O mês da conscientização da infertilidade
Junho é reconhecido como o mês mundial da conscientização da infertilidade. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a infertilidade afeta uma em cada seis pessoas, representando 17,5% da população adulta global. A infertilidade é classificada pela OMS como uma doença do sistema reprodutivo, podendo ser causada por uma variedade de fatores, incluindo problemas femininos, masculinos, de origem desconhecida, ou uma combinação de fatores do casal. Este reconhecimento global destaca a importância de entender, diagnosticar e tratar a infertilidade, uma condição que, embora comum, ainda é cercada por estigmas e mal-entendidos.
A prevalência da infertilidade é um reflexo de múltiplos fatores biológicos e ambientais. Problemas ovulatórios, obstruções tubárias, endometriose e questões uterinas são algumas das causas femininas. Nos homens, a baixa contagem de espermatozoides, motilidade reduzida, e anormalidades estruturais dos espermatozoides são comuns. Além disso, fatores ambientais e de estilo de vida, como exposição a toxinas, tabagismo, álcool e uso de drogas, também desempenham um papel significativo.
O impacto da idade na fertilidade
O avanço da idade tem um impacto substancial na fertilidade, especialmente nas mulheres. Nas últimas décadas, houve uma tendência crescente de postergar a maternidade, seja por razões pessoais, profissionais ou socioeconômicas. No entanto, essa decisão traz consigo desafios biológicos. A Dra. Thaís Domingues, especialista em medicina reprodutiva da Huntington, observa que a postergação da maternidade está associada a um aumento na frequência de condições como a endometriose e alterações cromossômicas, elevando o risco de aborto e falhas de gestação.
A reserva ovariana, que se refere ao número de óvulos que uma mulher tem em um determinado momento, diminui naturalmente com a idade. Isso não apenas reduz a quantidade de óvulos disponíveis, mas também a qualidade deles, aumentando a probabilidade de anomalias cromossômicas que podem levar à infertilidade ou complicações na gravidez. A conscientização sobre os efeitos da idade na fertilidade é crucial para que mulheres possam tomar decisões informadas sobre o planejamento familiar.
Avanços na reprodução assistida
As técnicas de reprodução assistida têm evoluído significativamente, oferecendo esperança a muitos casais enfrentando infertilidade. Existem várias opções de tratamento disponíveis, dependendo da causa da infertilidade e das circunstâncias individuais do casal. Entre as técnicas de baixa complexidade estão o coito programado e a inseminação intrauterina (IIU), que podem ser indicadas para casais com problemas leves de infertilidade.
A fertilização in vitro (FIV) é uma técnica mais complexa e amplamente utilizada, especialmente para casos mais graves de infertilidade. A FIV envolve a coleta de óvulos e espermatozoides, fertilização em laboratório, e posterior transferência dos embriões para o útero. Existem várias modalidades de FIV, incluindo a clássica e a ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoides), que pode ser realizada com óvulos próprios ou doados. A Dra. Thaís ressalta que a FIV tem sido uma solução eficaz para muitos pacientes, aumentando significativamente as chances de uma gravidez bem-sucedida.
A importância do acompanhamento médico
O acompanhamento médico especializado é fundamental em todo o processo de reprodução assistida. Mulheres com menos de 35 anos que tentam engravidar há mais de um ano, ou aquelas com 35 anos, ou mais que tentam há mais de seis meses, devem considerar a consulta com um especialista em fertilidade. A Dra. Thaís enfatiza a importância de um diagnóstico precoce e de um plano de tratamento personalizado, que pode aumentar significativamente as chances de sucesso.
Problemas como ciclos menstruais irregulares, histórico de doenças reprodutivas, ou condições médicas preexistentes devem ser investigados e tratados adequadamente. Um diagnóstico preciso permite que os médicos identifiquem a causa da infertilidade e recomendem o tratamento mais adequado. Além disso, o acompanhamento contínuo ajuda a monitorar a resposta ao tratamento e a fazer ajustes conforme necessário para otimizar as chances de sucesso.
Estilo de vida e fertilidade
O estilo de vida moderno tem um impacto significativo na fertilidade tanto de homens quanto de mulheres. Fatores como sedentarismo, obesidade, falta de sono, má alimentação, e o uso de substâncias como tabaco e drogas são conhecidos por afetar negativamente a saúde reprodutiva. A infertilidade masculina, em particular, tem aumentado nos últimos anos, muitas vezes associada a hábitos de vida inadequados.
A Dra. Thaís Domingues destaca que a adoção de um estilo de vida saudável pode melhorar significativamente a fertilidade. Praticar atividades físicas regularmente, manter um peso saudável, ter uma dieta balanceada, e evitar substâncias nocivas são passos importantes para quem deseja aumentar suas chances de concepção. Além disso, gerenciar o estresse e garantir uma boa qualidade de sono são igualmente cruciais, pois o bem-estar geral está ligado à saúde reprodutiva.
Infertilidade masculina: um problema crescente
Embora a infertilidade seja frequentemente vista como um problema feminino, os homens também podem enfrentar desafios significativos. A infertilidade masculina está frequentemente relacionada à qualidade e quantidade de espermatozoides, que podem ser afetadas por diversos fatores, incluindo genéticos, ambientais e de estilo de vida. A Dra. Thaís observa que muitos casos de infertilidade masculina poderiam ser evitados ou melhorados com mudanças no estilo de vida.
Fatores como exposição a calor excessivo, substâncias tóxicas, radiações e certos medicamentos podem impactar negativamente a produção de espermatozoides. Além disso, doenças como varicocele (dilatação das veias dentro do escroto), infecções genitais, e problemas hormonais também são causas comuns. A avaliação e tratamento da infertilidade masculina são essenciais para abordar adequadamente o problema e aumentar as chances de concepção natural ou assistida.
A Huntington Medicina Reprodutiva e seu papel no tratamento da infertilidade
Fundada em 1995, a Huntington Medicina Reprodutiva é uma referência no tratamento da infertilidade. Parte do Grupo Eugin, a Huntington está presente em nove países e conta com mais de 1.500 profissionais em 30 clínicas ao redor do mundo. No Brasil, possui unidades em São Paulo (Ibirapuera, Paraíso e Vila Mariana), Campinas (SP), Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG).
A clínica oferece uma gama completa de tratamentos de fertilidade, desde técnicas de baixa complexidade até as mais avançadas modalidades de fertilização in vitro. Com uma equipe de especialistas dedicados e tecnologia de ponta, a Huntington tem ajudado muitos casais a realizarem o sonho da parentalidade. A Dra. Thaís Domingues, uma das especialistas da clínica, enfatiza a importância de buscar ajuda médica especializada e de ter acesso a informações e tratamentos de qualidade.
A conscientização sobre a infertilidade e a disponibilidade de tratamentos eficazes são fundamentais para apoiar aqueles que enfrentam essa condição. O mês de junho, dedicado à conscientização da infertilidade, serve como um lembrete da importância de discutir abertamente sobre o tema, reduzir o estigma associado e promover a educação e o acesso a tratamentos que possam ajudar a transformar vidas.
Última atualização da matéria foi há 6 meses
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