Perdas por fraudes de identidade caem, mas ainda preocupam
As fraudes de identidade – que tiveram seu ápice durante os primeiros anos da pandemia de Covid-19 – vêm sendo combatidas tanto por meio de tecnologia, como por mudanças no comportamento das pessoas. Nos Estados Unidos, estudo da Javelin Strategy & Research mostra que as perdas por fraude de identidade tradicional tiveram uma redução de quase 15% em 2022, em relação ao ano anterior.
Os números provam os esforços constantes para manter os criminosos afastados. Houve uma redução de US$ 5 bilhões em perdas anuais (queda de 17%) e dois milhões de vítimas a menos (queda de 6%). Em escala crescente, a defesa do consumidor norte-americano teve um impacto significativo nos direitos das vítimas de fraude de identidade – com ações em nível nacional em evolução sobre o tratamento justo e ético dessas vítimas.
Além de fraudes em e-commerce e em instituições financeiras tradicionais, segmentos mais jovens da economia – como fintechs, criptomoedas e jogos online – vêm atraindo aqueles que atuam firmemente na indústria do crime, buscando vantagens indevidas – que muitas vezes se traduzem na perda de grandes volumes de dinheiro.
Legalizadas em 2018 pela Suprema Corte dos Estados Unidos, coletivamente, a indústria de apostas esportivas já movimentou R$ 1 trilhão desde então (U$ 220 milhões). Segundo veículo especializado, o Brasil tem mais de 450 plataformas no ramo de apostas esportivas e deve movimentar mais de R$ 12 bilhões neste ano – uma evolução de 71% em apenas três anos. Mas ainda cabe a deputados e senadores aprovar uma proposta do governo para regulamentar as apostas esportivas. A regulamentação deve garantir mais confiança e segurança aos apostadores, graças à transparência das regras e à fiscalização.
As apostas online vinham registrando aumento de fraudes nos últimos anos. Relatório da Sumsub – plataforma de verificação de identidade que protege toda a jornada do usuário contra fraudes – aponta que no primeiro trimestre de 2022 houve um aumento de 85% nos registros de contas falsas em comparação com o quarto trimestre de 2021. Mas, com o aperfeiçoamento da tecnologia de prevenção contra fraudes e lavagem de dinheiro (PLD), a empresa recentemente revelou que o percentual de fraudes em apostas baixou de 0,26% para 0,1% – comparando o primeiro trimestre deste ano com o mesmo período no ano passado.
“Com as tecnologias de verificação de alto nível, baseadas em inteligência artificial, podemos simplificar o processo de integração para os apostadores globais e desfrutar de taxas de aprovação de usuários mais altas, reduzindo os riscos de fraude e protegendo o jogo responsável”, diz Nir Saadon, COO na 10bet – empresa britânica que atua globalmente no segmento de apostas esportivas.
De acordo com Guilherme Terrengui, head de novos negócios da Sumsub na América Latina e Ibéria, outros dados chamaram a atenção dos analistas internos. “Houve uma queda expressiva, também, nas fraudes relacionadas a Fintechs – que baixaram de 0,45% para 0,13% – e um aumento relevante da participação feminina nas fraudes de documentos de identidade, passando de 28% em 2022 para 36% neste ano” – diz o executivo, chamando atenção para a idade média dos fraudadores, que passou de 27 para 31 anos de idade.
Última atualização da matéria foi há 1 ano
Fundada em 2012 por um grupo de empreendedores, a agência de notícias corporativas Dino foi criada com a missão de democratizar a distribuição de conteúdo informativo e de credibilidade nos maiores portais do Brasil. Em 2021, foi considerado uma das melhores empresas para se trabalhar.
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