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CapTable conquista a confiança dos investidores

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Em operação desde julho de 2019 e com a StartSe como uma das sócias, a CapTable disponibiliza todo o seu conhecimento para selecionar as startups que tenham grandes potenciais de serem os próximos unicórnios (startups com valor de mercado superior a US$1bi) e traz ao investidor comum a possibilidade de investir nesses negócios. O cenário de incertezas na economia, juros no seu menor nível histórico e baixos ganhos em renda fixa estão fazendo com que o brasileiro reaprenda a investir. A pandemia do novo Coronavírus reafirmou essa tendência. “Quando olhávamos para o mercado de investimentos em startups, víamos que as informações desse mercado estavam ainda desorganizadas. Faltava um player que organizasse as informações desse mercado, assim como a bolsa de valores organiza, centraliza e coordena o investimento nas grandes empresas”, afirma Guilherme Enck, cofundador da CapTable. Desde a sua criação, a CapTable conquistou a confiança de mais de 4 mil investidores que aportaram mais de R$31 mi em startups como Alterbank (fintech), Livima (PropTech/Fintech), Umbler (CloudHosting), Skydrones (Agrotech), InovaPictor (Legaltech), Pomartec (agrotech), Oak’s Burritos (Varejotech), O Amor É Simples (E-commerce), InBeauty (Healthtech), Trashin (cleantech), Wuzu (fintech), Play2Sell (SalesTech/Edtech), 4.events (SaaS), iFriend (traveltech), Hiperdados (SaaS), GAV (Mobitech) e Eirene Solutions (Agrotech).

Guilherme, como enxerga o atual momento das startups durante esse período turbulento?

Acredito que de forma geral as startups se beneficiaram desse período turbulento. Claro, existem startups de todos os tipos. Mas há várias delas que utilizam a internet como meio de distribuição para seus produtos. Quando bateu a pandemia todo mundo teve que mudar seu padrão de consumo para o online ao ter que passar a fazer as suas reuniões virtuais, consumir produtos de entretenimento virtualmente, até adquirir produtos físicos via e-commerce.

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Então pela minha visão, essas voltadas a serviços pela internet, se beneficiaram muito com a pandemia. Por todo mundo estar mais de olho no segmento de tecnologia, essas empresas de base tecnológica acabaram ganhando destaque. Isso a gente observa na maior procura por investimentos em startups ao longo de 2020 e deste ano também. Outro motivo pelo qual as startups foram beneficiadas neste período turbulento é porque essas empresas normalmente têm custos mais controlados. Com isso, costumam ter uma estrutura mais enxuta. Enquanto isso, as grandes empresas normalmente levam mais tempo para uma adaptação não só do ponto de vista estrutural, mas também do ponto de vista daqueles que estão na linha de frente dessas empresas. A agilidade dessas startups contou muito para se adaptar aos novos tempos.

O que essas empresas devem captar nesse momento para operar num mundo pós-Covid?

Do ponto de vista do ambiente global de negócios foram dois grandes aprendizados: o primeiro deles foi em relação às cadeias de suprimento globais que foram muito afetadas e, consequentemente, isso é efeito de algo extremamente positivo que é a maior integração das cadeias de suprimento da globalização. Vimos, na prática que sempre deve-se ter um plano B, com uma alternativa de fornecimento de matéria-prima, de mercado consumidor do ponto de vista das empresas, terem também uma cadeia de suprimentos diversificada como forma de mitigar riscos… Esse foi o primeiro grande aprendizado do ponto de vista do mundo dos negócios.

Já a segunda lição foi que indústrias tradicionais passaram a pensar em acelerar sua transformação digital. Todas as indústrias vão passar por uma transformação digital forte e aquelas empresas que ainda não estavam pensando ou pensavam de forma tímida, se deram conta que vão ter que acelerar. Então, o aprendizado para se lidar bem no mundo pós-Covid é que a pandemia acelerou algumas tendências que já vinham acontecendo do ponto de vista do comportamento do consumidor e da estrutura das empresas. Ela quebra o preconceito com o trabalho remoto, algumas indústrias já trabalhavam de forma remota, como a indústria de TI. Mas outras, que tinham certo preconceito com essa forma de trabalhar, a pandemia ajudou a mudar isso. Talvez isso signifique que as empresas no futuro vão estar mais preparadas para outras crises que venham a acontecer.

Qual o insight para a criação da CapTable?

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O grande insight para a criação da CapTable foi que a gente viu o ecossistema de inovação brasileiro como um todo se desenvolver de uma forma muito intensa nos últimos anos. Nós vimos toda uma rede de Fundos de Venture Capital, de aceleradoras, de Grupos de Investimento Anjo, Incubadoras, iniciativas de Corporate Venture, uma série desses segmentos sendo criados por conta do número cada vez maior de startups. A velocidade com que o ecossistema de inovação brasileiro se desenvolveu foi muito rápido. Nós, obviamente, ainda estamos anos-luz de ecossistemas como Estados Unidos, China, Israel e outros mais desenvolvidos. Mas a velocidade com que a gente tá se desenvolvendo aqui talvez seja comparável a esses ecossistemas.

Quando olhávamos para o mercado de investimentos em startups, víamos que as informações desse mercado estavam ainda desorganizadas. Faltava um player que organizasse as informações desse mercado, assim como a bolsa de valores organiza, centraliza e coordena o investimento nas grandes empresas. E foi aí que nós lançamos a CapTable, com a ideia de ser um hub de captação de recursos para startups e conexão com investidores dispostos a se expor a essa nova classe de ativo; e, principalmente, trazer o pequeno investidor para esse mercado. Quem acessava o investimento de startups eram os grandes fundos. A pessoa física não tinha muita opção ainda e a gente sonha com o dia que as pessoas físicas, que tem um patrimônio, monte uma carteira de investimentos com cinco a dez por cento do seu patrimônio alocado em startups. Que isso seja natural de encontrar na carteira de investimento de uma pessoa física, o investimento em startups.

Quais os maiores diferenciais da plataforma?

O primeiro grande diferencial da CapTable é o acesso às melhores startups do mercado. Nós montamos ao longo desses últimos anos o que chamamos de deal flow. E este deal flow é extremamente qualificado por conta da entrega de valor que a CapTable faz para suas startups. E com isso acabamos sendo reconhecidos no mercado. Todos os empreendedores que passaram por nós tem essa opinião, que usufruíram muito de estar junto a CapTable. Aqui temos acesso às melhores taxas do mercado.

Outro grande diferencial é o nosso processo seletivo robusto. Nós temos na nossa área de seleção e análise o Gustavo Piccinini, que é um especialista com uma grande trajetória no mercado de Venture Capital. A nossa seleção de startups é bastante rigorosa, onde menos de 3% das startups que se inscrevem para captar conosco, acabam sendo aprovadas no final do processo. Nós temos ainda no fim desse funil o “Comitê” que vai decidir quem vai ou não captar com a gente. O comitê também é composto pelo pessoal da StartSe, que são nossos investidores aqui na CapTable. O terceiro grande diferencial da CapTable é a possibilidade de o investidor de estar co-investindo com grandes nomes do mercado, como grupos de investimento-anjo, aceleradoras, grandes investidores de sucesso no que diz respeito a investimento em startups.

Por que o investidor comum é tão importante para a operação da CapTable?

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O investidor comum é o mais importante para a CapTable. Primeiro porque ele conversa com o nosso propósito que é trazer essa classe de ativo, o investimento que antes estava acessível somente aos grandes investidores, para o investidor comum. E o segundo motivo é que o investidor comum ainda é o maior volume, ou seja, quando a gente fecha uma rodada de investimento, é a partir dos aportes do investidor comum que vem a maioria dos investimentos.

E é justamente o fato da gente contar com trezentos, quatrocentos e quinhentos investidores em uma mesma startup que acabamos conseguindo gerar aquilo que a gente chama de efeitos de rede para a startup. Dessa maneira, cria-se um exército de embaixadores daquela empresa que vão estar por aí divulgando, indicando e promovendo a startup e seus serviços.

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Eventualmente algum investidor também pode ter alguma expertise técnica que ajuda a startup. Ele também pode ter um network que pode conectar a startup com alguém que fecharia um contrato que vai mudar a vida da startup, então todo esse efeito de rede só é possível graças à CapTable e ao pequeno investidor pessoa física, que gera isso tudo para as startups.

Atrair esse investidor é o principal foco da plataforma?

Sim, atrair o investidor comum é o principal foco da plataforma, tanto o investidor comum, que vai aportar mil, dois mil, três mil reais… ou seja, tíquetes menores, como aquele investidor que tenha um volume maior de capital e vai fazer apostas mais volumosas como cinquenta mil, cem mil, duzentos mil reais por startup. Mas é o investidor pessoa física, que não tem a sua atividade profissional atrelada ao investimento, que buscamos atrair.

O que a gente quer é fazer com que se considere comum e natural que investidores comuns tenham uma parte do seu portfólio alocado em renda fixa, uma parte alocada de renda variável, uma parte em imóveis e assim por diante. E dentro do seu planejamento financeiro também exista uma partezinha pequena do seu portfólio alocado em startups. Esse é o objetivo da CapTable e vamos nos considerar bem-sucedidos no dia em que isso for corriqueiro, quando investidores tiverem uma parte do seu patrimônio alocado nesta classe de ativo que são as startups.

Como a CapTable sente que uma startup tem potencial de se transformar em um unicórnio?

Analisar uma startup é uma ciência bastante subjetiva muito mais do que olhar para o histórico de entrega da startup que eventualmente vai ser curto. Vamos realmente olhar se ela tem aquelas ferramentas que vão possibilitar ela ser uma grande empresa no futuro. A principal coisa que nós temos que avaliar é o empreendedor, costumamos dizer nesse mercado que a gente aposta mais no Jockey que no cavalo. Então a pessoa que vai estar à frente daquele negócio empreendendo, executando, reaprendendo, pivotando e errando até acertar é importante. Temos um olho muito importante para analisar a figura do líder daquele negócio. A segunda coisa que temos que avaliar é se de fato se o produto ou serviço que a startup está oferecendo é positivo. Faz sentido e já foi validado pelo mercado? Ela tem um diferencial claro da concorrência?

A terceira coisa que é importante avaliar é o tamanho do mercado. De nada adianta ter belos fundadores, com capacidades técnicas de gestão extraordinárias que estão oferecendo um produto ou serviço maravilhoso muito bem montado, mas eu tenho um mercado pequeno que acaba sendo um teto de desenvolvimento para a startup. Precisamos realmente analisar essas três coisas. É importante frisar que aqui na CapTable não buscamos apenas acertar qual é o próximo unicórnio. Procuramos boas empresas, bons negócios gerados por boas pessoas que têm alto potencial de desenvolvimento ao longo do tempo sem tentar acertar quem vai ser o próximo Facebook, mas sim rentabilizar o seu patrimônio de uma forma consistente.

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A inovação é um dos pontos que chama mais atenção da plataforma para que ela possa aportar nessas empresas?

A inovação certamente é um dos pontos que são levados bastante em consideração pelo nosso time. Pois, é a partir da inovação que uma startup consegue ter diferenciais competitivos. E são os diferenciais competitivos que possibilita ela crescer e competir em um mercado que já está dominado sem um diferencial competitivo. Quanto mais inovação a startup tiver, mais monopolista dentro do seu segmento ela vai ser, mais ela vai ter uma proposta de valor diferenciada que vai conferir uma maior adoção e uma facilidade de conseguir clientes. A inovação é chave pra gente identificar se o business tem alto potencial de crescimento ou não.

Como a escalabilidade está ligada a essa inovação?

A escalabilidade é mais uma medida de quanto uma startup consegue aumentar a sua receita, crescer em faturamento sempre na mesma medida, crescer os seus recursos necessários para executar aquele faturamento, executar aquela receita, que seriam majoritariamente as despesas. Agora, a inovação pode determinar com qual velocidade a startup vai praticar essa curva de escalabilidade. Justamente porque é a inovação que cria startups diferenciadas e competitivas que permitam ela conquistar mais clientes e vencer a concorrência na luta pelos seus clientes.

Fintechs, agrotechs e legaltechs são os setores com maior tendência para essa escalabilidade na conjuntura vigente?

Acredito que fintechs, agrotechs e legaltechs certamente são setores muito propensos à escalabilidade por parte das startups, mas eu também acrescentaria aí as healthtechs que se começou a ter um olho especial agora frente à pandemia. Todos esses são mercados consumidores gigantescos. Desde que o Brasil passou por um período de ganho de maturidade no setor financeiro, todo mundo passou a ser grande consumidor de serviços financeiros. E isso abriu um espaço gigantesco para que as fintechs se tornassem grandes empresas em um curto espaço de tempo e temos vários exemplos para provar isso.

Agrotechs sem dúvida porque o Agro ainda continua sendo um dos segmentos mais importantes do Brasil. Mas ainda são poucos aqueles que conseguiram encontrar uma aderência com as necessidades dos produtores rurais e com isso conseguiram escalar com muita velocidade. Já o segmento das legaltechs certamente não estamos no auge da onda ainda, mas certamente é um dos segmentos que serão bastante impactados pela tecnologia no futuro, pois, o mercado consumidor deste tipo de serviço também é muito grande no Brasil e no mundo. Por fim, as healthtechs já estão no início de uma onda no Brasil para resolver os problemas de saúde no Brasil. São apenas soluções que possam gerar valor em larga escala e para que isso aconteça a gente precisa explorar de forma intensa a tecnologia e o Brasil está realmente conseguindo aplicá-la ao setor da Saúde de uma forma muito mais assertiva.

Como startups podem se candidatar para tentar receber aportes da CapTable?

É muito simples, basta acessar a nossa plataforma. No menu superior tem o item “quero receber investimento”. Ao clicar naquele item ser a startup vai ser direcionada para o nosso formulário de inscrição e, assim que a startup finalizar a inscrição, em menos de vinte e quatro horas ela já vai receber o retorno do nosso time, já direcionando ela. Caso ela se encaixe na nossa tese, vai ser marcada uma reunião para explorar bem os pontos e ver como é que nós podemos avançar. Mas o cadastro em si, é muito simples, é só se cadastrar no formulário que em menos de vinte e quatro horas nosso time vai entrar em contato.

Última atualização da matéria foi há 3 anos


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