A emergente cantora Flávia Bittencourt
Flávia Bittencourt é uma das cantoras emergentes mais elogiadas do Brasil. A artista ganhou fama nacional depois que uma de suas músicas foi escolhida para trilha sonora de uma novela popular. As raízes culturais de Flávia estão presentes em sua escolha de repertório, que flui naturalmente através de suas composições e também de compositores de todo o mundo que ela escolhe cantar. Flávia Bittencourt já se apresentou por toda a Europa e levou suas interpretações da música brasileira até a África. Ela dividiu o palco com Luiz Melodia, Alcione, Geraldo Azevedo, Dominguinhos, Época de Ouro, Maria Gadú, Alcione, Elba Ramalho, Nando Cordel, Alceu Valença, Renato Braz, Quinteto em Branco e Preto, o maestro Laércio de Freitas entre outros nomes consagrados. Flávia Bittencourt participou do projeto Samba Novo (Som Livre). Também foi convidada para fazer o show “Eletrobatuque” em Madrid, no Teatro Conde Duque, que ocorreu no dia 21 de setembro. O espetáculo contou com o apoio da Embaixada do Brasil em Madrid e a realização foi da OEI. A música “Roseira” (de grande destaque), é uma das canções que faz parte do mais recente trabalho da artista, o “Eletrobatuque”. “Acredito que o Eletrobatuque, o trabalho mais recente, trouxe muito claramente essa identidade. Conseguimos unir a sonoridade da música tradicional maranhense e latina com a eletrônica”, afirma a cantora e compositora.
Flávia, você é uma cantora inquieta. De onde vem essa inquietude?
A inquietude no meu caso, vem da curiosidade e da vontade de descobrir novas maneiras, caminhos, seja na música ou no cinema. A prática como musicista, desde o início quando ainda era só um hobby, me fez querer estudar mais. Fiz faculdade de música na busca de ter mais domínio e a partir disso, arriscar mais em outras experiências sonoras como aconteceu com meu mais novo trabalho, o Eletrobatuque.
Em que momento de sua carreira você acredita que encontrou a sua identidade?
Acredito que o Eletrobatuque, o trabalho mais recente, trouxe muito claramente essa identidade. Conseguimos unir a sonoridade da música tradicional maranhense e latina com a eletrônica sem haver sobreposição de uma à outra e assim, conseguimos alcançar um resultado bem peculiar. Agradeço muito aos meus parceiros Felipe Tauil e Fernando DeepLick produtores junto comigo neste projeto.
Qual o principal pilar dessa identidade?
A música do estado em que nasci, o Maranhão, que compreende os grupos folclóricos como o tambor de crioula, bloco tradicional, bumba meu boi e a música do mundo.
E como o Maranhão se encontra nessa identidade?
Me considero sortuda por ter nascido em um estado musical. Os grupos de bumba meu boi, tambor de crioula, bloco tradicional se apresentam não apenas nas ruas em datas festivas como São João e carnaval, mas em qualquer época do ano como os grupos de tambor que podemos encontrar vez ou outra no mercado das tulhas, ou no Laborarte.
Em que momento você acredita que a música passa a ter um papel mais social?
Acredito que o artista ou qualquer outro profissional, antes de tudo é um cidadão. Acho importante conciliar minha arte em prol de pessoas que necessitam serem olhadas, como no caso das crianças do “Projeto Sonho de Aline”, que sou madrinha, e que cuida de crianças em situação de risco. Além disso, como dizia o poeta e conterrâneo Ferreira Gullar: “a arte existe porque a vida não basta”. A arte caminha junto com a vida, ela revela e traduz situações vividas cotidianamente, cada qual de sua forma.
O que não pode faltar em suas composições?
Inspiração para tocar em temas íntimos e externá-los.
Como o seu processo criativo é estruturado?
Primeiramente a melodia e harmonia, depois a letra. Já aconteceu também de receber uma letra e eu musicar.
Em que instante de sua carreira a conexão com o seu público se tornou mais profunda?
Nos shows quando canto a canção “Vazio”, música de minha autoria, e o público canta junto, sinto uma conexão poderosa na maioria das vezes porque é uma canção de letra introspectiva que traz uma sensação vivida por muitos de nós.
Que conceitos são absorvidos quando se divide o palco com nomes como Alceu Valença, Luiz Melodia, Alcione entre outros?
Luiz Melodia e Dominguinhos foram meus grandes padrinhos musicais e colaboraram muito com minha carreira. Das vezes em que dividi palco com esses grandes nomes, aprendi realmente, o palco era como a casa deles. Acredito que ter convivido com eles, me tornou uma artista mais confiante do que queria fazer e onde queria chegar, assim como me tornei um ser humano mais generoso assim como eram esses dois grandes humanos artistas. Alcione é uma de nossas maiores cantoras e é sempre muito maravilhoso estar com ela. Alceu participou do carnaval em São Luís em um bloco comandado por mim que se chama “Bittencá e Acolá”.
O que os seus álbuns têm em comum?
Composições próprias e a busca por sonoridades diferentes dos trabalhos anteriores.
Você é uma cantora bem-vista e bem-quista no exterior. O que foi essencial para ter conseguido esse reconhecimento em sua visão?
A música brasileira é muito bem-quista de forma geral, no mundo todo. No meu caso, desde o meu primeiro álbum intitulado “Sentido” que foi lançado em 2005 pela Som Livre, fui convidada pela minha manager Clélia Morali para apresentar alguns shows na Europa. Começando por Portugal, França e Itália. Então de lá pra cá, não paramos mais de apresentar shows em turnês e entrevistas na Europa e mais tarde, nos Estados Unidos.
Última atualização da matéria foi há 2 anos
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