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Do lado de lá com Millôr Fernandes

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Millôr Fernandes nasceu em 16 de agosto de 1923, no Rio de Janeiro, e se tornou um dos maiores intelectuais brasileiros do século XX. Escritor, humorista, dramaturgo, tradutor, desenhista e jornalista, foi um verdadeiro homem renascentista no cenário cultural do Brasil. Começou cedo na imprensa, assinando colunas e cartuns na revista O Cruzeiro. Com um humor ácido e refinado, foi um dos criadores do lendário O Pasquim, jornal satírico que desafiou a censura durante a ditadura. Na literatura, destacou-se por traduções antológicas, como a de Hamlet, de Shakespeare. Sua dramaturgia renovou o teatro brasileiro com ironia e crítica social. Millôr também foi um mestre das frases curtas e geniais, as chamadas aforismos. Em suas charges, traços econômicos sustentavam ideias profundas. Avesso a convenções, recusou prêmios e honrarias oficiais. Foi crítico feroz da estupidez institucionalizada e defensor radical da liberdade. Trabalhou até o fim da vida, mantendo a lucidez e o espírito inquieto. Faleceu em 27 de março de 2012, deixando um legado incontornável. Millôr foi, sobretudo, um livre pensador. Sua obra segue viva, inspirando gerações de escritores, humoristas e artistas gráficos. Millôr ensinou que o pensamento livre é o verdadeiro antídoto contra a mediocridade.

12 frases marcantes de Millôr Fernandes:

“Democracia é quando eu mando em você, ditadura é quando você manda em mim.”

“O pior casamento é o que dá certo.”

“Liberdade é quando o povo pode escolher quem vai ferrá-lo.”

“A justiça é cega. O cinema é mudo. A política é surda.”

“Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados.”

“A verdadeira humildade é você saber que é melhor do que os outros e não dizer nada.”

Millôr foi um dos maiores intelectuais brasileiros do século XX (Ilustração: Coelho)
Millôr foi um dos maiores intelectuais brasileiros do século XX (Ilustração: Coelho)

“Deus fez o mundo em seis dias. E no sétimo, não descansou: inventou a cerveja.”

“Tem gente que é tão pobre, mas tão pobre, que só tem dinheiro.”

“Errar é humano. Ser apanhado em flagrante é burrice.”

“O dinheiro não traz felicidade — manda buscar.”

“Mente aberta demais acaba caindo o cérebro.”

“Se você não está confuso, é porque não está bem informado.”

Mensagem do Além

Pergunta psicografada para Millôr Fernandes

(Transcrita não de papel nem de tela, mas soprada pelas rachaduras de um velho dicionário aberto ao acaso, num apartamento do Leme, onde o mar ainda ri das pretensões humanas e a língua portuguesa cochicha suas armadilhas para quem tiver ouvidos irônicos.)

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Pergunta:
Se pudesse voltar à Terra por apenas um minuto, que conselho daria aos brasileiros atolados em notícias falsas, gurus de internet e a eterna busca por salvação fácil?

Resposta psicografada:

“Diria o óbvio, porque o óbvio ninguém vê: desconfiem de tudo — especialmente do que confirma suas certezas. Toda promessa vem com juros. Não existe solução mágica, mas existe burrice crônica. Fiquem espertos: a ignorância é organizada, a inteligência é solitária. Nunca sigam multidões — elas só fazem sentido em liquidação ou enterro. Se tiverem dúvida entre acreditar ou rir, escolham rir. É mais barato, mais saudável e não paga imposto. E lembrem sempre: o Brasil não precisa de salvador. Precisa de gente pensando. Pensar dói, mas cura.”

— Millôr, rabiscando frases tortas na borda de um guardanapo invisível, enquanto Deus, desconfiado, observa de canto de olho se Ele mesmo vai entrar na próxima piada.

Última atualização da matéria foi há 9 horas


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