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Ancelotti, Oscar, Putin…

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Nem todo mundo tem tempo (ou estômago) para acompanhar o noticiário inteiro. É guerra lá fora, escândalo aqui dentro, político fazendo dancinha no TikTok e economista prometendo milagre com inflação alta. Enquanto isso, você tenta sobreviver à vida real. A gente entende.

Por isso nasceu o Condensado: uma dose diária de realidade em 6 tópicos, com informação quente, ironia fria e aquele comentário ácido que você gostaria de ter feito — mas estava ocupado demais trabalhando pra pagar o boleto.

Aqui não tem enrolação, manchete plantada ou isenção fake. Tem olho cirúrgico e língua solta. O que rolou (ou rolará) de mais relevante no Brasil e no mundo vem aqui espremido em 10 linhas (ou menos) por item. Porque o essencial cabe — e o supérfluo, a gente zoa.

Informação? Sim. Respeito à inteligência do leitor? Sempre. Paciência com absurdos? Zero.

Bem-vindo ao Condensado. Pode confiar: é notícia, com ranço editorial.

Jair Bolsonaro, hérnias inguinais e a burocracia do corpo: quando a política vira prontuário médico

Jair Bolsonaro será submetido a mais uma cirurgia, agora para corrigir duas hérnias inguinais, ampliando um histórico clínico que já rivaliza com sua biografia política. O ultrassom falou, o bisturi respondeu, e o país acompanha como quem assiste a um reality hospitalar de temporada infinita. No capítulo paralelo, a defesa pediu que Michelle Bolsonaro e os filhos tivessem cadastro direto na PF para visitas — um pedido negado por Alexandre de Moraes, que manteve o figurino institucional sem concessões sentimentais. Visitas seguem dependentes de autorização judicial, porque o Estado brasileiro, ao contrário das redes sociais, ainda acredita em regras. O corpo do ex-presidente virou território simbólico: cada cirurgia é lida como metáfora, cada boletim médico como manifesto. No Brasil, até hérnia ganha ideologia. E o bisturi nunca é apenas clínico.

18 de dezembro de 1941, Hong Kong invadida: quando o Império Japonês lembrou ao mundo que neutralidade é ilusão

Em 18 de dezembro de 1941, o Império do Japão invade Hong Kong, então sob domínio britânico, jogando a colônia diretamente no moedor da Segunda Guerra Mundial. A ofensiva veio dias após Pearl Harbor, como quem diz ao mundo que o conflito seria global, inevitável e brutal. Hong Kong caiu após resistência curta e desigual, tornando-se símbolo de um império em expansão e de uma Europa colonial em retração. A data lembra que grandes conflitos começam, muitas vezes, longe dos holofotes principais. E que cidades estratégicas sempre pagam primeiro o preço da geopolítica. História não se repete, mas gosta de rimar — especialmente na Ásia.

Carlo Ancelotti, a seleção brasileira e o marketing global: quando o técnico vira marca premium, mas ainda fuma escondido atrás do outdoor

Carlo Ancelotti caminha para 2026 não apenas como técnico da seleção, mas como um produto de luxo embalado a vácuo. Quatro grandes empresas já farejam o italiano como garoto-propaganda, duas delas, ironicamente, patrocinadoras da própria CBF — essa entidade sempre pronta para confundir patriotismo com planilha de Excel. Quem conduz os contatos é Mariann Barrena, esposa, canadense e gestora descrita nos bastidores como alguém que administra a carreira do marido com mais rigor do que um VAR europeu em semifinal de Champions. Ancelotti já ensaiou o figurino no comercial da Amazon Prime Video, sorrindo como quem sabe que futebol, hoje, se joga tanto no campo quanto no intervalo comercial. Na Europa, o técnico já faturou até cinco milhões de euros por ano em publicidade — um salário invisível, sem coletiva de imprensa nem cobrança da torcida. Curiosamente, o homem que recusa apostas, álcool e tabaco segue fumando como se estivesse em um filme italiano dos anos 1970. Ética seletiva, mas elegante. Em tempos de Copa, Ancelotti vira técnico, marca, ativo financeiro e símbolo de sobriedade — ainda que com cinzeiro fora do enquadramento.

Ancelotti caminha para 2026 como um produto de luxo embalado a vácuo (Foto: Wiki)
Ancelotti caminha para 2026 como um produto de luxo embalado a vácuo (Foto: Wiki)

Vladimir Putin diz não querer guerra com a Europa: a retórica da paz armada e a negação como estratégia

Vladimir Putin afirmou não querer guerra com a Europa, acusando o Ocidente de histeria, mentira e paranoia coletiva — um discurso tão previsível quanto calculado. Segundo ele, a ameaça russa aos países europeus é “um absurdo completo”, embora venha acompanhada da promessa de tomar territórios pela força se negociações fracassarem. É a paz no modo condicional: ninguém quer guerra, mas todo mundo afia a faca. Putin acusa a Otan de modernizar forças ofensivas, inclusive no espaço sideral, como se o conflito já tivesse trilha sonora de ficção científica. A retórica russa segue fiel à escola clássica: negar tudo, avisar tudo, preparar tudo. No tabuleiro europeu, a palavra “histeria” virou apenas mais uma arma retórica.

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O Oscar muda para o YouTube: Hollywood descobre que likes também dão prestígio e algoritmo também faz cinema

A partir de 2029, o Oscar trocará a televisão tradicional pelo YouTube, numa migração que diz muito menos sobre inovação e muito mais sobre sobrevivência. Até 2033, a cerimônia será transmitida exclusivamente pela plataforma do Google, abandonando décadas de liturgia televisiva cuidadosamente engessada. Até 2028, tudo segue como está: ABC nos EUA, HBO Max e TNT no Brasil, aquele ritual solene com piadas que envelhecem antes do intervalo. Bill Kramer e Lynette Howell Taylor falam em “audiência global”, “novas gerações” e “acesso sem precedentes” — o vocabulário clássico de quem descobriu que jovens não sabem o que é canal. O Oscar, antes templo, agora vira feed. Antes cerimônia, agora live. Hollywood percebe, finalmente, que o futuro não pede permissão, apenas buffering.

Lula admite falha de narrativa: quando o Governo governa, mas não consegue contar a própria história

Na última reunião ministerial de 2025, Lula fez um diagnóstico raro: o Governo ainda não encontrou a narrativa correta para explicar o Brasil aos brasileiros. Segundo o presidente, o povo “ainda não sabe o que aconteceu neste País” — uma confissão que mistura franqueza, frustração e atraso comunicacional. A política, afinal, não vive só de decisões, mas de versões compreensíveis delas. Lula sinalizou que 2026 será decisivo, não apenas pelo embate eleitoral, mas pela definição clara de lados, partidos e discursos. Cada ministro, cada legenda, terá que escolher em qual história quer aparecer. No Brasil, governar sem narrativa é como discursar sem microfone: até faz sentido, mas ninguém escuta.

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