CO2 neutro no transporte rodoviário de cargas
A logtech paulista goFlux, coordenou a primeira operação de compensação de emissão de CO2, no transporte rodoviário de cargas. A iniciativa neutralizou as emissões de CO2 da movimentação de 25 mil toneladas de farelo de soja advindos da região Centro-Oeste com destino ao porto de Santos, uma das principais rotas de escoamento de grãos do Brasil ao exterior. No total foram percorridos pelos caminhões 852,5 mil quilômetros, o que corresponde a aproximadamente 588 toneladas de dióxido de carbono equivalente (tCO₂e). Quando compensado, esse montante representa aproximadamente 84,3 mil árvores preservadas, algo em torno de 51 hectares ou o mesmo que 51 estádios da dimensão do Maracanã.
O objetivo do goFlux Carbon Free, lançado em julho deste ano, que tem a gestão dos projetos sob a responsabilidade da Carbonext, empresa referência no mercado de carbono, é unir a logística à preservação do meio ambiente, aliado ainda ao combate às mudanças climáticas, através de projetos de geração de créditos de carbono. A ideia da empresa é que os embarcadores que usam a plataforma goFlux para contratação de frete, tenham suas operações livres de impacto de emissões de CO2.
Os créditos de carbono são provenientes de projetos de preservação e proteção de aproximadamente dois milhões de hectares da Floresta Amazônica e das comunidades nela inseridas. Um crédito de carbono é equivalente a uma tonelada de CO2, que deixou de ser produzido, liberado ou sequestrado do meio ambiente. “Usamos tecnologia de ponta na medição das emissões de CO2, de maneira simples e rápida contribuindo para redução da pegada intensiva gerada pelo transporte de cargas”, destaca Rodrigo Gonçalves, CEO da goFlux.
Atualmente, entre os principais problemas, que as empresas enfrentam, na aplicabilidade da solução de carbono, em suas operações estão: alto custo, falta de compliance, rastreabilidade e praticidade. “Nossa solução foi desenvolvida para mudar esse jogo, em parceria com os principais players de mercado, somos capazes de conectar emissores de CO2 à geradores de crédito, permitindo que se tenha o real impacto de emissões do transporte e ao mesmo tempo unir os embarcadores para compra de créditos que eliminem essas emissões”, diz Gonçalves. “Nossa colaboração está em certificar a emissão do CO2 do transporte e viabilizar a redução do impacto da poluição oriunda do transporte de cargas”, acrescenta.
Poder do setor
O potencial do setor do transporte rodoviário de carga (TRC) é enorme. Segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT), operam neste segmento cerca de 266 mil empresas. Como resultado, a frota do setor é de 2,5 milhões de veículos, entre caminhões e implementos rodoviários. Ou seja, 70% a mais do que o registrado há 15 anos.
De 2018 a 2022, somente na plataforma da goFlux, foram movimentadas 65 milhões de toneladas, ou seja, cerca de 1.2 bilhão de quilômetros percorridos, o equivalente a 828 mil tCO₂e. “Este mercado é gigantesco, juntos somos capazes de apoiar a preservação de 118 milhões de árvores”, ressaltou o executivo.
A nova solução da logtech está disponível a todos os clientes da plataforma, e funciona de forma simples. Ela conta com uma calculadora que possibilita ao cliente saber a emissão do CO2 equivalente emitido pelo transporte contratado através da plataforma, e a quantidade de créditos de carbono necessários para compensação dessas emissões. O cliente pode adquirir os créditos diretamente pela plataforma, que gerencia a documentação necessária junto às certificadoras para emissão do certificado de compensação de emissão de CO2, garantindo a rastreabilidade e o compliance. “A nossa expectativa é compensar 25% do volume transacionado pela plataforma goFlux ao ano”, finaliza o CEO.
Sobre a goFlux:
goFlux é uma startup sediada em São Paulo/SP, e surgiu em 2018 fruto da expertise de fundadores experientes em logística que desenvolveram uma plataforma totalmente digital para cotação, negociação, contratação e gestão de fretes rodoviários. A solução vem revolucionando a forma de contratar fretes e impulsionando a competitividade no segmento de transportes, principalmente do agronegócio.
*Com participação da jornalista Kassiana Bonissoni.
Última atualização da matéria foi há 1 ano
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