O grande impacto do CO2 na publicidade digital
A HYPR, startup de tecnologia aplicada ao marketing, em conjunto com a Moss, climatech, desenvolveu um modelo que permite neutralizar as emissões de CO2 da publicidade digital através de créditos de carbono em blockchain.
Globalmente, grandes marcas de bens de consumo, cosméticos, automóveis, entre outras indústrias, já trabalham para mensurar e neutralizar as emissões de CO2. Além dos esforços das áreas industriais e de logística, agora os times de marketing têm também o desafio de mapear as emissões de escopo 3 das operações de mídia, de forma que reduza esse impacto.
Nos milissegundos que levam para um anúncio digital ser exibido, dezenas de empresas dialogam para calcular qual anúncio deve ser entregue para cada pessoa.
Nesse processo, múltiplos servidores entram em ação, consumindo eletricidade para alimentar essa cadeia de valor. Para tangibilizar a escala do problema, atualmente a NYSE, bolsa de valores norte-americana processa entre 3 a 6 bilhões de transações por dia. Já o ecossistema de publicidade digital gera um volume 100x maior.
De olho na necessidade de metrificar os impactos da publicidade digital nas emissões de CO2, a HYPR e a Moss, se uniram para ajudar anunciantes a neutralizar as externalidades geradas pela publicidade digital, sem onerar a performance das campanhas e o resultado financeiro das empresas.
Como funciona?
A HYPR utiliza uma metodologia que calcula e mensura a emissão de GEEs (Gases de Efeito Estufa) do plano de mídia digital dos anunciantes e aponta o volume necessário para neutralizar o impacto.
A partir da análise, as empresas podem compensar as emissões de CO2 a partir da compra de créditos de carbono em blockchain, como o MCO2 da Moss. Cada crédito de carbono representa uma tonelada de CO2 cuja emissão foi evitada.
Desde março de 2020, a Moss já transacionou mais de 150 milhões de reais que ajudaram a conservar, aproximadamente, 152 milhões de árvores na Amazônia em projetos certificados e auditados internacionalmente.
“Acreditamos em uma solução de mercado para mitigar os efeitos dos gases de efeito estufa no aquecimento global. Um mercado avançado de créditos de carbono contribui para o desenvolvimento sustentável, e o Brasil tem o dever e o privilégio de ser o líder natural global neste setor” – Luis Adaime, Fundador e CEO da Moss.
Desafio L’Óreal
Após 25 anos do lançamento da fragrância Acqua di Giò, a Giorgio Armani Beauty acaba de lançar no Brasil o perfume My Way, sua aposta para o mercado feminino. Além do legado a honrar, o grande diferencial da fragrância é a virada de chave que promove no projeto de sustentabilidade da companhia.
My Way é o primeiro lançamento do grupo com o compromisso de neutralidade de carbono e até 2025 a empresa quer usar 100% de energia renovável em seus processos.
A companhia estima o uso de 64% menos plástico, 55% menos vidro, 32% menos papelão e 75% menos metal com a adoção do sistema de refil, em comparação com a compra de quatro frascos tradicionais de 50ml. Além disso, por meio do modelo construído pela HYPR e Moss foi possível calcular um impacto de 14,59 Ts de CO2 que foram 100% neutralizadas através de créditos de carbono a um custo de 2,83% do impacto econômico gerado pelo próprio projeto.
Segundo Raphaella Vittz, coordenadora de mídia da L’Oréal Brasil, “o modelo desenvolvido representa um novo passo para o protagonismo do marketing na agenda de ESG, através de um modelo que une performance corporativa com responsabilidade ambiental – onde o financiamento da neutralização de CO2 surge do próprio resultado operacional gerado pelo investimento em mídia”.
“Sob a perspectiva da inclusão das climatechs no leque de tecnologias utilizadas pelo marketing, neutralizar as emissões de mídia é o primeiro caso de uso, mas não para por aí. A geração Z, por exemplo, representa 20% da população e é mais atenta às comunicações relacionadas aos temas de sustentabilidade e meio ambiente. Essa sensibilidade reflete quanto estão dispostos a pagar por produtos e serviços, e pode variar mais de 10% entre diferentes gerações. Em outras palavras, fazer o bem é um bom negócio. É uma oportunidade que os anunciantes têm para entender as diferentes demandas de seus consumidores e suas especificidades, entregando experiências relevantes e com propósito para cada audiência”, diz César Moura, diretor da HYPR.
Sobre a Moss
A Moss é uma climatech: uma empresa que utiliza a tecnologia a favor do meio ambiente e no combate à crise climática. O foco da Moss é simplificar e democratizar o acesso às soluções sustentáveis, e para isso ela atua de ponta a ponta no mercado de crédito de carbono, da originação do crédito até a sua aposentadoria.
A missão da empresa é acelerar as mudanças que o planeta precisa. E suas principais soluções passam por:
Originação de crédito de carbono através do desenvolvimento de projetos de preservação da floresta amazônica; Tokenização do crédito de carbono para evitar contagem dupla e trazer uma camada extra de transparência e rastreabilidade para o mercado; Conferir agilidade e facilidade para a compensação da pegada de carbono de empresas e pessoas através de produtos digitais; Hoje a Moss entrega essas soluções a partir de produtos e tecnologias como monitoramento geoespacial, automatização de processos, calculadoras de pegada de carbono, APIs de compensação, MCO2 – primeiro token lastreado de crédito de carbono usado para compensação de gases de efeito estufa – listado nas principais exchanges e o constante desenvolvimento de produtos digitais focados na preservação da floresta.
Sobre a HYPR
A HYPR foi construída para ajudar agências e anunciantes desenvolverem uma maior capacidade de segmentação proprietária. Fundada em 2020, a empresa oferece para o mercado uma curadoria de plataformas integradas com o objetivo de digitalizar roteiros de mídia exterior (OOH), jornadas de consumo do mundo físico (O2O) e maximizar vendas em canais digitais (Retail). Em 2021, a companhia foi selecionada pela XP Empresas como uma das 250 fast scale ups de tecnologia.
*Com participação do jornalista Rodrigo Moraes.
Última atualização da matéria foi há 1 ano
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