“Meu INSS”: Lula quis demitir… Lupi não!

O presidente Lula ordenou a demissão de Alessandro Stefanutto, presidente do INSS. A decisão veio após revelações preocupantes na operação Sem Desconto, da Polícia Federal, que investiga fraudes contra aposentados e pensionistas. No entanto, o que deveria ser uma ação coordenada entre o Palácio do Planalto e o Ministério da Previdência acabou se transformando em um desconforto público e político — Carlos Lupi, titular da pasta, se recusou a anunciar a demissão de Stefanutto em entrevista coletiva e ainda o defendeu, gerando um novo ponto de atrito dentro do Governo.
Fraudes na manhã,
silêncio onde há dever —
velhos sem amparo.
Lupi não só evitou cumprir a ordem presidencial como reafirmou ser o responsável pela indicação de Stefanutto, o que foi lido nos bastidores como um gesto de desafio ao presidente. A exoneração acabou sendo publicada mais tarde, diretamente pela Casa Civil, evidenciando o mal-estar. O incômodo de Lula aumentou quando soube que Stefanutto estaria tentando pedir demissão por conta própria, estratégia vista como tentativa de poupar a própria imagem diante da crise.
A operação da PF ainda não encontrou provas contundentes contra Stefanutto, mas há um elemento central que pesou para sua saída: a omissão. Mesmo alertado sobre as fraudes e ciente da existência de um sistema biométrico mais seguro desenvolvido pela Dataprev, o INSS optou por uma alternativa mais frágil, que facilitou as irregularidades. Isso, segundo o Governo, configurou falha grave de gestão.
O caso escancara um problema mais amplo: o descompasso entre interesses políticos e decisões administrativas. Lupi quis preservar um aliado; Lula exigiu responsabilidade. O impasse não apenas desgastou a relação entre os dois, como expôs as tensões internas num Governo que ainda tenta equilibrar pragmatismo político e cobrança por resultados.
Lupi desafia,
quem manda, afinal, no jogo?
Cargos têm padrinho.
O episódio, enfim, vai além de uma exoneração: é mais um sinal de que, dentro do próprio Governo, nem sempre a hierarquia é respeitada — e que, por vezes, a política se impõe à boa gestão pública.

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