Como o sexo moldou a publicidade mundial
A publicidade mundial é uma indústria em constante evolução, sempre buscando maneiras criativas de chamar a atenção do público e aumentar as vendas. E, por mais que possa parecer estranho, o sexo é uma das principais ferramentas utilizadas para alcançar esse objetivo.
Desde os primórdios da publicidade, o sexo tem sido utilizado para vender produtos. Na década de 1920, a Lysol, uma marca de produtos de limpeza, promovia sua solução como uma forma de higiene feminina, sugerindo que as mulheres que não usassem o produto poderiam sofrer de “problemas matrimoniais”. A empresa utilizou uma linguagem subliminar para sugerir que a falta de higiene feminina poderia afetar negativamente o relacionamento entre marido e mulher.
Nos anos 50, a Marlboro revolucionou a publicidade de cigarros ao associar sua marca a um estilo de vida masculino e aventureiro. A campanha “Marlboro Man” mostrava cowboys robustos fumando cigarros enquanto trabalhavam no campo. A imagem viril do cowboy com um cigarro na boca tornou-se tão icônica que a marca foi reconhecida em todo o mundo como uma marca masculina e forte.
Na década de 1960, a publicidade sexual explodiu com a revolução sexual e a chegada da pílula anticoncepcional. Marcas como a Pepsi-Cola começaram a usar mulheres sensuais em seus anúncios para atrair a atenção dos homens. A imagem de uma mulher em um biquíni enquanto bebe uma Pepsi era uma forma eficaz de vender o produto.
Na década de 1980, a Calvin Klein causou um grande impacto na indústria da moda ao utilizar a sexualidade em suas campanhas publicitárias. A marca lançou uma campanha com a modelo e atriz Brooke Shields, que tinha apenas 15 anos na época, vestindo uma camiseta da marca com a frase “Nothing comes between me and my Calvins” (Nada fica entre mim e meus Calvins). A campanha foi considerada polêmica, mas também foi um sucesso de vendas para a marca.
Hoje em dia, a publicidade sexual ainda é usada como uma ferramenta para vender produtos, mas a abordagem mudou. Marcas como a Victoria’s Secret e a Abercrombie & Fitch usam imagens de corpos perfeitos e seminus para vender suas roupas, mas agora também incorporam conceitos de inclusão e diversidade em suas campanhas.
No entanto, a publicidade sexual também é controversa e recebe críticas de grupos feministas e conservadores. Eles argumentam que a publicidade sexual pode perpetuar estereótipos de gênero e objetificar as mulheres. Alguns países, como a França, têm leis que restringem a publicidade sexual.
Apesar das controvérsias, a publicidade sexual continua a ser uma das ferramentas mais eficazes para vender produtos em todo o mundo. A sexualidade é uma parte natural e importante da vida humana, e a publicidade é um reflexo da sociedade em que vivemos. Como tal, é importante que a publicidade seja responsável e respeite a diversidade e os direitos humanos.
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Emanuelle Plath assina a seção Sob a Superfície, dedicada ao universo 18+. Com texto denso, sensorial e muitas vezes perturbador, ela mergulha em territórios onde desejo, poder e transgressão se entrelaçam. Suas crônicas não pedem licença — expõem, invadem e remexem o que preferimos esconder. Em um portal guiado pela análise e pelo pensamento crítico, Emanuelle entrega erotismo com inteligência e coragem, revelando camadas ocultas da experiência humana.
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