Crescimento do setor de TI Corporativa em pauta
O mercado brasileiro de TI (Tecnologia da Informação) corporativa cresceu 11% em 2021. Segundo a pesquisa, o mercado de tablets e notebooks gerou US$4,7 bilhões – 21% mais que o ano anterior –, o que representa 7,3% de todo investimento de TI no país. A previsão é de 71% nos aumentos das vendas de tablet para o mercado corporativo, enquanto as vendas de notebooks devem crescer 25%. Um dos motivos é a continuidade da necessidade das empresas em fornecer infraestrutura para os funcionários trabalharem no modelo de trabalho híbrido. A expectativa da indústria para venda desses equipamentos até 2025 no país, considerando somente o segmento corporativo é de um crescimento de 25%. Na Positivo Tecnologia, existe a área de negócios focada em vendas para o segmento corporativo, que teve um crescimento de 87% nas vendas no primeiro semestre deste ano. Em 2020, durante o período da pandemia, a área teve uma receita bruta de R$556 milhões. Outra solução que se destaca na unidade de negócios é o “HaaS” (Hardware como Serviço), que cresceu 80,5% comparado ao primeiro semestre de 2020, com estruturas de locação e assistência técnica de computadores, celulares e servidores. “O mercado de tecnologia em hardware para empresas de todos os portes, além do segmento de educação, segue aquecido e com uma maior procura por computadores”, afirma Rodrigo Guercio, vice-presidente de negócios da Positivo Tecnologia.
Rodrigo, o mercado de TI corporativa cresceu 11% em 2021. Quais os principais aspectos desse crescimento e que podemos salientar?
O mercado de tecnologia em hardware para empresas de todos os portes, além do segmento de educação, segue aquecido e com uma maior procura por computadores, soluções e serviços para atendimento híbrido (dentro das empresas e na casa do usuário). É reflexo da necessidade por maior mobilidade e, principalmente devido à consolidação de modelos híbridos de trabalho e ensino, a modernização da infraestrutura tem se tornado cada vez mais necessária. As empresas continuam renovando seus parques e investindo em novas tecnologias, enquanto fabricantes de todo o mundo enfrentam o desafio logístico e da escassez mundial por componentes. Temos um cenário de alta demanda e uma situação na cadeia de suprimentos que nos exige ainda mais esforço para poder atender a todos os nossos clientes e parceiros.
Quais são as três grandes áreas desse mercado?
Como destaque, vemos uma demanda importante para os modelos de consumo em data centers e, para fomentar a TI híbrida, percebemos um salto importante em hiperconvergência – sistema unificado e definido por software que combina todos os elementos de um data center tradicional: armazenamento, processamento, rede e gerenciamento. Além disso, serviços associados a demandas como essas completam as áreas que estão em alta neste momento.
O que o consumidor exige desse mercado e que para você será fundamental para a performance das empresas desse setor?
O consumidor exige cada vez mais inovação e quem não inovar ficará para trás. É preciso trazer coisas diferentes, que facilitem o dia a dia, com bom ótimo custo-benefício. Na Positivo Tecnologia, por exemplo, temos os dispositivos para escritórios inteligentes para que os funcionários consigam realizar suas atividades com mais agilidade e segurança. Especialização em determinados segmentos de indústria, também tende a ser muito valorizada nas discussões que podem trazer diferenciação.
Como o mercado híbrido está influenciando esse crescimento?
Como comentei, o modelo de trabalho e ensino híbrido é um dos responsáveis por este crescimento no mercado. Muitas empresas não tinham notebooks e nem as soluções corretas, quando os profissionais precisaram começar a trabalhar remotamente e tiveram de se readaptar rapidamente. Hoje, a maioria das empresas já tem a estrutura necessária para o trabalho híbrido, porém, estão buscando cada vez mais melhorias e ganhos de eficiência em tecnologia e inovação. Organizações de todos os portes continuam renovando seus parques e investindo na modernização de estrutura, que tem se tornado mais necessária para sustentar o ambiente remoto.
Quais os principais desafios que você enxerga como VP da Positivo Tecnologia?
Acho que o maior desafio é conseguirmos fazer as escolhas corretas a tempo em recursos que destravem o maior potencial de nossos clientes e parceiros. São tantas as demandas e tão distintas, que é muito fácil de se desviar do foco. Disciplina e foco na execução em tudo aquilo que você se propõe a fazer para garantir uma entrega boa são as palavras de ordem neste momento.
Como a Positivo Tecnologia está alocada nesse mercado?
Na Positivo Tecnologia, temos a área de negócios dedicada a vendas para o segmento corporativo, que conta com produtos, soluções e serviços em distintas linhas, como PCs, mobilidade, data centers, além de soluções como dispositivos para escritórios inteligentes, terminais móveis de pagamento e “Hardware as a Service”, que cresceu 120% comparado ao mesmo período do ano passado. Só em 2020, durante o período da pandemia, a área teve uma receita bruta de R$556 milhões, enquanto no ano passado somou R$433 milhões nos primeiros nove meses. Isso é reflexo de nossa estratégia e esforço em entender necessidades e atributos deste mercado e desenvolver soluções corporativas que façam sentido.
Quais as soluções que mais se destacam na unidade de negócios da companhia?
Equipamentos e tecnologias que permitem maior mobilidade e integração de ambientes corporativos como notebooks, tablets e celulares, soluções de salas de aula conectada e outras como salas de reuniões conectadas, além de hiperconvergência e soluções no modelo de HaaS são as ofertas e produtos que mais se destacam na nossa unidade de negócios. Vemos demanda expressiva por todas as marcas do nosso portfólio: Positivo, Compaq, Vaio e Positivo Servers & Solutions.
Em que pilares está assentada a unidade de negócios da Positivo?
Temos capturado os feedbacks de nossos clientes para que possamos crescer de forma estruturada e melhorar sequencialmente nossas entregas, visando os aspectos que realmente fazem a diferença. Posso dizer que temos obsessão por encontrar e entregar soluções com flexibilidade acima da média para necessidades de negócio. Gosto de definir nossa companhia e, por conseguinte, nossa unidade, como a “alfaiataria” da tecnologia.
Você sempre ressalta a importância do chamado soft skills. Qual a importância dessas habilidades para a Positivo?
Eu diria que são fundamentais em um ambiente dinâmico e de muitas alterações de rota que requerem alto grau de flexibilidade de adaptabilidade às mudanças. Costumo dizer que, se você não gosta de mar com ondas, talvez aqui não seja o seu lugar. O ambiente que temos é bastante inclusivo e promove uma cooperação pesada entre áreas com pessoas que não só têm muito orgulho de trabalhar aqui, mas que jogam pelo bem da companhia e não por si próprios. Entender bem isto é muito importante! Partindo do princípio que soft skills não são habilidades técnicas aprendidas em sala de aula, procuramos olhar muito bem quem está chegando para garantir que tenhamos perfis aderentes com nossos valores, missão e momento, além de promover muitas atividades de autoconhecimento para que tirem as pessoas de sua zona de conforto e tudo isto em um ambiente aberto que facilite a troca de feedbacks.
Essa habilidade pode ser o grande divisor para os profissionais que mais se destacam nesse mercado?
Entendo que sim, pois, são fatores determinantes de sucesso. É difícil pensar que profissionais que contenham ou se preocupem em construir habilidades voltadas a pensamento crítico, liderança, atitude positiva, trabalho em equipe e ética não tenham sucesso ao longo prazo e não se sintam realizados profissionalmente.
Como vislumbra 2022 para o horizonte da Positivo Tecnologia?
O ano de 2022 será um ano de muitas mudanças e novas oportunidades, mas principalmente de muitas conquistas. Definitivamente, será um ano desafiador pelo ambiente sanitário, político e mercadológico, mas para nós um ano também de consolidação de algumas novas frentes cuidadosamente abertas que se solidificarão.
Última atualização da matéria foi há 3 anos
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