Bruto (PIB), soma do valor monetário dos bens se serviços produzidos no país, cresceu 1,9 % nos três primeiros meses do ano, sempre em relação trimestre imediatamente anterior. É o que mostram as estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os valores já estão corrigidos para a sazonalidade típica dos dados econômicos.
A surpresa positiva veio, sobretudo, do desempenho do setor agropecuário, que cresceu 21%. Ainda segundo o IBGE, as variações climáticas, que atrapalharam o setor em outros momentos, não estiveram presentes no começo do ano, daí o resultado excepcional, sobretudo da produção de soja, principal produto da pauta de exportação brasileira.
No segundo trimestre, a atividade econômica deve voltar a um ritmo mais próximo àquele de seu crescimento potencial. Tomando-se a projeção do mercado para 2026 como referência, algo próximo a 2% ao ano. Com efeito, em abril, o monitor do PIB, da Fundação Getúlio Vargas, já registrava a desaceleração. As pesquisas mensais do IBGE foram no mesmo sentido, indicando estagnação em 12 meses, com algum crescimento na margem, para a indústria, e queda da atividade para os serviços.
Depois da surpresa no início do ano, o mercado refez suas previsões para o ano. Por exemplo, o Relatório Focus, do Banco Central, que compila as projeções de mais de uma centena de instituições, aumentou pela oitava semana consecutiva a mediana das projeções de crescimento, que agora alcança 2,18%. O Ministério da Fazenda, que previa o crescimento de 1,9%, apontou viés positivo para a projeção, que deverá subir nas próximas revisões, possivelmente, atingindo 3%.
O crescimento a longo-prazo
Quando tomado pela perspectiva da demanda, o quadro é menos otimista. Os últimos trimestres registraram desaceleração do consumo das famílias, principal componente do PIB. O investimento contratado também recuou, como mostra projeção da Fundação Getúlio Vargas.
Logo, uma retomada consistente do crescimento dependerá de novos incentivos e, preferencialmente, do aumento da produtividade da economia. Segundo o economista Lúcio Silva, do Grupo Euro 17, neste quesito, “a reforma tributária tem muito a contribuir. Há uma série de ineficiências para ser corrigida com o ajuste da tributação e com um ambiente de negócios mais organizado”.
A reforma tributária deve ser encaminhada ao Congresso para votação no mês de julho. Ainda segundo o economista, “hoje, uma empresa vocacionada para um estado pode se fixar em um estado diferente para aproveitar benefícios tributários. É claro, ao custo da eficiência. Esse problema é reproduzido entre os setores, produtos, serviços, e com isso, a economia como um todo perde”.
Lúcio Silva também espera que, no segundo semestre, o crescimento, embora mais lento, possa contar um pouco mais com os investimentos, dada alguma recuperação do investimento público e início do ciclo de queda dos juros. Deste modo, “Com a reforma tributária e a queda dos juros, estamos contratando um crescimento mais sustentado a médio e longo-prazo”.
Última atualização da matéria foi há 2 anos
Zenstox: é fiável ou uma fraude na Internet?
janeiro 20, 2025Brasil busca incentivar aviação regional
janeiro 14, 2025Expatriados europeus lideram chegada ao país
dezembro 29, 2024Apostas ultrapassam investimentos em popularidade nas classes B e C
dezembro 23, 2024Previsões da IBM para a IA generativa 2025
dezembro 15, 2024Black Friday: publicidade como vantagem
novembro 24, 2024Prosegur alcançou os 165 mil colaboradores
novembro 4, 2024U-All Solutions integra IA ao seu WhatsApp
outubro 24, 2024Dubai combina luxo, segurança e investimento
outubro 18, 2024Yandex Ads traz alta conversão garantida
outubro 13, 2024Família Koga lidera crescimento da Sumirê
outubro 3, 2024Shopping Eldorado celebra os seus 43 anos
setembro 11, 2024Fundada em 2012 por um grupo de empreendedores, a agência de notícias corporativas Dino foi criada com a missão de democratizar a distribuição de conteúdo informativo e de credibilidade nos maiores portais do Brasil. Em 2021, foi considerado uma das melhores empresas para se trabalhar.
Facebook Comments