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Vincenzo Pasquino: o delator do PCC e do CV

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Vincenzo Pasquino, um mafioso italiano extraditado do Brasil para a Itália em março, tornou-se o centro de uma investigação internacional ao assinar um acordo de delação premiada. Sua colaboração com a Justiça italiana promete revelar detalhes profundos sobre as conexões entre a máfia italiana ‘ndrangheta e as duas principais facções criminosas do Brasil: o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV). Este evento, comparado ao impacto da colaboração de Tommaso Buscetta sobre a Cosa Nostra nos anos 1980, pode provocar um verdadeiro “terremoto” no combate ao crime organizado transnacional.

Vincenzo Pasquino: de mafioso a delator

Vincenzo Pasquino, de 34 anos, envolveu-se com a ‘ndrangheta desde 2011 e operava no Brasil desde 2017. Sua função principal era a logística do envio de drogas para a Europa, utilizando-se de uma rede bem estruturada que envolvia tanto o PCC quanto o CV. Pasquino foi detido na Paraíba em maio de 2021 com Rocco Morabito, o “rei da cocaína”, que também foi extraditado para a Itália em 2022. A decisão de Pasquino de se tornar um delator marca um ponto de inflexão nas investigações, oferecendo uma visão interna das operações dessas facções criminosas.

A base operacional no Brasil

Pasquino estabeleceu sua base no bairro do Tatuapé, na zona leste de São Paulo. Essa área, apelidada de “Little Italy” pelos promotores paulistas devido à presença significativa de líderes do PCC em imóveis de luxo, serviu como ponto estratégico para suas operações. A escolha do Tatuapé não foi casual; a região oferece uma infraestrutura robusta que facilita a logística necessária para o tráfico internacional de drogas.

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A logística do tráfico

A logística operada por Pasquino envolvia uma complexa rede de transporte de entorpecentes do Brasil para a Europa. Utilizando métodos sofisticados de ocultação e rotas diversificadas, ele conseguia enviar grandes quantidades de drogas, garantindo um fluxo constante de receita para a ‘ndrangheta e as facções brasileiras. A logística eficiente era crucial para manter a operação lucrativa e minimizar os riscos de apreensão pelas autoridades.

Colaboração internacional

A colaboração entre as autoridades brasileiras e italianas tem sido fundamental para desmantelar essas redes criminosas. O procurador Giovanni Melillo, chefe da Direção Nacional Antimáfia da Itália, comunicou ao procurador-geral da República do Brasil, Paulo Gonet, sobre a disposição de Pasquino em cooperar. Esse intercâmbio de informações e esforços conjuntos visa não apenas a prisão dos envolvidos, mas também a desestruturação completa das redes de tráfico.

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A importância da delação premiada

No sistema judicial italiano, Pasquino é agora considerado um “pentito” ou arrependido, status que pode lhe garantir uma redução de pena em troca de informações valiosas. A delação premiada é um mecanismo controverso, mas tem se mostrado eficaz na luta contra o crime organizado. Ao fornecer detalhes internos sobre as operações da máfia, os delatores ajudam a expor e desmantelar as estruturas criminosas.

Impacto no combate ao crime organizado

A delação de Pasquino tem o potencial de causar um impacto significativo no combate ao crime organizado. As informações que ele fornecerá sobre as operações do PCC e do CV, bem como suas conexões com a ‘ndrangheta, podem levar a uma série de prisões e ao enfraquecimento dessas facções. Além disso, a colaboração internacional reforçada entre Brasil e Itália pode servir de modelo para futuras investigações transnacionais.

Avanço?

A delação de Vincenzo Pasquino representa um avanço significativo no combate ao crime organizado transnacional. Suas revelações sobre as conexões entre a ‘ndrangheta e as facções criminosas brasileiras PCC e CV têm o potencial de desmantelar redes complexas de tráfico de drogas. A colaboração estreita entre as autoridades brasileiras e italianas é crucial para garantir que essas organizações sejam desestruturadas e que seus líderes sejam levados à justiça. A eficácia da delação premiada, apesar de suas controvérsias, mostra-se mais uma vez como uma ferramenta poderosa na luta contra o crime organizado global.

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