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Elvis Mourão relata a sua arte e a sua vida singular

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O paulista Elvis Mourão voltou a expor na Alma da Rua. Ele é o responsável por uma coleção de imagens icônicas de monstrinhos que divertem e emocionam. Seu trabalho, originalmente de graffiti de rua, vem ganhando novas dimensões no Brasil e mundo afora, sendo escolhido como tema para embelezar todo o tipo de meio: de marca de óculos, a festivais de música, restaurantes e até o Instituto Gabriel Medina. Extremamente versátil, o artista se aproveita destas oportunidades de apropriação de espaços por sua obra, sejam quais forem os objetos e meios. Esta abordagem holística cria possibilidades e oportunidades que lhe dão relevante destaque no Brasil e no exterior. Suas obras não se prestam unicamente à decoração, elas são uma ode aos sentimentos, corporificados em criaturinhas maravilhosamente sedutoras, que oferecem oportunidade para se deixar levar por estímulos a um turbilhão de emoções implicitamente relacionadas. Criada em 2016, A Alma da Rua já realizou mais de 80 exposições, sendo 90% delas com artistas que estão ativos nas ruas, mas não só nas ruas de São Paulo e Rio de Janeiro. Dentro da galeria, obras de alguns dos artistas mais importantes de street art do país, como o próprio Binho Ribeiro, EDMX, Enivo, Onesto, Pato, Cris Rodrigues, Mari Pavanelli e Gatuno, além de um espaço especial que apoia o movimento de pichação no Brasil, com obras de Dino e Cripta Djan. “A galeria é democrática”, explica Tito Bertolucci, dono e curador da Alma da Rua.

Elvis, em que momento você se viu como um artista de fato?

Em 2017 saindo de uma enorme turbulência emocional, dei um ponto final na minha carreira publicitária e comecei a viver só de arte.

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Por que esse momento é tão marcante para você?

Me vi sozinho de fato, eu comigo mesmo e todas as minhas frustrações carregadas até ali. Dali pra frente eu decidi me desafiar e ver até onde posso chegar, mesmo ferido.

Quando a arte deve ter um papel social?

Quando ela entra em lugares como uma comunidade, não só museus e galerias. O grafite é muito especial na minha vida, pois. me proporcionou oportunidades incríveis de conhecer projetos sociais que trazem cor e felicidade para muitas pessoas.

A sua arte já teve esse papel?

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Muitas vezes, participei de projetos muito bons em escolas públicas, já fiz trabalhos com a minha arte em associações e ONGs, fizemos leilões também onde o lucro foi revertido para essas ONGs. Também teve um projeto muito legal que fiz em conjunto com um grupo de amigos em 2021, onde vendemos as nossas artes e com isso arrecadamos mais de 300 cestas básicas para doação.

Qual a importância das observações de outros campos de trabalho para o seu ofício?

Me vejo como um Polvo, com vários braços, cada braço tem que ser especialista em alguma coisa, aprendi a fazer sites para criar o meu, hoje eu ainda estudo 3D e animação gráfica, quero que minha arte seja sempre atual.

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Você já usou essas observações como um fio condutor em trabalhos recentes?

Sim, eu tô o tempo todo me preparando para as oportunidades que ainda nem apareceram.

Qual a importância da liberdade para a sua criação?

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A liberdade pra mim, é tudo, gosto de ser livre pra criar e também gosto de ser desafiado com temas e caminhos que eu nunca imaginei criar usando o meu traço. É nessas horas que evoluo.

Alguma coisa pode acabar com a liberdade de um artista que se vê verdadeiramente como artista?

Acredito que um artista de verdade nunca vai se ver como artista, mas quando existe ego. O ego acaba com qualquer liberdade artística.

Como o tripé natureza, pessoas e animais são os grandes pilares da sua arte?

Sim! desenho pessoas, animais e natureza, gosto disso é o que vivo! No meio disso tudo tem muitos segredos, coisas que se ligam nas outras que formam outras coisas. Essa é a base do meu trabalho, uma dica sobre o meu trabalho, “tudo que parece ser não é” (Risos).

Outra palavra muito falada sobre a sua arte é emoção. O que te emociona no mundo das artes?

Sou emotivo, a base das minhas criações é a emoção. Minha vida nunca foi fácil passei por muitas coisas pra chegar até aqui e tudo isso vem comigo desde o começo… Cada criação é um acontecimento, choro, dou risada e quando vejo já terminei.

A exposição na Alma da Rua traz essa emoção em que frequência?

Na expo “Tramas e Escamas” estou revelando as minhas cores favoritas, e meus anjos da guarda. Tive um encontro espiritual com cada personagem que eu criei, na verdade, eles pediram pra sair da minha mente para se tornarem reais para os fãs do meu trabalho.

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Última atualização da matéria foi há 2 anos


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