Heroínas na História busca apoio via Promac
Em um cenário onde políticas de incentivo à cultura são cada vez mais essenciais para a sobrevivência e expansão das artes, o espetáculo Heroínas na História, da Cia da Guarda-Chuva, desponta como uma proposta de relevância cultural e impacto social evidente. Recém-aprovada no Programa Municipal de Apoio a Projetos Culturais (Promac), a produção busca agora patrocinadores dispostos a associar suas marcas a uma narrativa potente: a valorização das mulheres que moldaram o Brasil, mas que a História oficial insiste em marginalizar.
A peça, escrita e protagonizada por Litta Mogoff, apresenta um recorte teatral que mistura dramaturgia acessível, música ao vivo e elementos visuais criativos para revisitar biografias de mulheres brasileiras silenciadas — não por ausência de feitos, mas por estruturas históricas patriarcais que as empurraram para as margens. A proposta tem encantado plateias paulistanas, especialmente em centros culturais com programação voltada para a formação de público, como bibliotecas, escolas e unidades do Sesc.
“Em tempos de discursos vazios sobre responsabilidade social, apoiar ações concretas como essa pode ser o gesto mais eloquente de todos.”
Além do mérito artístico — reconhecido por prêmios como o Festival de Teatro Dago Menezes (com três troféus em 2024) e indicações no prêmio Pecinha É a Vovozinha, idealizado pelo crítico Dib Carneiro Neto —, Heroínas na História configura-se como uma iniciativa com forte vocação educativa e cidadã. A peça aposta em uma linguagem intergeracional, atingindo não apenas crianças e adolescentes, mas também adultos que se reconhecem (ou se confrontam) com a ausência de referências femininas na memória oficial do país.
O espetáculo entra agora em nova fase: com a chancela do Promac, abre-se a possibilidade de captação de recursos com isenção fiscal integral via abatimento do Imposto Sobre Serviços (ISS) no município de São Paulo. Ou seja, empresas com atividade tributável na cidade podem investir em cultura sem desembolsar recursos adicionais — uma via legal, segura e, sobretudo, estratégica para quem busca reputação institucional com lastro em responsabilidade social e apoio à diversidade.
Cultura com incentivo fiscal: um investimento de retorno simbólico e institucional
Grandes empresas já entenderam o valor dessa equação. BTG Pactual, Instituto BRF, Instituto Sabin e Dasa são algumas das organizações que têm utilizado o Promac como ferramenta de posicionamento e engajamento com pautas sociais relevantes. Ao apoiarem projetos culturais com viés transformador, essas marcas também comunicam valores — inovação, educação, cidadania — para dentro e fora de seus ecossistemas.
O processo de patrocínio é simples. Após verificar o montante de ISS devido à Prefeitura de São Paulo, a empresa entra em contato com a produção do espetáculo para formalizar o apoio por meio de um Termo de Patrocínio. O valor destinado à peça é então depositado diretamente no projeto e abatido integralmente do imposto municipal, sem burocracia adicional. Para o patrocinador, é uma oportunidade de gerar impacto com eficiência — especialmente em tempos em que investimento social precisa ser assertivo e mensurável.
Não se trata apenas de apoiar uma peça. Trata-se de investir em um conteúdo que mobiliza conhecimento histórico, sensibilização social e experiências estéticas, num momento em que a cultura pública enfrenta ameaças constantes de desmonte e escassez orçamentária.
Heroínas na História não é um projeto de nicho: é uma obra com potência para alcançar amplas audiências, especialmente em territórios periféricos e escolares, onde a ausência de referências femininas negras, indígenas e populares ainda é uma realidade dolorosa. Seu sucesso em premiações especializadas apenas confirma sua qualidade técnica, mas seu verdadeiro valor está naquilo que não se mede em troféus: o impacto na formação cidadã de quem assiste.
Com Litta Mogoff no centro criativo, a Cia da Guarda-Chuva reafirma sua vocação de criar espetáculos que unem arte e consciência. A presença de nomes como Thais Coelho, premiada como Melhor Atriz Coadjuvante, reforça o fôlego de um elenco comprometido e talentoso.

Ao buscar patrocinadores, a produção faz um convite — não apenas para empresas do setor cultural, mas para todo o mercado: apoiar Heroínas na História é aliar-se a uma narrativa que resgata o passado para iluminar o presente. É apostar em cultura como ferramenta de transformação. E é, também, exercer um compromisso público, sem abrir mão de eficiência fiscal.
Para saber mais sobre o projeto e como patrociná-lo, basta procurar a equipe da Cia da Guarda-Chuva. Em tempos de discursos vazios sobre responsabilidade social, apoiar ações concretas como essa pode ser o gesto mais eloquente de todos.
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