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Magalu adquire Smarthint e fortalece o seu sistema

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 Rodrigo Schiavini

A SmartHint é um sistema de busca inteligente de recomendação mais utilizado da América Latina. Melhor startup para varejo pelo Latam Retail Show em 2018, tem como principal foco elevar a experiência de compra on-line e, com isso, aumentar as vendas. Em abril deste ano, o Magazine Luiza adquiriu a startup, como comenta Rodrigo Schiavini, fundador e diretor de negócios da SmartHint: “Recentemente uma das maiores varejistas do Brasil adquiriu a startup que fundei em 2017, que consiste em um sistema de busca inteligente e recomendação de produtos focado em e-commerce. Inicialmente, a Magalu nos procurou para contratar nossos serviços. A varejista entraria em nossa carteira de clientes que, atualmente, conta com cerca de 1.100 lojas virtuais. Em seguida veio o interesse de aquisição e fechamos negócio em abril deste ano. Essa é uma tendência que vem crescendo no Brasil: empresas grandes adquirindo startups em busca de inovação e melhorias para o digital. No caso da Magalu – e com suas recentes aquisições – podemos ver o desejo de operar em novas frentes, como a aquisição de plataformas focadas em delivery de comida, aproximação com o público e melhoria no atendimento e performance no varejo online, agregando mais funções e habilidades ao SuperApp Magalu, que é o grande propósito da rede varejista – ter um aplicativo que atenda todas as necessidades dos clientes”.

Rodrigo, qual a importância dos dados para o mundo dos negócios na atual conjuntura?

Já existe o jargão: “Dados é o novo petróleo”. A riqueza é clara para quem sabe utilizar dados nos dias de hoje. Saber analisar o comportamento de algo, prever futuros passos e auxiliar neste fluxo transforma um processo que antes era mais complexo em algo simples e prazeroso.

Como usar esses dados com assertividade?

Requer muito estudo, testes e validações. Hoje, através da tecnologia, é possível medir tudo. O primeiro passo que recomendo é iniciar um monitoramento (coletar dados) daquilo que se quer melhorar. Por exemplo, se trabalho com comércio eletrônico e quero sugerir itens para meus clientes, preciso primeiramente entender o comportamento destes clientes. O próximo passo, é transformar este conhecimento em algo pró-ativo, para sugerir os produtos adequados a este comportamento prévio identificado. Existem algoritmos de Inteligência Artificial que ajudam nisso.

O ecossistema das empresas que atuam no e-commerce tem usado esses dados com essa assertividade?

Ainda com bastante dificuldade. Não pelos dados, mas sim pelo mindset dos executivos das empresas. Ainda o pensamento está muito voltado para atender aos pedidos de sua base existente de clientes ao invés de focar na experiência do consumidor, colocar o consumidor no centro de tudo. É raro encontrar um varejo que tenha a experiência do consumidor em primeiro lugar, sabendo que aumento de taxa de conversão/vendas é consequência. Infelizmente é comum encontrar varejistas que nos procuram, querem “experimentar” e no dia seguinte nos questionam sobre taxa de conversão “significativa”. Ainda levará um tempo para que estes executivos amadureçam, entendam a nova realidade e se ajustem, enquanto isso, veremos muitos negócios no negativo e/ou fechando.

Foi dessa ânsia de ser mais assertivo no mercado que nasceu a SmartHint?

Sempre tive convicção que a loja virtual precisa elevar a experiência do consumidor. Não via isso no mercado, apenas grandes players, que já detém este conhecimento, investiam nisso. Surgimos para democratizar a tecnologia para elevar a experiência do consumidor no processo de compra online.

O que norteia a atuação da startup até aqui?

Foco no consumidor de nosso cliente. É mantra dentro da companhia que nosso primeiro cliente é o consumidor do varejista que nos contrata. Veja que o consumidor não é quem nos remunera, mas temos convicção que se atendermos bem, termos valor para o varejista que continuará conosco. É um processo ganha-ganha.

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Quais os grandes diferenciais da SmartHint que podemos destacar?

Além do foco direto na melhora da experiência do consumidor, nosso modelo de negócio é inovador. Somos uma plataforma SaaS (Software as a Service), que não exige contrato com fidelidades (se não quiser continuar, simplesmente cancela assinatura), desburocratizado, contratação em minutos e início dos trabalhos em 3 dias.

Por que você acredita que a empresa se tornou tão valorizada em 4 anos?

Pela simplificação do modelo de negócio e principalmente pelo valor que entregamos para os consumidores dos varejistas que nos contratam.

Trazer uma solução para um problema real é a grande chave para se destacar num mercado cada vez mais volátil e competitivo?

Eu diria que é a única forma. Qualquer empresa precisa ter claro qual é o problema (dor) que ela resolve. Para crescer cada vez mais, é preciso ter foco, diferencial competitivo (inovação) e ter capacidade de replicar o modelo comercial para ganhar escala.

O que muda para a SmartHint com a aquisição por parte da Magazine Luiza?

Ganhamos mais força e capacidade tecnológica. Com Luizalabs nossa capacidade de inovar cresceu exponencialmente. Como nosso foco é digitalizar o varejo brasileiro, este reforço criativo na tecnologia vai impulsionar para que consigamos continuar sempre inovando e proporcionando melhor experiência para o consumidor. Continuamos no mercado, com meta de 100% de crescimento. Viemos para ficar e impulsionar o varejo.

Empresas grandes adquirindo startups em busca de inovação será a tônica nos próximos anos?

Sem sombra de dúvidas, isso já está acontecendo em larga escala. A inovação não para na tecnologia, o modelo de negócio das startups também tem chamado bastante atenção pela agilidade, algo que na maioria das empresas grandes é praticamente impossível em função dos processos burocráticos necessários para se manter no rumo. Aquisição de startups de sucesso reduz significativamente o tempo e isso vale muito.

As projeções da SmartHint para 2021 estão dentro do esperado?

Mantivemos a mesma previsão de crescimento que tínhamos antes da aquisição. Mesmo tendo agora todo o ecossistema Magalu para atender (que só isso já dobraria de tamanho a companhia), continuaremos com forte crescimento no “stand alone”, como chamamos a operação da SmartHint para mercado, ou seja, realizando o previsto, teremos triplicado de tamanho em 2021.

Última atualização da matéria foi há 3 anos


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