10 aforismos sobre o República
Nesta seção, reunimos aforismos que não pedem licença: observações em punhal, ironias que vestem a nudez dos fatos e pequenas sentenças que carregam o peso de tratados. São fragmentos de lucidez e veneno, lampejos de razão em meio ao ruído. Cada linha nasce do atrito entre o pensamento e o absurdo cotidiano — como fagulhas que iluminam e queimam ao mesmo tempo. Aqui não há espaço para meias verdades, nem para o conforto das palavras domesticadas. Países, líderes, ideologias, mitos e delírios — tudo cabe em uma linha, desde que doa com precisão. Nada aqui é neutro. Tudo aqui é necessário. Curto, seco e certeiro — aqui, cada frase é um espelho rachado do mundo, refletindo tanto o riso quanto a ruína.
República: a mesa redonda onde todos deveriam caber.
Nasce do acordo frágil entre iguais, cresce na promessa de que ninguém manda sozinho.
É o voto rabiscado na pressa, o debate na calçada, o gesto cívico que quase passa despercebido.
É o barulho das ruas corrigindo o silêncio dos gabinetes.
Quando íntegra, é pacto; quando traída, é cicatriz que aprende a responder.

É o espaço comum onde discordamos para continuar existindo.
É o direito de reclamar, de exigir, de recomeçar.
Mas quando parece ruir, renasce — num gesto civil, num ato de coragem miúda.
República: o acordo teimoso de dividir o mesmo futuro.
Entre o dever que pesa e a liberdade que chama, ela encontra seu verdadeiro sentido.
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Franco Atirador assina as seções Dezaforismos e Condensado do Panorama Mercantil. Com olhar agudo e frases cortantes, ele propõe reflexões breves, mas de longa reverberação. Seus escritos orbitam entre a ironia e a lucidez, sempre provocando o leitor a sair da zona de conforto. Em meio a um portal voltado à análise profunda e à informação de qualidade, seus aforismos e sarcasmos funcionam como tiros de precisão no ruído cotidiano.




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