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Renato Rocha analisa a cena musical do país

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Com vinte e dois anos de existência e muitos sucessos ao longo da carreira, o Detonautas Roque Clube, de Tico Santa Cruz (vocal), Renato Rocha (guitarra), Fábio Brasil (bateria), DJ Cleston (percussão e programações), Phil (guitarra) e André Macca (baixo), estão às vésperas de se apresentar no Rock in Rio (pela terceira vez). Recentemente a banda esteve em São Paulo, onde mostraram o auge da sua maturidade musical. Com um show potente e muitas mensagens positivas, a banda trouxe em primeira mão, o que o público vai assistir no Palco Sunset do Rock in Rio, no dia 28 de setembro, quando o DRC se apresenta no mesmo dia dos supergrupos Foo Fighters e Withesnake. Em 2017 o Detonautas Roque Clube comemorou seus vinte anos de estrada com o álbum “VI”. Atualmente, a banda celebra a conquista de números expressivos do último ano nas plataformas digitais, onde somente no Spotify o álbum “VI” conquistou mais de 15 milhões de streams, e onde o DRC possui mais de 600 mil seguidores e 1 milhão de ouvintes/mês. Também contabilizam mais de 10 milhões de seguidores nas redes sociais da banda. “Desde que estejamos fazendo a música que acreditamos, unidos, disciplinados na nossa bagunça saudável e vibrando positivamente, o que se configurar no futuro será encarado de peitos abertos, cabeças erguidas e corações cheios de amor”, afirma Renato Rocha.

Renato, o que a música significa para você?

É minha forma de expressão, minha terapia e minha conexão com uma frequência elevada…

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A maioria dos músicos, dizem que o palco é um grande santuário. Como o palco lhe mantém energizado com o “fluxo” e “refluxo” que é vivido entre artista e público naquele instante considerado por profissionais do seu metiê como mágico?

A música, quando tocada ao vivo, nos traz para momento presente. Tudo o que passou não interessa, nem tudo o que virá. Talvez por isso tenha essa característica mágica e é um momento em que toda nossa mente e corpo estão sintonizados em função da expressão musical. Quando se atinge o equilíbrio entre razão, emoção, ego e coletividade a gente parece estar numa espécie de nirvana. Não é sempre que acontece isso, mas com a experiência a gente aprende a identificar tais momentos e buscá-los com mais facilidade.

O que é essencial na vida de um músico para que ele continue motivado com a sua carreira ano após ano?

Se manter produzindo, compondo, estudando e se apresentando ao vivo. Quando há o reconhecimento por parte do público aí o ciclo se fecha e tudo faz sentido.

Esse aspecto essencial é o combustível que te faz seguir ou ainda acrescentaria outro?

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Realmente esse ciclo é essencial e nossa amizade também faz parte do combustível para seguir, afinal, querer e gostar de estar junto torna tudo mais leve e tranquilo.

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O que molda a sua visão como músico atualmente?

Quanto menos barreiras, rótulos e qualquer outra denominação que crie muros musicais, melhor. Sou um músico de forma ampla, abrangente. Quero me emocionar (e emocionar as pessoas) ouvindo e fazendo música. O resto é resto.

Essa visão é mais influenciada por questões externas ou reflexões internas?

Pelos muitos anos de atividade e de dedicação à música. Ela nunca me abandonou nem me decepcionou. Totalmente interna essa reflexão.

Como esse modo singular de ver o seu ofício soma com as outras visões dos integrantes do Detonautas Roque Clube?

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Talvez teríamos que fazer uma sessão em grupo pra todos somarem suas visões, acredito que muito do que afirmei seria dito por todos.

Foram essas visões somadas que fizeram o pilar da banda nesses 22 anos na estrada?

Respeito pelo espaço do outro, amizade, diálogo, além das afinidades musicais.

O que nunca faltou nesse pilar?

Vontade de mostrar nossa música pelo mundo, de vencer desafios e de mostrar que é possível sim viver da nossa música e das nossas convicções.

E o que foi acrescentado com o tempo?

Maturidade, experiência, prestígio e credibilidade.

Como enxerga o futuro da banda num mundo hiperconectado como o atual?

Desde que estejamos fazendo a música que acreditamos, unidos, disciplinados na nossa bagunça saudável e vibrando positivamente, o que se configurar no futuro será encarado de peitos abertos, cabeças erguidas e corações cheios de amor.

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Última atualização da matéria foi há 2 anos


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