Uso de tintas falsificadas prejudica a durabilidade das restaurações prediais
Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a expectativa para 2023 é que o setor de construção civil cresça 2,5% em 2023. As obras e restaurações realizadas dentro desse setor costumam demandar serviços de diversos profissionais e uso de muitos materiais. Justamente por isso, é importante fazer uma boa escolha na hora de contratar a empresa. Porém, outro ponto importante são os materiais usados.
Entre os materiais que precisam de atenção estão as tintas. Elas são usadas em obras e reparos, podendo ser aplicadas com diversos tipos de finalização em ambientes internos e externos. Uma das formas de analisar a qualidade desses materiais é checar a ficha técnica, que pode ser encontrada online e nas embalagens. Elas contém informações sobre a norma seguida, indicação de uso, composição, informações de aplicação e outros detalhes do produto.
O engenheiro Paulo Sérgio Ramalho, diretor e fundador da franquia de restauração predial Repinte, explica que materiais de má qualidade, além de oferecer risco à saúde dos profissionais, podem comprometer o acabamento e as restaurações. Ele cita como exemplo tintas falsificadas, que quando usadas acabam sendo removidas com a chuva ou com outras intempéries, em um curto espaço de tempo.
Segundo ele, isso acontece pois as tintas falsificadas não têm a mesma composição e tecnologia dos produtos originais, que são capazes de resistir por até cinco anos. O especialista explica que esse prazo pode variar de acordo com o sistema construtivo, manutenções realizadas e produtos usados. Segundo ele, com resultados positivos em todas essas condicionais, é possível atingir até 10 anos de durabilidade.
Dicas para identificar produtos falsificados
Paulo Sérgio Ramalho deixa quatro dicas para evitar a compra de produtos falsificados:
1 – Checar idoneidade da empresa através de certidões negativas, contrato social, cartão CNPJ, comentários nas redes sociais e conversa com antigos compradores da marca;
2 – Contratar uma empresa que vá comprar produtos diretamente do fabricante para ser entregue na obra;
3 – Pedir ficha técnica dos produtos e relatório de desempenho;
4 – Controlar a entrada e saída dos materiais na obra.
Ramalho explica que as checagens podem ser aplicadas para outros produtos usados em uma obra, como solventes, cimentos, areia, entre outros. “Realizar esse checklist é fundamental para garantir a qualidade do início até o final do serviço. Um produto falsificado pode arruinar o esforço da equipe e gerar um retrabalho, que aumenta o tempo de entrega e custos para o cliente”, completa o engenheiro.
Última atualização da matéria foi há 1 ano
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