Do lado de lá com Édith Piaf
Édith Piaf (1915–1963), nascida em Belleville, foi a voz da dor humana e o eco da ternura perdida. Cantava como quem reza — sem palco, sem máscara, apenas alma e cicatriz. Pequena em corpo, imensa em presença, transformava cada nota em confissão e cada silêncio em punhal. Sua voz era Paris embriagada de melancolia e esperança, o acorde final de um amor impossível e o prelúdio de um adeus que nunca acabava. Piaf não cantava canções — ela devolvia humanidade ao som. Vinda das ruas, onde aprendeu a sobreviver entre aplausos e tragédias, fez do palco sua catedral e da dor seu idioma. Com ela, o amor não era romance: era ferida, vício, redenção. Sua vida foi um palco aceso por instantes e apagado por remédios, acidentes e paixões demais. Viveu para o amor e morreu por ele. A “Piaf”, o pequeno pardal, tornou-se águia no céu da música francesa — e, ao mesmo tempo, uma sombra à procura de luz. Morreu em 10 de outubro de 1963, aos 47 anos, deixando o mundo mais silencioso e a alma francesa sem seu eco. Piaf não buscava perfeição — buscava sentir. E o sentimento, nela, nunca foi dócil: foi um terremoto.
12 frases marcantes de Édith Piaf:
“Canto para não chorar — e às vezes, dá no mesmo.”
“Não me arrependo de nada. O arrependimento é para quem teve medo de viver.”
“O amor é uma febre que a razão não cura.”
“A miséria me ensinou a cantar, não a calar.”
“Cada aplauso é um pedido para que eu continue viva.”
“O palco é o único lugar onde não sinto frio.”

“Cantar é rezar com a garganta.”
“O amor me destruiu, mas eu o aplaudo mesmo assim.”
“Não existe palco pequeno para uma dor grande.”
“A vida é curta demais para não ser cantada.”
“Fui feliz? Talvez. Fui intensa? Sempre.”
“A voz passa. A emoção fica.”
Mensagem do Além
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outubro 10, 2025Frederic Chaz assina a seção Vozes do Tempo do Panorama Mercantil. Estudioso do processo metafísico e mediúnico, ele conduz o leitor por trilhas sensoriais entre o visível e o invisível, investigando as frestas do tempo e da consciência. Seus textos ressoam como ecos de outras dimensões — ora sussurrando mistérios, ora lançando luz sobre o enigma humano. Em um portal dedicado à profundidade e à densidade informativa, sua escrita atua como um sismógrafo do espírito, captando vibrações sutis que escapam aos olhos apressados.




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