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Uranio Bonoldi diz que pandemia trouxe urgência

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Uranio Bonoldi atua como conferencista e consultor em gestão, governança corporativa e planejamento estratégico, dando suporte a empresas que desejam crescer de forma estruturada. A partir de sua longa experiência executiva em cargos de alta gestão, observou a dificuldade das pessoas em tomar decisões não só nos negócios, como também na vida pessoal. Tal constatação levou-o a integrar sua experiência profissional as pesquisas e reflexões sobre liderança e processo de decision making. Hoje, através de consultoria especializada, Uranio orienta e aconselha empresários e executivos, em decisões sensíveis e cruciais de negócios, para que realizem escolhas bem fundamentadas e acertadas. Ministra, também, palestras e workshops in company e em eventos acerca de temas relevantes e atuais de gestão, estratégia e liderança. É escritor e, em seu livro, dirigido ao público jovem adulto, aborda assuntos de grande importância para o desenvolvimento de pessoas melhores, tanto na vida pessoal, como no ambiente corporativo e na sociedade. “Para atravessar esse momento, mais do que nunca, os executivos tiveram que exercitar suas capacidades de liderança: resiliência, criatividade, foco, saber trabalhar em grupo… Tudo isso colaborou para estreitar o relacionamento com a equipe, que por sua vez, pôde participar mais ativamente do dia a dia da empresa”, comenta Bonoldi.

Uranio, a pandemia foi um divisor de águas na relação entre líderes e colaboradores?

Sim, sem dúvida. Houve uma aproximação muito maior entre as lideranças e seus colaboradores. Foi um divisor de águas entre líderes que ocupavam suas posições em função de um organograma e que mantinham distanciamento grande dos colaboradores, e aqueles com poder de liderança e influência legítimos. Ou seja, o líder que soube mapear e entender a situação que se instalou pela pandemia, que soube avaliar o cenário, ouviu com toda atenção seus superiores, seus pares e soube transmitir para seus times, – o que deveria ser feito, de forma colegiada, com a participação de seus colaboradores, – soube tirar o máximo de suas competências e os manteve engajados para esta travessia nunca antes experimentada por nós.

Como via essa relação antes da pandemia?

Esta relação entre líder e colaborador era mais distante e talvez fosse mais difícil de identificar quem era um líder verdadeiro. Um líder que de fato cuidava de seus colaboradores. Que sabe assumir responsabilidades para si e distribuir os resultados positivos para toda equipe.

O que veio para ficar nessa relação pós-Covid?

Entendo que engajamento seja a palavra de ordem. Vejo que a pandemia trouxe muito o senso de equipe. Aqueles que não souberem trabalhar verdadeiramente em equipe, se ainda não foram, provavelmente serão alijados do processo de gestão das empresas de forma quase natural. Impressionante, mas vivenciei e ainda vivencio esta experiência na pandemia de forma muito clara.

As decisões estão mais rápidas e eficazes de fato?

Sim, estão. Percebo que as decisões estão mais rápidas pela eliminação de níveis e pela proximidade das equipes com seus líderes. A melhor eficácia se dá pelo engajamento conquistado pela liderança no processo de escolha e tomada de decisão.

Para que essas decisões se tornem mais rápidas é necessário “quebrar muros?”.

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Sim, é de fundamental importância. “Quebrar muros” com o significado de maior proximidade da liderança e seus colaboradores, e tratar os assuntos, ainda que difíceis e agudos, sempre com leveza e bom humor. Isso faz com que as pessoas falem o que pensam, digam onde enxergam problemas e, com isso, o líder pode atuar com maior assertividade e velocidade em conjunto com suas equipes.

As equipes tenderão a ficar menores também?

Sem dúvida. Tendem a ficar menores e mais eficientes.

Se não tivéssemos essa pandemia esses movimentos seriam sentidos?

Seriam sentidos mas, em nível reduzido. De certa forma, eles já estavam em curso, mas em curso lento e, muitas vezes, se perdiam no meio do caminho à espera de uma crise para desencadeá-los. A pandemia veio para acelerar em muito estes movimentos.

As empresas estão preparadas para esse novo modo de trabalho?

Arrisco dizer que as empresas que não estavam preparadas ou que estão enfrentando baixos resultados, estão ameaçadas de desaparecer ou já sucumbiram. Numa situação como esta, de pandemia, – de crise, se a empresa não tiver capacidade de agir rapidamente no sentido de novas formas de trabalho, novas soluções em serviços e produtos, bem como nova forma de relacionamento interno e externo, tende a desaparecer muito rápido. Com isso, quero dizer que as empresas que estão vivas e saudáveis demonstram que estão preparadas.

O que mudará no momento decisório com esse novo alinhamento?

Mais agentes participarão do processo decisório e, destaco que o grande desafio das empresas será o de transmitir, – de comunicar com eficiência para seus colaboradores os pilares/valores da empresa, assim como sua missão e visão para que as decisões sejam absolutamente alinhadas aos propósitos da empresa e, assim, a energia para a ação seja canalizada na mesma direção.

Como estratégia e gestão caminharão juntas nesse redesenho?

Deverão caminhar pela boa comunicação da estratégia, missão, visão e valores a todos os níveis da empresa. Comunicação será o grande desafio para o alinhamento pleno entre a estratégia e a gestão.

Líderes centralizadores estão com os dias contados?

Diria que seu prazo já expirou.

Última atualização da matéria foi há 2 anos


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