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Paulo Ubiratan: o diretor que morreu de prazer

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Paulo Ubiratan Fontes Gaspar foi um dos maiores e mais talentosos diretores do país. Além de diretor, atuou como produtor e editor, deixando sua marca em diversas telenovelas brasileiras da Rede Globo. Sua carreira foi marcada por inovações, sucessos de audiência e uma trajetória profissional admirável.

Nascido em 14 de janeiro de 1947, Paulo Ubiratan tinha o Brasil como seu campo de trabalho. O diretor faleceu de forma inesperada (e inusitada como veremos abaixo), vítima de um infarto fulminante aos 51 anos, enquanto trabalhava na direção-geral da novela “Por Amor”, de Manoel Carlos, exibida pela Globo no horário das oito.

O episódio fatídico ocorreu em um sábado, dia 29 de março de 1998, coincidindo com a exibição do capítulo 144 de “Por Amor”. O choque da notícia reverberou no meio artístico, e Ricardo Waddington, já membro da equipe de diretores da novela, assumiu o posto deixado por Paulo Ubiratan.

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Antes de seu passamento, o diretor estava envolvido na pré-produção da telenovela “Meu Bem Querer”, escrita por Ricardo Linhares e com supervisão de Aguinaldo Silva. Reconhecido por seu talento, Paulo Ubiratan recebeu homenagens póstumas nos capítulos finais de “Anjo Mau” e no início de “Era uma Vez…”, ambas novelas exibidas no horário das seis pela Globo à época.

O início da carreira de Paulo Ubiratan teve seus primeiros passos na TV Tupi de São Paulo, onde atuou como assistente de vídeo e produtor. Na emissora, teve a oportunidade de trabalhar com Lima Duarte na novela revolucionária “Beto Rockfeller”, escrita por Bráulio Pedroso, que rompeu com os padrões estabelecidos até então.

Sob a orientação de Walter Avancini, considerado seu mentor, Paulo Ubiratan consolidou-se como profissional, explorando diversas áreas na TV Tupi. Em 1978, fez a transição para a TV Globo, assumindo como assistente de direção na novela “O Pulo do Gato”, de Bráulio Pedroso.

Nos anos seguintes, o diretor emendou trabalhos nas novelas “Sinal de Alerta”, de Dias Gomes, e “Feijão Maravilha”, de Bráulio Pedroso. Com o início da década de 1980, Paulo Ubiratan alçou voos mais altos, dirigindo novelas no horário nobre das 20h. Parcerias de sucesso com Roberto Talma resultaram em obras marcantes como “Água Viva”, de Gilberto Braga, “Coração Alado”, de Janete Clair, e “Baila Comigo”, de Manoel Carlos.

A década de 1980 foi especialmente frutífera para o diretor, que também atuou como supervisor em obras renomadas como “Louco Amor” (Gilberto Braga), “Guerra dos Sexos” (Sílvio de Abreu), “Eu Prometo” (Janete Clair), “Transas e Caretas” (Lauro César Muniz) e “Champagne” (Cassiano Gabus Mendes).

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Em 1985, dirigiu a nova versão de “Roque Santeiro”, adaptada por Dias Gomes, sendo a primeira novela a explorar o sertão nordestino no horário das 20h. Contudo, devido a um ataque cardíaco, Paulo Ubiratan precisou se afastar da novela, sendo substituído por Gonzaga Blota.

Apesar do contratempo, o diretor retornou com êxito, produzindo novelas como “Roda de Fogo” (Lauro César Muniz) e “Vale Tudo” (Gilberto Braga). Sua volta à direção ocorreu em 1989 com “O Salvador da Pátria”, seguido por outro grande sucesso, “Tieta”, de Aguinaldo Silva, Ricardo Linhares e Ana Maria Morethzohn.

Em 1990, dirigiu a minissérie “Riacho Doce”, de Aguinaldo Silva, ambientada em Fernando de Noronha, e a novela “Meu Bem Meu Mal”. Nos anos seguintes, esteve à frente de produções como “Felicidade” (Manoel Carlos) e “Pedra Sobre Pedra”, marcada pelo realismo fantástico.

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Entre 1992 e 1996, dirigiu os primeiros capítulos de “Tropicaliente” (Walter Negrão) e foi responsável pela produção de “A Próxima Vítima” (Sílvio de Abreu) e do remake de “Irmãos Coragem”, celebrando os 30 anos da TV Globo.

Em 1996, dirigiu a minissérie “O Fim do Mundo” e assumiu a direção de “Anjo de Mim” (Walther Negrão) em 1997, seguido por “A Indomada”. Seu último trabalho foi na direção-geral de “Por Amor”, de Manoel Carlos, quando, em fevereiro de 1998, foi nomeado diretor de Criação da Central Globo de Produção.

Legado amoroso e morte na hora do sexo

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Além de sua brilhante carreira profissional, Paulo Ubiratan também se destacou em sua vida amorosa. O diretor, conhecido por seu charme e carisma, foi um verdadeiro conquistador.

Seu primeiro casamento foi com a talentosa atriz Natália do Vale, uma parceria que marcou sua vida pessoal e profissional. No entanto, o relacionamento teve seu término em meados de 1986. Pouco tempo depois, Paulo Ubiratan iniciou um novo capítulo em sua vida amorosa ao se envolver com a jornalista Valéria Monteiro, ex-modelo.

Essa segunda união resultou no nascimento de sua filha, Vitória, acrescentando um novo capítulo à sua história familiar. A relação com Valéria Monteiro se manteve até sua partida em 1998.

Paulo Ubiratan, conhecido como disciplinador, era respeitado por seu modo de trabalho, semelhante ao de Walter Avancini. Sua habilidade em extrair o melhor dos atores e em escalar pares românticos memoráveis ficou marcada na história da televisão brasileira. O diretor deixou um grande legado, não apenas por suas realizações artísticas, mas também por sua partida inusitada durante um momento íntimo.

A atriz Paula Burlamaqui, em uma participação no podcast Papagaio Falante no ano passado, trouxe à tona uma curiosidade sobre a morte de Paulo Ubiratan. Segundo ela, o renomado diretor teria falecido enquanto mantinha relações sexuais com uma mulher (o nome foi preservado). Essa revelação trouxe ainda mais complexidade à figura do influente diretor, já envolto em uma aura de admiração e controvérsia.

Última atualização da matéria foi há 6 meses


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