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Jânio, Cristiano Ronaldo, Alckmin…

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Nem todo mundo tem tempo (ou estômago) para acompanhar o noticiário inteiro. É guerra lá fora, escândalo aqui dentro, político fazendo dancinha no TikTok e economista prometendo milagre com inflação alta. Enquanto isso, você tenta sobreviver à vida real. A gente entende.

Por isso nasceu o Condensado: uma dose diária de realidade em 6 tópicos, com informação quente, ironia fria e aquele comentário ácido que você gostaria de ter feito — mas estava ocupado demais trabalhando pra pagar o boleto.

Aqui não tem enrolação, manchete plantada ou isenção fake. Tem olho cirúrgico e língua solta. O que rolou (ou rolará) de mais relevante no Brasil e no mundo vem aqui espremido em 10 linhas (ou menos) por item. Porque o essencial cabe — e o supérfluo, a gente zoa.

Informação? Sim. Respeito à inteligência do leitor? Sempre. Paciência com absurdos? Zero.

Bem-vindo ao Condensado. Pode confiar: é notícia, com ranço editorial.

Chico Buarque e Seu Jorge dizem não ao samba de Lula: a democracia da cuíca vence a liturgia do Planalto

Chico Buarque e Seu Jorge recusaram compor o samba-enredo da Acadêmicos de Niterói, que vai estrear no Grupo Especial em 2026 homenageando ninguém menos que Luiz Inácio Lula da Silva, aquele mesmo que já tem mais títulos que o Real Madrid. Os dois, com elegância digna de quem recusa sobremesa em jantar de embaixada, disseram que a autoria deve ficar com os compositores da própria comunidade. Em outras palavras: não é nada contra Lula, é tudo a favor da velha regra do samba — quem tem que brilhar na Sapucaí é o povo da quadra, não o amigo do presidente nem o ídolo pop da música brasileira. Resultado: Janja deve acabar sendo destaque em carro alegórico, porque o Brasil não seria o Brasil sem a primeira-dama em versão alegoria kitsch. A estreia da escola, portanto, vai unir a política ao carnaval, duas áreas em que a ilusão e a fantasia sempre tiveram trânsito livre.

Emily em Paris perde diretor em Veneza: tragédia real interrompe série que já parecia ficção exagerada

Diego Borella, diretor-assistente da série Emily em Paris, morreu de parada cardíaca durante as filmagens em Veneza. O episódio trágico, confirmado por Netflix e Paramount, suspendeu temporariamente as gravações da quinta temporada. Até aí, nada de ironia: a perda de um profissional de 47 anos em pleno set é dura. Mas não deixa de ser sintomático que Emily em Paris, série que sobrevive de exageros fashionistas e enredos açucarados, tenha agora um drama real mais forte do que qualquer roteiro. Borella caiu no meio da cena, e a arte se rendeu à vida — ou melhor, à morte. A ambulância chegou em menos de uma hora, mas não houve improviso que salvasse o final. A produção, que já vinha sendo acusada de viver em universo paralelo, encontrou sua primeira dor genuinamente mundana: a da perda irreparável. O clichê aqui não é roteiro: é o destino.

Jânio Quadros e as “forças terríveis”: a renúncia que inventou a comédia política brasileira

Em 25 de agosto de 1961, Jânio Quadros renunciava ao cargo de presidente do Brasil após sete meses de mandato, culpando “forças terríveis” por sua saída. Nunca ninguém soube que forças eram essas — talvez os mesmos demônios que impedem o metrô de São Paulo de terminar uma linha em menos de 20 anos ou que fazem o Brasil achar que imposto novo resolve tudo. A renúncia virou lenda, marco fundador da política como performance. O país descobriu que podia ter presidente sem presidente, Governo sem governar, e justificativas que soam como título de novela mexicana. Desde então, as “forças terríveis” entraram no léxico nacional ao lado de “ameaça à democracia” e “herança maldita”. Sessenta e quatro anos depois, elas ainda fazem plantão no Palácio do Planalto, prontas para qualquer novo mandatário que precise de desculpa elegante para abandonar o navio.

Em 25 de agosto de 1961, Jânio Quadros renunciava ao cargo de presidente (Foto: Wiki)
Em 25 de agosto de 1961, Jânio Quadros renunciava ao cargo de presidente (Foto: Wiki)

Cristiano Ronaldo marca 100 gols no Al-Nassr: a eternidade também tem endereço em Riade

Cristiano Ronaldo fez seu centésimo gol pelo Al-Nassr, e com isso entra para a história como o primeiro jogador a marcar 100 ou mais gols em quatro clubes diferentes. Real Madrid, Manchester United, Juventus e agora a Arábia Saudita: o currículo virou uma geografia sentimental de recordes. O problema é que, mesmo marcando, perdeu a Supercopa Saudita. Mas quem se importa? CR7 já está além do placar: é um museu em movimento, uma estátua que corre e cabeceia. A matemática impressiona — 450 gols no Real, 145 no United, 101 na Juve e agora 100 no Al-Nassr. É como se o português tivesse decidido competir com a eternidade e até agora estivesse vencendo. Aos 40 anos, Ronaldo já não joga apenas contra adversários: joga contra a lógica do tempo. E convenhamos, o tempo está levando uma surra.

Leia ou ouça também:  Fux, Mahsa Amini, CPMI...

Alckmin quer derrubar tarifa de Trump: quixote paulista contra o moinho tarifário americano

Geraldo Alckmin, o vice-presidente zen, disse que o Brasil não desistirá de tentar baixar a alíquota de 50% imposta por Donald Trump sobre produtos brasileiros. O problema é que Trump, de volta ao poder, não costuma ceder nem para gravata mal ajustada. Enquanto Alckmin fala em diálogo técnico e insiste na diplomacia, os EUA nadam em superávit de US$ 25 bilhões com o Brasil e ainda aplicam sobretaxa em carnes, café, pescado e manufaturados. O tucano convertido ao lulismo tenta bancar Sancho Pança vestido de Dom Quixote, brandindo relatórios em vez de lanças. Mas o que está em jogo é simples: os americanos querem comer nossa carne, mas pelo preço deles. O resto é seminário transmitido ao vivo no YouTube do PT. No fim, Alckmin prova que até na economia vale o velho ditado: quem pede desconto é sempre o freguês mais fraco.

Salas VIP de Brasília: mordomia de R$ 3,7 milhões para os gladiadores da burocracia

Descobriu-se que as salas VIP reservadas para servidores federais no Aeroporto de Brasília custam R$ 3,7 milhões por ano aos cofres públicos. Um luxo pago com dinheiro do contribuinte para que deputados, senadores e ministros possam esperar seus voos longe da plebe que paga as passagens parceladas em 12 vezes. Além das poltronas, há fast pass bancado pelo Estado — o mesmo benefício que cartões de crédito oferecem, mas aqui sem fatura no fim do mês. A Inframerica, concessionária do aeroporto, não comenta. Claro: silêncio é luxo. Enquanto isso, o passageiro comum enfrenta fila, revista, preço de pão de queijo a R$ 25 e o clássico atraso da companhia aérea. No fundo, a sala VIP é só a versão arquitetônica da desigualdade brasileira: dois portões de embarque, um para quem manda, outro para quem paga.

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