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O mundo editorial com Salles Gomes Neto

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José Carlos de Salles Gomes Neto (mais conhecido como Salles Neto) é fundador e presidente do Grupo M&M, que tem como principal produto o jornal Meio & Mensagem, líder absoluto entre as diversas publicações que atuam no segmento do marketing e da comunicação no Brasil. Iniciou sua carreira em marketing e vendas. Aos 29 anos fundou a Editora Meio & Mensagem, criou o Prêmio Caboré, o mais cobiçado do segmento no Brasil, e depois a M&M Eventos, responsável, entre outros, pela realização do MaxiMídia, do Marketing Network Brasil e do Wave, três dos mais importantes eventos do setor na América Latina. Tem participação permanente em diversas entidades de classe ligadas ao setor: Presidente da A.P.P (84/86), Presidente da ANER (1996 a 2001), Chairman do 33º Congresso Mundial de Revistas (2001), Membro do Conselho Consultivo da ABM&N, Membro do Conselho Consultivo da ANER, Membro do Conselho Consultivo da IAB Brasil e Conselheiro Associado da Escola Superior de Propaganda e Marketing. “Existe uma tremenda diferença entre os problemas da economia vivida em 2009 da que vivemos neste momento. A recessão que estamos presenciando é a maior que vivi, portanto muito mais difícil de suportar que a de 2009. Hoje grande parte das empresas estão com problema de caixa e de um processo permanente de redução de custos”, afirma o publisher.

Para onde o senhor imagina que caminha o futuro dos veículos impressos?

Imagino que os veículos impressos continuarão a ter sua relevância e deverão trabalhar cada vez mais integrados com o mundo digital. Um relatando o fato real time e o outro analisando mais o que foi noticiado.

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A publicidade será um setor cada vez mais dominado pelas grandes multinacionais em nosso país?

A publicidade hoje já é dominada pelos grandes grupos multinacionais. Todos eles estão no país no comando das maiores e mais importantes agências.

Quais as principais responsabilidades que o senhor acredita que um publisher deve ter perante aos seus leitores?

O publisher deve ter responsabilidade de relatar os fatos como eles de fato aconteceram, sem tomar partido.

O que significa ser independente, num mercado de tantos interesses como é o setor de comunicação, marketing e mídia onde seu grupo atua de forma ativa?

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Ser independente é ter uma linha editorial totalmente descompromissada da atividade comercial. As informações devem ser livres independente de muitas vezes comprometerem o resultado comercial.

Como o senhor vê a frase “o meio é a mensagem” de McLuhan, num mundo hiperconectado e que muitas vezes descarta a informação de uma forma fugaz?

Continuo achando que a frase do McLuhan [Herbert Marshall McLuhan foi um destacado educador, intelectual, filósofo e teórico da comunicação canadense, conhecido por vislumbrar a Internet quase trinta anos antes de ser inventada, 1911 – 1980] “o meio é a mensagem” tem ainda a sua razão de ser não importando a forma como o consumidor recebe a informação.

Quais as principais mudanças que o senhor tem notado nos últimos anos, quando se analisa as relações de agências, veículos e anunciantes?

Com a permanente evolução do processo ligado à área de comunicação, principalmente pelo advento do mundo digital a relação de agências, veículos e anunciantes está permanentemente em um processo de adaptação as novas realidades impostas ao mercado.

Em 2009, vivíamos um ano dramático no planeta, mas o meio publicitário do nosso país foi surpreendido com bons resultados. Qual paralelo que faz daquele ano para este, onde vivemos dias turbulentos, sobretudo na economia e na política doméstica?

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Existe uma tremenda diferença entre os problemas da economia vivida em 2009 da que vivemos neste momento. A recessão que estamos presenciando é a maior que vivi, portanto muito mais difícil de suportar que a de 2009. Hoje grande parte das empresas estão com problema de caixa e de um processo permanente de redução de custos. No passado isso foi por um curto período de tempo, não gerando grandes problemas como os que vivemos atualmente.

Acredita que a TV aberta continuará sendo o grande filão dos anunciantes, ou isso deve diminuir drasticamente com o passar dos anos?

Acredito que ainda teremos um bom tempo com a TV aberta dominando o share [participação] da distribuição das verbas de mídia pelo poder que tem enquanto penetração junto as diversas camadas da população como pela força que os comerciais conseguem exercer nesse processo.

Qual a visão do Grupo M&M quando se fala em internet?

Internet é o grande fenômeno deste século e veio para revolucionar o mundo da comunicação assumindo um papel relevante em um curto espaço de tempo.

Muitos dizem que o senhor é um grande apontador de tendências para o mercado publicitário brasileiro. Quais tendências acredita serem oportunas no momento, para quem está de alguma forma envolvido neste setor?

Acredito que teremos uma relação cada vez mais integradas entre os meios de comunicação exigindo do processo de avaliação de mídia um estudo com um balizamento muito mais aprofundado. Entendo também que as agências deverão exercer cada vez mais um papel de consultoria na área de comunicação com relacionamento praticamente integrado com a área de marketing do cliente.

O que o grupo Meio & Mensagem tem em seu DNA, que o senhor destacaria como o grande trunfo e pilar editorial fundamental da organização?

O grupo Meio & Mensagem tem como missão desenvolver um trabalho de alto nível em todas as frentes em que atua com ética, respeitando as regras do mercado e valorizando a equipe de profissionais que fazem parte da organização.

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Última atualização da matéria foi há 2 anos


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