Os perigos reais do uso excessivo das telas
Com a ascensão das tecnologias digitais, surge uma preocupação crescente sobre os perigos do uso excessivo de telas entre crianças e adolescentes. Jean Twenge, psicóloga da
Universidade Estadual de San Diego, e Keith Campbell, professor de psicologia da Universidade da Geórgia, publicaram o artigo “Associações entre tempo de tela e menor bem-estar psicológico entre crianças e adolescentes: evidências de um estudo de base populacional”, divulgado em abril, na revista científica Preventive Medicine Reports. Este estudo destaca os potenciais danos à saúde mental e ao desenvolvimento cognitivo decorrentes da exposição prolongada a telas e dispositivos eletrônicos. Problemas como déficit de atenção, ansiedade e dificuldade de aprendizagem são apenas algumas das preocupações levantadas pela comunidade científica. Diante desse cenário, surge a urgência em encontrar alternativas que não apenas reduzam a dependência desses dispositivos, mas também promovam um desenvolvimento saudável e equilibrado para as gerações futuras.
Impacto na saúde mental e cognitiva
O estudo de Twenge e Campbell revelou que há uma correlação significativa entre o tempo excessivo de tela e a diminuição do bem-estar psicológico em crianças e adolescentes. A exposição prolongada a dispositivos eletrônicos está associada a um aumento na prevalência de problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão. A distração constante proporcionada por esses dispositivos pode levar a um déficit de atenção, prejudicando a capacidade de concentração e aprendizado.
Além disso, a superexposição a telas pode interferir no desenvolvimento cognitivo. Crianças e adolescentes que passam mais tempo em frente a telas tendem a apresentar dificuldades na resolução de problemas e no pensamento crítico. O uso excessivo de dispositivos eletrônicos pode também impactar negativamente a memória de trabalho e a capacidade de processar informações complexas.
Desenvolvimento socioemocional
O uso excessivo de telas não afeta apenas a saúde mental e cognitiva, mas também o desenvolvimento socioemocional. As interações virtuais não substituem as interações face a face, essenciais para o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais. A falta de contato humano real pode levar ao isolamento social e a dificuldades em estabelecer e manter relacionamentos saudáveis.
Crianças e adolescentes que passam mais tempo em dispositivos eletrônicos têm menos oportunidades para desenvolver empatia, comunicação efetiva e habilidades de resolução de conflitos. Esses fatores são cruciais para o desenvolvimento de um indivíduo equilibrado e bem ajustado na sociedade. Portanto, é essencial encontrar maneiras de incentivar interações reais e significativas, reduzindo a dependência de dispositivos eletrônicos.
Alternativas saudáveis: o método Super Cérebro
Em 2012, o brasileiro Ricardo Lamas, inspirado por suas experiências no Japão e após participar do curso “The Future of Learning” na Universidade de Harvard, ministrado pelo neurocientista Howard Gardner, autor da teoria das inteligências múltiplas, iniciou o processo de criação do método Super Cérebro. Este método une técnicas de neurociência, uso do Soroban (ábaco japonês) e jogos de tabuleiro, promovendo o desenvolvimento individual e aprimorando habilidades socioemocionais e cognitivas.
O método Super Cérebro proporciona atividades educacionais e lúdicas que não apenas reduzem a exposição às telas, mas também promovem benefícios cognitivos e socioemocionais para todas as idades. Ao invés de ficarem hipnotizados por dispositivos eletrônicos, os alunos do método Super Cérebro têm a oportunidade de se engajar em atividades que estimulam o cérebro de maneira saudável e divertida, por meio de jogos de tabuleiro mundialmente premiados, pelo uso do ábaco japonês e de diversos outros materiais.
Programas Específicos: Longevidade e educacional
O grupo Super Cérebro desenvolveu dois tipos de programas para atender diferentes públicos. O programa de Longevidade é direcionado para adultos a partir dos 45 anos, oferecendo atividades voltadas para o estímulo cognitivo e a manutenção da saúde cerebral. Este programa visa combater os efeitos do envelhecimento no cérebro, promovendo a neuroplasticidade e mantendo as funções cognitivas ativas e saudáveis.
Por outro lado, o programa Educacional é voltado para crianças a partir dos 2 anos, visando promover um desenvolvimento cognitivo e socioemocional saudável desde os primeiros anos de vida. Este programa é essencial para estabelecer uma base sólida para o aprendizado futuro e para o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais que serão fundamentais ao longo da vida.
Benefícios cognitivos e socioemocionais
Os benefícios do método Super Cérebro são inúmeros. Ao utilizar técnicas de neurociência e atividades lúdicas, o método promove o desenvolvimento de diversas habilidades cognitivas, como memória, atenção, raciocínio lógico e resolução de problemas. Além disso, o uso do ábaco japonês estimula a capacidade de cálculo mental e a visualização numérica, habilidades valiosas em diversas áreas do conhecimento.
No aspecto socioemocional, o método Super Cérebro promove a cooperação, a comunicação eficaz e a empatia. Os jogos de tabuleiro, por exemplo, exigem que os participantes trabalhem em equipe, resolvam conflitos e desenvolvam estratégias, tudo isso enquanto interagem de maneira saudável e divertida. Essas habilidades são essenciais para o desenvolvimento de indivíduos equilibrados e bem ajustados na sociedade.
Desafios e Perspectivas futuras
Apesar dos benefícios claros do método Super Cérebro, ainda existem desafios a serem superados. A popularidade crescente das tecnologias digitais e a facilidade de acesso a dispositivos eletrônicos tornam difícil a tarefa de reduzir o tempo de tela entre crianças e adolescentes. Além disso, é necessário um esforço conjunto de pais, educadores e políticas públicas para promover alternativas saudáveis ao uso excessivo de telas.
No entanto, as perspectivas futuras são promissoras. A conscientização crescente sobre os perigos do uso excessivo de telas e a busca por alternativas saudáveis estão impulsionando a adoção de métodos como o Super Cérebro. À medida que mais pessoas reconhecem os benefícios dessas abordagens, é provável que vejamos uma mudança positiva no desenvolvimento cognitivo e socioemocional das próximas gerações.
Crianças com mentes danificadas
O estudo de Twenge e Campbell revisitou os perigos do uso excessivo de telas entre crianças e adolescentes, destacando os impactos negativos na saúde mental e no desenvolvimento cognitivo e socioemocional. A criação de métodos alternativos, como o Super Cérebro, oferece uma solução promissora para combater esses efeitos adversos. Ao promover atividades que estimulam o cérebro de maneira saudável e divertida, é possível reduzir a dependência de dispositivos eletrônicos e promover um desenvolvimento equilibrado e saudável para todas as idades.
Diante dos desafios e das oportunidades apresentadas, é essencial continuar a pesquisa e a implementação de estratégias que ajudem a mitigar os riscos associados ao uso excessivo de telas. Somente assim poderemos garantir que as futuras gerações cresçam em um ambiente que favoreça seu bem-estar psicológico, cognitivo e socioemocional, preparando-os para enfrentar os desafios do mundo digital de maneira saudável e equilibrada.
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