Faruk El Khatib: o pai da pioneira Peteca
Nos anos 1970/80, o mundo editorial brasileiro foi marcado por um ousado empreendedor: Faruk El Khatib. Ele foi pioneiro na criação de revistas voltadas para o público masculino, com tonalidades eróticas, mas não pornográficas, que desafiaram os padrões da época. Uma das primeiras revistas desse tipo foi a “Peteca”, publicada pela Grafipar, a poderosa corporação gráfica e editorial que a família de Faruk detinha.
A revista “Peteca” foi uma verdadeira revolução no mundo editorial brasileiro. Com um estilo inovador e ousado, a revista abordava temas considerados tabus na época, como a sexualidade e o erotismo, de forma sofisticada e artística. A “Peteca” conquistou rapidamente um público cativo, que buscava uma revista que oferecesse conteúdo adulto de qualidade, mas sem cair na vulgaridade.
A liderança de Faruk no mundo editorial também foi marcada por outra revista de sucesso, a “Passarola”. Distribuída por uma companhia de aviação em voos nacionais, a revista trazia um conteúdo diversificado, que ia desde reportagens de viagens até ensaios fotográficos de mulheres sensuais. Com uma abordagem única e inovadora, a “Passarola” conquistou os leitores ávidos por novidades e informações de qualidade.
Mas foi com a obtenção dos direitos para editar e imprimir no Brasil a revista “Penthouse” que Faruk alcançou um dos marcos mais importantes em sua carreira editorial. A “Penthouse” era uma revista de origem norte-americana, conhecida mundialmente por seu conteúdo ousado e provocador. A publicação trazia ensaios fotográficos de mulheres nuas, mas com uma abordagem artística e sofisticada, o que a diferenciava das revistas pornográficas tradicionais.
A chegada da “Penthouse” ao mercado brasileiro causou um verdadeiro furor. A revista se destacou pela qualidade de seu conteúdo, com ensaios fotográficos de alta qualidade, matérias interessantes e entrevistas exclusivas. A publicação de Faruk rapidamente se tornou uma referência para os amantes do gênero masculino, que buscavam uma revista que oferecesse uma abordagem mais refinada e artística da sensualidade.
No entanto, o sucesso de Faruk e suas revistas não veio sem enfrentar desafios e críticas. A ousadia de suas publicações provocou debates acalorados sobre os limites do erotismo na mídia, com alguns considerando as revistas como pornográficas e inadequadas para a sociedade da época. A família de Faruk enfrentou censuras e tentativas de proibição de suas revistas, mas nunca recuou em sua visão de oferecer um conteúdo adulto de qualidade, que respeitasse a liberdade de expressão e a busca pelo prazer estético.
Além de suas revistas, Faruk também foi um visionário em outros aspectos do mundo editorial. Ele foi um dos primeiros a adotar tecnologias de impressão de ponta, o que permitiu que suas revistas tivessem uma qualidade gráfica excepcional, com cores vibrantes e imagens nítidas. Ele investiu em equipamentos modernos e técnicas avançadas de impressão, o que elevou o padrão de qualidade das revistas produzidas pela Grafipar, tornando-as referências no mercado editorial.
Faruk também foi um estrategista de negócios talentoso. Ele soube identificar oportunidades de mercado e estabelecer parcerias estratégicas para expandir sua presença editorial. A obtenção dos direitos para editar e imprimir a renomada revista “Penthouse” no Brasil foi um exemplo disso. Essa parceria permitiu que a Grafipar se destacasse como uma editora inovadora e pioneira, que trouxe para o público brasileiro um conteúdo de alta qualidade e sofisticação.
Outro aspecto importante da atuação de Faruk e sua família no mundo editorial foi a valorização da produção nacional. Eles buscaram destacar talentos brasileiros, tanto na fotografia quanto na escrita, proporcionando uma plataforma para que artistas e autores locais pudessem mostrar seu trabalho. Isso contribuiu para o desenvolvimento da indústria editorial nacional e para a promoção da cultura brasileira.
No entanto, a jornada de Faruk e sua família no mundo editorial também teve seus desafios. A censura governamental e as pressões sociais da época muitas vezes ameaçaram a continuidade de suas revistas. Eles enfrentaram processos judiciais, boicotes e críticas, mas nunca perderam a coragem de seguir sua visão editorial. Eles se mantiveram firmes em sua convicção de que a arte, a cultura e a liberdade de expressão são valores fundamentais que devem ser protegidos e promovidos.
Com o tempo, o trabalho pioneiro de Faruk e sua família no mundo editorial abriu caminho para a aceitação de revistas com tonalidades eróticas, mas não pornográficas, no Brasil. Suas publicações influenciaram o mercado editorial e permitiram que outras revistas do gênero surgissem, contribuindo para a diversificação da mídia e a ampliação do horizonte de temas abordados nas publicações brasileiras.
O legado de Faruk e sua família na indústria editorial brasileira é inegável. Eles foram pioneiros, ousados e visionários, trazendo para o público brasileiro revistas de alta qualidade, com uma abordagem sofisticada do erotismo, em uma época em que esse tipo de conteúdo ainda era tabu. Sua coragem em enfrentar desafios e buscar inovação deixou uma marca duradoura na indústria editorial do país.
Hoje em dia, revistas voltadas para o público masculino com abordagem erótica e sofisticada são mais comuns no mercado editorial brasileiro. A visão pioneira de Faruk abriu portas e inspirou outros empreendedores a explorarem esse nicho de mercado, contribuindo para a evolução da indústria editorial e a quebra de barreiras culturais e sociais.
Última atualização da matéria foi há 5 meses
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Emanuelle Plath assina a seção Sob a Superfície, dedicada ao universo 18+. Com texto denso, sensorial e muitas vezes perturbador, ela mergulha em territórios onde desejo, poder e transgressão se entrelaçam. Suas crônicas não pedem licença — expõem, invadem e remexem o que preferimos esconder. Em um portal guiado pela análise e pelo pensamento crítico, Emanuelle entrega erotismo com inteligência e coragem, revelando camadas ocultas da experiência humana.




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