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As análises de Yoshimiti Matsusaki da Finnet

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Yoshimiti Matsusaki é CEO da Finnet. O executivo é formado em Administração, Psicologia e Engenharia Elétrica pela Universidade de São Paulo. Grande conhecedor do setor tecnológico, possui quase três décadas de experiência no mercado de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Em 2003 foi o co-fundador da Finnet, desde então já atuou como diretor de produtos e serviços, diretor de marketing e atualmente é CEO e Co-founder da empresa. No decorrer da sua carreira especializou-se em Processos de Negócios, Gerenciamento de Serviços de TI, Aplicativos de Gerenciamento de Rede, Serviços Financeiros e Soluções SaaS. Yoshimiti detém conhecimento para falar sobre empreendedorismo, comunicação e tecnologia, mercado de crédito empresarial, entre outros temas. A Finnet é uma empresa de tecnologia que trabalha integrando profissionais de alta qualidade a ferramentas e softwares exclusivos com um único objetivo: facilitar todo processo de gestão de forma inteligente e simples. “A Finnet está no mercado há quase 20 anos, temos conexões com mais de 118 instituições financeiras e mais de 3 milhões de CNPJs em nosso ecossistema financeiro. Temos a meta inicial de levar 2 bilhões de reais em crédito ao mercado em 2022, e para isso, iremos utilizar a credibilidade das nossas soluções já consolidadas no mercado. Nosso objetivo é levar as soluções de crédito para o Supply Chain Financeiro das empresas”, afirma o CEO.

Yoshimiti, entre as suas formações destacamos a psicologia. Como você acredita que a questão psicológica interfere na vida de um empreendedor?

Com certeza interfere, pois, a busca da jornada do empreendedor é em boa parte a prática das suas crenças e valores. Nos momentos de dificuldade e de prosperidade quase todas as reações do empreendedor têm em sua base uma reação a partir da sua identidade psicológica, por isso é muito importante que as pessoas que ocupam cadeiras de maior responsabilidade social tenham mentores, conselheiros e um alto nível de consciência e conhecimento de si mesmas. Em períodos de crise, como foi e está sendo a pandemia, ficou bem claro a diversidade de comportamento dos empreendedores: os que simplesmente fecharam as portas, aqueles que brigaram para manter os postos de trabalho, aqueles que adotaram posturas mais defensivas, aqueles que viram oportunidades, alguns faliram outros prosperaram. Por exemplo: acredito que não há certo nem errado, cada um faz sua escolha, por outro lado, precisamos perceber que o sucesso financeiro não é o único elemento de sucesso da jornada de um empresário, mas o lucro é elemento crítico para a continuidade de um empreendimento. Por outro lado precisamos saber reconhecer que existem conquistas e responsabilidades muito maiores na jornada de um empreendedor.

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Como a questão psicológica interferiu em sua vida em particular?

Cresci em um ambiente bastante humilde e espiritualizado, apesar das dificuldades nunca passamos necessidades. Meus pais eram imigrantes e muito religiosos, assim minha casa foi local de acolhimento de muitas famílias e jovens em dificuldade que vinham do exterior e do interior de São Paulo. Esse ambiente desenvolveu em mim uma capacidade de lidar com diferentes pessoas, conseguir fazer mais com menos, perceber como as conquistas são subjetivas e as coisas transitórias. Percebi como o propósito é valioso, e como isso move pessoas.

Em outubro de 2021, as empresas de crédito empresarial estavam otimistas com 2022. Isso ainda persiste?

Sim, existe uma grande demanda de crédito no mercado, as instituições precisam levar esse crédito às empresas. Contudo, esse período de crise sanitária, econômica e política traz um patamar de risco muito elevado, o que faz com que o crédito não seja acessível às empresas que precisam, mas tem um alto risco.

Qual o futuro do mercado de crédito para o empresário, de modo geral?

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O mercado de crédito vai se especializar cada vez mais. A tendência é que todos os segmentos, nichos e portes sejam atendidos por empresas, instituições e fintechs que tem o algoritmo de crédito bem eficaz para analisar as empresas com risco aceitável e distribuir os recursos disponíveis.

Como a Finnet se encontra nesse cenário?

A Finnet está no mercado há quase 20 anos, temos conexões com mais de 118 instituições financeiras e mais de 3 milhões de CNPJs em nosso ecossistema financeiro. Temos a meta inicial de levar 2 bilhões de reais em crédito ao mercado em 2022, e para isso, iremos utilizar a credibilidade das nossas soluções já consolidadas no mercado. Nosso objetivo é levar as soluções de crédito para o Supply Chain Financeiro das empresas, desenvolvendo e identificando parceiros com os melhores algoritmos para diferentes nichos e, assim, levar de forma assertiva o crédito a todas as empresas de diferentes segmentos.

Quais os principais pilares da Finnet?

Os pilares são Credibilidade, Inovação, Resiliência e Sinergia.

Ao observarmos os slogans utilizados percebemos isso:

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· “Transmitindo Segurança”

· “Transformar problemas em soluções”

· “A mais alta tecnologia em gestão para sua empresa”

· “Aliando tecnologia financeira à geração de crédito, por meio do maior marketplace do Brasil, com acesso às maiores instituições financeiras”

· “A Tecnologia nos une”

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Estes pilares são expressos nos valores da empresa que são:

· Espírito de equipe

· Atitude de dono

· Empreendedorismo

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· Hardworking

· Foco no Cliente

· Reconhecimento

Qual a importância da comunicação e da tecnologia para uma fintech como a Finnet?

Apesar da tecnologia ser vital para a Finnet, sabemos que cada vez mais a tecnologia vem se tornando uma commodity, ou seja, as empresas não se diferenciam mais pela tecnologia em si, mas sim pela habilidade de usá-la como insumo e desenvolver de maneira ágil soluções diferenciadas, de baixo custo com alto valor agregado. Neste sentido, a comunicação se torna o grande diferencial, e, quando digo comunicação, é sobre todos os aspectos:

· Qualidade da comunicação dentro da empresa, em todos os níveis hierárquicos, que tendem a ser cada vez menos burocráticos, orientados a resultados e buscando aprendizado ágil e constante, sobretudo em momentos de adversidades e falhas.

· Conversas profundas com o cliente. Ter experiências de co-criação e colaboração, conseguir entender as demandas explícitas e implícitas, presentes e futuras, ter um diálogo de construção de futuro e de busca conjunta de resultados.

· Ter diálogos internos de qualidade e de real interesse, conversas que buscam a inclusão, o respeito, a diversidade, e assim desenvolver times fortes devido as suas com grandes diferenças, mas que estão unidos, não pelo resultado de diálogos profundos, mas sim, onde as diferenças são oportunidades de acesso a mundos de valores, ideias e experiências até então desconhecidas.

· E por último e não menos importante, é comunicar ao mercado, ao mundo, seu propósito e suas soluções com clareza, mas, acima de tudo baseado, na verdade dos fatos e na construção do melhor para todos.

O que é essencial no tripé crédito, tecnologia e comunicação?

Acredito que é credibilidade, pois, ela faz com que a comunicação seja realmente ouvida, traz a certeza de que a tecnologia está sendo aplicada da forma mais adequada e o crédito é fornecido na certeza de que é um impulsionador de negócios e, por isso, é o melhor para o cliente.

Algo que é muito falado sobre a Finnet é sobre a sua cultura. Por que você acredita que a cultura da empresa é tão marcante?

Acredito que já tínhamos uma cultura de startup e de fintech muito antes desses termos serem usados como nos dias de hoje. Somos uma startup que vai fazer 20 anos em 2023. O impressionante que não é raro encontrarmos profissionais com 5, 10, 15 anos ou mais na Finnet. Ou seja, são eles que carregam nosso DNA e com a capacidade de acolher novas pessoas com diferentes experiências e pensamentos, e com isso a nossa cultura só vem se fortalecido. Conseguimos crescer equilibrando e mesclando pessoas recém-chegadas com aqueles estão conosco numa longa jornada, isso faz com que todos os trechos dessa caminhada sejam sempre desafiadores, mas também revigorante.

As constantes mudanças para uma melhor adaptação na atual conjuntura, fazem parte dessa cultura?

Sim, nos preocupamos em sempre criar novos estímulos para nossos colaboradores, é como se eles estivessem em uma nova empresa a cada 3 a 5 anos; mudamos de instalações, mudamos a organização, mudamos a plataforma tecnológica. Isso faz com que não haja espaço para acomodação ou estagnação física, ou mental. É gratificante observar como nossos colaboradores se desenvolvem em diferentes papeis e situações, como se tivessem passado por diversas empresas ao longo dos anos.

Quais os desafios a Finnet ainda terá no ano vigente?

Não só para o ano vigente, mas nosso desafio sempre foi: “Reter as melhores pessoas, desenvolver excelentes profissionais e conquistar resultados sustentáveis”. Em termos concretos é resistir ao assédio do mercado aos nossos profissionais, ter um processo de formação contínuo das novas gerações e atingir as metas nos mercados consolidados de techfin e nas novas soluções de fintech, em especial na oferta de crédito ao mercado, que vai estar bastante instável devido aos efeitos da pandemia, seus impactos na economia e do momento de instabilidade política.

Última atualização da matéria foi há 2 anos


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